Assaltos, câncer de pele, hérnia de disco e até doença do pânico são alguns dos problemas enfrentados pelos carteiros no Brasil, de acordo com o secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares, Manoel Cantoara. Em todo o país, há 53.253 carteiros.
"Eu tenho dados de 2006, que são dados da própria empresa, no Brasil, do dia 1 de janeiro de 2006 ao 31 de outubro de 2006, houve 1,2 mil assaltos a carteiros em todo o Brasil. Desses, 617 assaltos foram no Rio de Janeiro", conta o secretário.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro, de janeiro a novembro de 2007 ocorreram 703 assaltos a carteiros em todo o estado, principalmente na Baixada Fluminense e nas áreas metropolitanas.
Segundo o sindicato, os profissionais são alvo por causa de bens e valores transportados e, muitas vezes, ficam traumatizados, chegando a desenvolvera doença do pânico. Devido a esses traumas e outros problemas de saúde, o Rio de Janeiro tem cerca de 7,4 mil carteiros afastados de suas funções, equivalente a 15% do total de profissionais no estado.
Além de melhorias para amenizar os riscos da profissão, os carteiros reivindicam um plano de cargos e salários. "Como o trabalhador dos Correios passa 25, 30, 35 anos entregando carta, ele não tem condições deter saúde. Então uma questão que nós reivindicamos muito é que o trabalhador dos Correios possa evoluir na carreira," explica Manoel Cantoara.
De acordo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), todos os anos os carteiros brasileiros percorrem juntos o equivalente a 260 mil quilômetros pé, para entregar cerca de 32 milhões de objetos. Para Cantoara, esse papel faz com que o profissional seja um "personagem querido" pela população.
Fonte: Agência Brasil
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