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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Como a técnica em Administração Larissa Macedo se tornou Anitta

Saiba como estratégias de marketing são capazes de fabricar estrelas da música, como a funkeira Anitta.

Por: Agatha Justino

Reprodução
Aos 16 anos, Larissa Macedo, recém-formada na escola estadual Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) com o diploma de técnica em Administração, venceu um processo seletivo de estágio na Vale. A concorrência era acirrada, cinco mil candidatos disputando cinco vagas. Ao finalizar o período de estágio, a empresa quis contratá-la e, apesar de ter aceitado no início, a jovem decidiu seguir o caminho incerto da música. Foi o dia que Larissa resolveu administrar a carreira de Anitta.

  
Não se engane, Larissa e a funkeira Anitta, que tem conquistado público brasileiro, são a mesma pessoa. O nome Anitta foi inspirado na personagem de Mel Lisboa, da minissérie ‘Presença de Anita’ (2001). E essa não foi a única “inspiração” que levou a Anitta ao topo das paradas brasileiras. E começou pelo nome a estratégia chave que vem norteando todo o processo em torno da marca "Anitta": benchmarking.

Em suas apresentações, videoclipes e coreografias, a brasileira agrega o estilo das cantoras de pop americanas, como Selena Gomez. Seu clipe ‘Meiga e Abusada’ foi gravado em Las Vegas e dirigido por Blake Farber,  produtor nova-iorquino que já trabalhou com Beyoncé e Alicia Keys. Uma matéria da Forbes chegou a questionar se Anitta poderia se tornar a próxima Rihanna e conquistar um espaço global, assim  como a colombiana Shakira. 

O hit intitulado o “Show das Poderosas” atingiu mais de 50 milhões de visualizações no Youtube, seu álbum vendeu mais de 120 mil cópias e seu cachê por show chega a custar R$ 60 mil. Em números, Anitta é um sucesso empresarial. “O cachê ainda está longe do que cobra Ivete Sangalo, porém, sua idade e apelo musical semelhante ao de Shakira aumentam suas chances de se tornar uma estrela internacional. Diferente de Sangalo, Anitta fala inglês com fluência, uma habilidade necessária para conquistar o público americano”, afirmou a Forbes.

“Nós ainda temos uma longa estrada para seguir no Brasil, mas uma carreira internacional é certamente um sonho que vale a pena perseguir”, declarou a diretora de marketing de Anitta, Priscilla Lemgrumber para a Forbes. Na mesma entrevista, Lembrumber confirmou que a cantora já estaria estudando música e teatro a fim de se preparar para uma carreira internacional.

Críticos da cantora destacam seu “embranquecimento”, uma fuga de identidade musical que a levou do funk para o pop e a falta de criatividade de sua equipe, que “copiaria” o trabalho das divas americanas. Anitta nega, entretanto as semelhanças entre sua performance e a de Beyoncé são evidentes.

Apesar das polêmicas envolvendo sua carreira, Anitta só está utilizando uma estratégia de marketing que é responsável por fabricar celebridades desde a década de 60. Na época, a gravadora Motown foi responsável por difundir a música negra pelo Estados Unidos, um país ainda assolado pela segregação racial, criando um estilo para talentos como Diana Ross, Marvin Gaye, Stevie Wonder e Michael Jackson.

A Motown mostrou como se é possível produzir um artista e fazê-lo alcançar o sucesso. Já Anitta, está comprovando que as estratégias de marketing ainda são capazes de criar muitas estrelas.
Fonte: administradores.com.br

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Especialista diverge e afirma que reação química em SC é tóxica


O governo do estado de Santa Catarina divulgou no início da tarde desta quarta-feira (25) nota onde afirma que a fumaça do incêndio em depósito com carga de fertilizante à base de nitrato de amônio, na região do Porto de São Francisco do Sul, no Litoral Norte, não é tóxica. 

A nota informou que, de acordo com o Código Internacional de Produtos Perigosos da ONU, a substância é oxidante e não tóxica. Durante toda a manhã, porém, bombeiros informaram que a fumaça causada por este incêndio, por causa da substância queimada, seria tóxica.

Ao G1, o professor Nito Angelo Debacher, doutor em Química e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), disse que o nitrato de amônia ao entrar em contato com o calor gera gás amônia, que é tóxico. "Se tem amônia no gás, com certeza é tóxico. A fumaça estava muito densa. Eu não recomendaria ninguém a respirar aquilo", disse ele, contrariando a afirmação do governo de que a fumaça não é tóxica.

A supervisora do Centro de Informações Toxicológicas, Marlene Zannin, explica que a população deve permanecer calma e atenta aos sintomas. Segundo ela, a dispersão das substâncias geradas pela queima do nitrato de amônio, como nitrato de amônia, diafosfato de amônia e cloreto de potássio, provoca tosse, pele avermelhada, olhos lacrimejantes e doloridos, além de congestionamento das vias orais.

Segundo informações passadas pelo Hospital Nossa Senhora das Graças, em São Francisco do Sul , 115 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação, nenhuma em estado grave. Quatro continuavam em observação até as 15h40. Os principais sintomas das pessoas que foram atendidas são irritação na garganta, nariz e olhos, náusea e vômito.

Consultado pelo G1, o otorrinolaringologista Gladson Porto Barreto, esclareceu que a fumaça causa irritação na mucosa. "Se for inalada em quantidade, a fumaça causa queimaduras e irritação. A intoxicação pode causar insuficiência respiratória", explicou o médico. Não podendo evitar o contato com a fumaça, a orientação é a utilização de máscaras.

Segundo o major Losso, do Corpo de Bombeiros, a informação inicial era de que a substância era nitrato de potássio, porém, ao checar os documentos da empresa, os bombeiros descobriram que a substância na verdade era nitrato de amônio. "Conferimos os documentos do importador e percebemos que era nitrato de amônio. A fumaça não é tóxica, mas causa intoxicação se for inalada em grandes quantidades", esclarece.

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram deslocados para o local 70 bombeiros militares e voluntários, seis tanques com 10 mil litros de água. O incêndio começou por volta das 23h de terça-feira (24) na BR-280.

Quem mora nas proximidades, segundo o coronel Oliveira, deve evitar o contato com a fumaça. "Não é necessário esvaziar a cidade, mas aconselhamos a população que vive próximo do incêndio a deixar suas casas", orientou o Coronel.

O local e bairros circunvizinhos (Iperoba, Reta, Rocio Pequeno e Sandra Regina) precisaram ser evacuados por causa da fumaça. Paulo Roberto é um dos mais de 42 mil habitantes que teve a rotina afetada pelo incidente. Sua casa fica cerca de 2 km do armazém. O morador e sua família foram no início da manhã desta quarta (25) para Joinville, a 22 km de distância, onde vai ficar na casa de parentes até que "as chamas sejam controladas". Já o morador David Feliciano da Silva, de 21 anos, foi para Araquari, a 16 km de São Francisco do Sul.

Segundo informações passadas pelo Governo, cerca de 150 famílias foram retiradas das casas e levadas para a Escola Estadual Professora Claurinice Vieira Caldeira Forte. As famílias das localidades atingidas pela fumaça foram levadas para dois abrigos: no Colégio Estadual Santa Catarina e na sede do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).

Ventos

Segundo o meteorologista Leandro Puchalski, pela localização do fogo, a fumaça deve ir no sentido do mar e acabará passando pelas praias da cidade. O vento na região de São Francisco do Sul está em direção Oeste/Sudeste.
Fonte: G1

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Estudo aponta que poluição mata mais que o trânsito em São Paulo

Estudo do Instituto Saúde e Sustentabilidade aponta que ao menos 4.655 pessoas morreram em decorrência da poluição do ar na capital paulista em 2011. O levantamento, coordenado pela médica, especialista em Patologia Clínica e Microbiologia e doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Evangelina da M. P. A. de Araujo Vormittag, foi apresentado durante o seminário Mobilidade Urbana x Saúde Pública em São Paulo, no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, na noite desta segunda-feira (23).

Com base neste estudo, constatou-se que se morre mais em São Paulo por causa da poluição, por ano, do que em acidentes de trânsito. Em 2011, ao menos 1.556 pessoas morreram nas ruas da cidade, por exemplo. A poluição em São Paulo mata três vezes e meia mais do que o câncer de mama (1.277 mortes) e quase seis vezes mais que a Aids, com 874 vítimas.

Segundo os dados apresentados, as médias anuais de MP 2,5 (material particulado em suspensão no ar; 2,5 é a poeira considerada mais fina) de todas as estações de medição da Cetesb no estado situam-se entre 20 e 25 microgramas por metro cúbico, acima do padrão de 10 microgramas por metro cúbico estabelecido como limite pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2011, a média da capital paulista foi de 22,17 μg/m³ de MP 2,5.

O estudo estabelece uma relação direta entre poluição e densidade populacional. Todos os 29 municípios do estado com estações de medição da Cetesb, sem exceção, apresentaram média anual de MP2,5 acima do padrão da OMS. Ao menos 21 delas situam-se acima dos níveis de 20 μg/m³, o dobro. E 11 municípios estão acima ou igual aos níveis de MP2,5 da cidade de São Paulo (22,17 μg/m³): Americana, Araçatuba, Cubatão, Mauá, Osasco, Guarulhos, Paulínia, Santos, São Bernardo, São Caetano, São José do Rio Preto e Taboão da Serra.

De acordo com o levantamento, de 2006 até 2011, ano da publicação do guia da OMS com os novos padrões a serem seguidos, morreram em decorrência da poluição 99.084 pessoas em todo o estado de São Paulo, o equivalente à população de uma cidade de 100 mil habitantes.

A poluição atmosférica foi responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo em 2011, sendo 65% deste total na Ásia, mais de 200% acima dos números de uma década antes (800 mil).

Em São Paulo, por exemplo, estima-se um excesso de sete mil mortes prematuras ao ano na região metropolitana, decorrentes do impacto da poluição na saúde das pessoas, além da redução de 1,5 anos de vida, com um custo financeiro que, dependendo da métrica utilizada, pode variar entre centenas de milhões a mais de um bilhão de dólares por ano.


O objetivo do estudo é o de fazer uma avaliação dos dados ambientais de poluição atmosférica, estimativa do impacto em saúde pública (mortalidade e adoecimento) e sua valoração em gastos públicos e privados, no estado de São Paulo, em função da adoção dos padrões de poluição atmosférica preconizados pela Organização Mundial de Saúde durante o período de 2006 a 2011, segundo o Instituto Saúde e Sustentabilidade.
Fonte: G1

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Os transtornos mentais mais frequentes no trabalho.

Mudanças de humor, os transtornos neuróticos e o uso de substâncias psicoativas, como o álcool e drogas, são, hoje, os principais transtornos mentais que causam incapacidade para o trabalho no Brasil.

As informações são do professor do Setor de Saúde Mental e Psiquiatria do Trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Duílio Antero de Camargo.

Ele foi um dos palestrantes do Painel 3 do II Seminário Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho. Presidiu a mesa a ministra do TST, Maria de Assis Calsing.

O palestrante explicou que os trabalhadores acometidos de transtornos do humor sofrem especialmente de problemas depressivos. Já os transtornos neuróticos, se referem a síndromes como a do pânico e ao estresse pós-traumático.

Este último caso, segundo o professor, ocorre principalmente quando um trabalhador foi submetido, no ambiente de trabalho, a violência ou risco de morte. "Nessas situações, vem recorrentemente à cabeça do empregado a cena do ato de violência sofrido. Se essa situação não for bem tratada pela empresa, com a oferta de acompanhamento psicológico, o caso pode se agravar", explicou.

Outro ponto relevante apresentado na palestra foi o uso cada vez mais frequente de substâncias psicoativas por trabalhadores, a exemplo do álcool e de drogas como a cocaína. "O panorama tem mudado nos últimos anos. Infelizmente, o que temos visto crescer nessa estatística é a associação do álcool com a cocaína", afirmou Duílio de Camargo.

Durante toda a palestra, o professor defendeu a adoção de políticas efetivas em prol da saúde mental no ambiente laboral, sustentando que tais ações não sejam apenas pontuais, mas implementadas num caráter mais global, de forma articulada com a sociedade.
No ambiente de trabalho, segundo ele, tais políticas devem começar por uma avaliação criteriosa dos setores que necessitam de intervenção, identificando os principais problemas e coletando indicadores dos fatores de grupos de risco.

"A partir deste ponto, é importante que seja feito um bom diagnóstico, com entrevistas individuais e testes psicológicos junto aos empregados, além de campanhas educativas e informativas", finalizou o palestrante.



Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

TRT condena Correios por negligência com a segurança dos funcionários

A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT/PI) confirmou nova condenação por danos morais da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos por negligência com a segurança dos funcionários. Como o número de ações trabalhistas de funcionários que sofrem traumas dos assaltos às agências dos Correios é crescente, o TRT/PI está aplicando, como praxe, condenações por dano moral a partir de 12 remunerações da vítima, com aumento do valor da multa em caso de reincidência.

Um funcionário dos Correios que estava trabalhando durante um assalto a agência em Pio IX e que teve um revólver apontado para a cabeça durante 40 minutos, com ameaças de morte, ganhou a ação em primeira instância, mas os Correios recorreram ao TRT/PI, alegando inexistência de prova do dano moral, da culpa da empregadora e do nexo causal a amparar a pretensão de reparação. Para a empresa, é do Estado o dever de prevenir e reprimir as ações delituosas (no caso, os assaltos que tem ocorrido nas agências da ECT.

Por sua vez, o funcionário também recorreu à segunda instância, solicitando aumento da multa de R$ 15 mil para R$ 100 mil, como compensação pelo trauma sofrido.

Ao analisar o caso, a relatora do processo, desembargadora Liana Chaib, explicou que a partir do momento em que passou a realizar também atividades típicas de uma agência bancária, os Correios atraíram para si a obrigação de adequar-se às normas de segurança destinadas aos estabelecimentos bancários. "Como isso não aconteceu o empregado é exposto a risco constante, se considerarmos que o liame empregatício perdura", reforçou.

A desembargadora citou o artigo 2º da Lei 7.102/83, que estabelece normas de segurança para os estabelecimentos bancários, que prevê, além da exigência de vigilantes devidamente treinados, a instalação de equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação dos assaltantes, de artefatos que retardem a ação dos criminosos ou de cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilantes durante o expediente e enquanto houver movimentação de dinheiro no interior do estabelecimento.

"Desta sorte, entendo demonstrada a negligência da recorrente (Correios) para a segurança dos seus clientes e dos seus empregados, emergindo da situação não um simples aborrecimento com o ocorrido (assalto), pois o empregado continua a trabalhar em ambiente sujeito a outros assaltos e a exercer suas atividades em ambiente de trabalho sem condições de segurança, evidenciando-se, por isso, o temor e abalos psicológicos constantes", frisou a desembargadora Liana Chaib, confirmando a condenação da empresa, mas reformando parcialmente a sentença da 2ª Vara do Trabalho de Teresina, para determinar que a multa por dano moral seja fixada no valor de 12 remunerações do trabalhador.
Fonte: TRT

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Uso frequente do Facebook é associado a declínio do bem-estar

Estudo aponta que rede social provoca um declínio em dois componentes do bem-estar: como as pessoas se sentem momento a momento e quão satisfeitas elas estão com suas vidas.

Por: Eber Freitas
Shutterstock
Apesar de muita gente aparentar felicidade em suas postagens na rede social Facebook, um estudo desenvolvido por pesquisadores dos EUA e Europa revela que é provável que elas não sejam tão felizes assim. Isso porque o nível de satisfação e bem-estar diminui conforme aumenta a frequência de postagens.

A pesquisa é assinada pelo psicólogo Ethan Kross e outros oito pesquisadores das universidades de Michigan (EUA) Leuven (Bélgica). Foram ouvidos 82 jovens adultos usuários de smartphones com contas no Facebook, para avaliar o quão bem eles se sentiam enviando cinco postagens por dia durante duas semanas. Também foi analisada a quantidade de acessos de cada um.

"As análises indicam que o uso do Facebook prevê um declínio em dois componentes do bem-estar subjetivo: como as pessoas se sentem momento a momento e quão satisfeitas elas estão com suas vidas", revela o artigo, publicado no jornal científico Plos One. No entanto, os pesquisadores reconhecem que os números são inconclusivos, e a questão do bem-estar pode ter outros fatores.

"O uso do Facebook leva ao declínio do bem-estar porque as pessoas tendem a utilizá-lo quando se sentem mal", sugere. Uma variável que também pode impactar o sentimento de satisfação das pessoas é a percepção de isolamento social (quão sozinha uma pessoa se sente) -- o que, por outro lado, indica que não só o uso frequente do Facebook, como também da Internet de uma maneira geral pode contribuir para a redução da sensação de satisfação e bem-estar.

"A necessidade humana por conexões sociais é bem estabelecida, bem como os benefícios que as pessoas herdam dessas conexões. Superficialmente, o Facebook fornece um inestimável recurso para preencher essa necessidade, permitindo às pessoas se conectarem instantaneamente", considera. "Mais do que melhorar o bem-estar, como as interações suportadas por redes sociais 'offline' fazem de forma poderosa, as recentes descobertas demonstram que a interação pelo Facebook pode provocar resultados opostos em jovens adultos -- pode miná-lo", conclui.
Fonte: administradores.com.br

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Projeto de lei nacional sobre incêndio e pânico é avaliado


 Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJ) começou a avaliar a minuta do projeto de lei que estabelece diretrizes nacionais de segurança contra incêndio e pânico. A proposta foi construída por um grupo de trabalho (GT) composto por representantes dos Corpos de Bombeiros Militares de vários estados. O texto final deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até o final deste ano.

O conteúdo da proposta de regulamentação começou a ser redigido no mês de abril, quando aconteceu a primeira reunião do GT. Além de membros da Senasp, os trabalhos contaram com a contribuição da Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares (Ligabom), por meio de representantes de diversos estados e Distrito Federal. Com cerca de 30 artigos, o projeto de lei trata dos critérios para classificação das edificações e áreas de risco; medidas e exigências de segurança; fiscalização; responsabilidades e penalidades.

A proposta traz também diretrizes quanto ao direito de defesa, procedimentos de aplicação de multa e tratamento simplificado para regularização das microempresas, o que dará maior celeridade ao processo de licenciamento. Sugere-se ainda que as unidades da federação criem legislações complementares à lei nacional e mantenham esforços na universalização dos serviços de bombeiros militares.

Dessa forma, o GT conclui seus trabalhos apresentando também um modelo de decreto a ser usado pelos estados e Distrito Federal, auxiliando-os a instituir um regulamento próprio de segurança contra incêndio nas edificações e área de risco. A ideia é alinhar as legislações estaduais, protegendo vidas, reduzindo danos ao meio ambiente e fomentando o desenvolvimento de uma cultura prevencionista de segurança contra incêndio e pânico.

O GT que propõe regulamentação nacional foi criado pela Senasp no mês de março, juntamente com outros três grupos de trabalho, voltados a regulamentar as atividades dos Corpos de Bombeiros Militares e dos Bombeiros Civis, Municipais e Voluntários; padronizar os procedimentos operacionais para os Corpos de Bombeiros e criar um programa educacional nas escolas para prevenir incêndios e desastres.

O Grupo de Trabalho que irá propor Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para os Corpos de Bombeiros deverá reunir-se nos dias 24, 25 e 26 de setembro. Os profissionais que compõem o grupo já concluíram o manual e passam agora para a fase de revisão do material, que traz técnicas e ações padronizadas de resposta a situações de emergências, tanto no que diz respeito à prevenção e combate a incêndio, quanto à busca e salvamento, atendimento pré-hospitalar, resgate e atividades com produtos perigosos. 

Investimentos 

Nos últimos dois anos, a Senasp entregou às unidades da Federação 70 viaturas, 506 aparelhos autônomos de ar comprimido respirável e 67 conjuntos desencarceradores hidráulicos, utilizados em acidentes automobilísticos. O valor disponibilizado para a compra desses equipamentos foi de R$ 9,6 milhões. Até 2014, serão investidos mais R$ 40 milhões para aquisição de 27 veículos operacionais do tipo ABT (Auto Bomba Tanque), usados no combate a incêndios. 

Outro foco do governo federal é a capacitação desses profissionais. Desde 2005, cerca de 44 mil bombeiros brasileiros já fizeram ao menos um dos 52 cursos que lhes são ofertados pela Rede Nacional de Educação a Distância (EAD) da Senasp. Na área específica da atividade de bombeiro militar, a Rede dispõe de cursos como `Emergencista Pré-Hospitalar`, `Sistema de Comando de Incidentes`, `Segurança Contra Incêndio` e `Intervenção em Emergências com Produtos Perigosos`.
Fonte: Ministério da Justiça

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Empresa deve indenizar empregado exposto à radiação

Um instrumentista que sofreu acidente de trabalho pela exposição à radiação ionizante e teve um dedo lesionado, com incapacidade para o trabalho, receberá indenização de R$ 80 mil. O recurso da empresa Millennium Inorganic Chemicals do Brasil ao Tribunal Superior do Trabalho não foi admitido pela 1ª Turma e manteve-se, assim, o valor arbitrado pela instância anterior.
 
A empresa recorreu ao TST para tentar reduzir o valor da condenação, que entendeu excessivo e desproporcional, sob o argumento de que o acidente causou lesão mínima e não incapacitante e que o autor continuou a trabalhar na mesma função por nove anos.
 
Os ministros afirmaram que são evidentes o fato ofensivo e o nexo de causalidade, o que justifica a responsabilidade da empresa para compensar o dano. Em relação ao pedido de redução da indenização, a Turma entendeu que o valor é adequado, uma vez que a empresa é a segunda maior produtora mundial de dióxido de titânio e a maior produtora química de titânio.
 
Para os ministros, não houve violação ao artigo 944, parágrafo único, do Código Civil, que prevê a redução da indenização caso o valor seja desproporcional à gravidade dano causado. Por maioria, os ministros decidiram não admitir o Recurso de Revista, ficando vencido o ministro Hugo Carlos Scheuermann.
 
O caso

Segundo a decisão anterior, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (Bahia), os danos foram causados por culpa da empresa. A prova, aponta o colegiado, é o relatório feito pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, que cita quatro causas para o acidente. O relatório aponta falta de manutenção em partes metálicas, despreparo dos instrumentistas e supervisores, inobservância dos procedimentos corretos de manutenção e desconhecimento dos níveis de radiação produzidos pelos equipamentos.
 
O TRT-5 concluiu pela violação do direito de personalidade do autor, que teve sua imagem afetada para além das sequelas físicas, com restrição ao desempenho da atividade para a qual se preparara.
 
O homem foi admitido em 1995 na então Titânio do Brasil. Após quatro meses de treinamento, foi considerado apto a calibrar um aparelho chamado difratômetro de raios-X, máquina de 15 anos e que não era usada havia quatro meses. Enquanto trocava o tubo de raios-x junto com outro instrumentista, a janela do lado interno ficou aberta e a mão do homem foi exposta a altas doses de radiação.
 
A radiação atingiu um dedo e o dorso de sua mão, com a lesão causando incapacidade parcial e permanente para o trabalho. O empregado requereu auxílio-doença por acidente de trabalho e, após a  recuperação, o INSS sugeriu sua readaptação em outra função, compatível com suas limitações.
 
Demitido alguns anos depois e excluído do plano de saúde da empresa, o autor se viu sem assistência e acompanhamento permanentes de cirurgião torácico e hematologista. Por isso, que requereu indenização em ação por acidente de trabalho. Além do pagamento de pensão mensal, com base na última remuneração, da data da demissão até completar 70 anos, pediu a compensação por danos materiais e por danos morais, calculada em 2 mil salários mínimos — R$ 520 mil na ocasião.
 
O juízo de primeira instância concordou com indenização por danos morais, estipulando o valor em R$ 80 mil. A condenação foi mantida pelo TRT-5, que apontou a legalidade do valor da indenização com base nos critérios da proporcionalidade e razoabilidade. Para o órgão, houve também violação do direito de personalidade do autor, previsto no artigo 5º, inciso X, da Constituição. 

Fonte: Conjur

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Polícia apreende alimentos vencidos, e gerente do Extra é preso em SP

Ao menos 16 quilos de alimentos fora do prazo de validade foram apreendidos nessa segunda-feira (16) em uma unidade do hipermercado Extra no bairro do Socorro, em Mogi das Cruzes (a 63 km de São Paulo). O gerente da unidade foi preso.

Segundo informações do 1º DP (Distrito Policial) de Mogi das Cruzes, entre os alimentos havia itens como carne seca, frango e hambúrguer vencidos no último dia 13. Outros artigos, como salsicha, linguiça e ovos, estavam vencidos desde domingo (15).


Conforme a polícia, a ação ocorreu às 11h. O gerente, João de Souza Melo Junior, foi preso em flagrante por crime contra a relação de consumo – previsto no artigo 7º da lei 8137, de 1990 –e está na carceragem do DP. A ação foi acompanhada por funcionários da Vigilância Sanitária.

Os alimentos apreendidos foram encaminhados ao Instituto de Criminalística para realização de perícia.

Em nota, a assessoria de imprensa do Extra informou que os casos encontrados "foram pontuais" e "imediatamente corrigidos" e que "colaboradores [foram reorientados] com relação ao padrão de operação exigido pela companhia. A loja opera normalmente".
Fonte: UOL

Empresa indenizará trabalhadora que sofreu discriminação religiosa.


Uma caixa de uma empresa de turismo de Curitiba (PR) receberá R$ 5 mil de indenização por assédio moral da Vale Transporte Metropolitano S/C Ltda., de Curitiba, por ter sido vítima de discriminação religiosa por parte de sua chefe. 
 
Ela tentou, no Tribunal Superior do Trabalho, aumentar para R$ 50 mil o valor da indenização fixado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), mas a Sétima Turma considerou a quantia adequada para compensar o dano.
 
Segundo ela, a chefe a importunava dizendo que ela precisava "se libertar, se converter" e começar a frequentar a sua igreja. "Ela dizia que enquanto eu não tirasse o mal eu não trabalharia bem", contou a trabalhadora. Em depoimento, a funcionária relatou episódio em que a superior teria levado um pastor para fazer pregações e realizar sessões de exorcismo entre os empregados.
 
Em defesa, a chefe negou qualquer discriminação e afirmou que os empregados jamais foram obrigados a participar de pregações com o pastor. Já para o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) ficou evidente que a trabalhadora era submetida a situação constrangedora e atacada em suas convicções religiosas.
 
No recurso para o TST, a empregada pediu o aumento do valor de indenização de R$5 mil para R$50 mil, mas o valor foi mantido. O relator, ministro Vieira de Mello Filho, justificou que o TRT-PR levou em consideração premissas como a conduta praticada, a gravidade, o caráter pedagógico punitivo, a capacidade econômica da empresa e a remuneração da trabalhadora, que, na época da reclamação, em 2008, recebia R$ 527.
 
Vieira de Mello ainda observou que o Regional afastou a alegação de que a empregada teria sido obrigada a participar de cultos realizados na empresa. "A quantia fixada foi adequada e proporcional à violação", disse o relator, que teve seu voto acompanhado pelos outros ministros.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Trânsito caótico e poluição matam milhões por ano, diz OMS

A vida nas grandes cidades lentamente transforma pessoas saudáveis em doentes crônicos. Um dos maiores vilões da saúde nas metrópoles mundiais é a poluição, gerada em grande parte pela frota de veículos exagerada e pelo transporte público deficiente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, cerca de 6 milhões de pessoas no mundo perdem suas vidas por causa da poluição do ar.

A entidade estuda os efeitos da falta de mobilidade urbana sobre a saúde há pelo menos 15 anos. Neste período, constatou que outras milhares de pessoas desenvolvem doenças crônicas degenerativas causadas pelo estilo de vida nas metrópoles: elas matam em longo prazo ou debilitam a saúde, deixando uma multidão de indivíduos produtivos incapazes de desenvolverem suas atividades.

Até 2050, a poluição do ar será a principal causa das mortes prematuras por câncer de pulmão em nível global. Esta é a afirmação de uma equipe de especialistas da Universidade de São Paulo (USP) em recente artigo publicado pela revista Nature. Países em desenvolvimento são apontados como os mais vulneráveis a este mal.

“Cidades da China, Índia, Indonésia e Brasil possuem níveis de poluição muito altos, mas há outras que não medem e não informam a poluição do ar, que pode ser maior. O fato de estarem se comparando é sinal de que querem melhorar”, afirma Carlos Dora, coordenador do departamento de saúde pública e meio ambiente da OMS.

“Vários estudos mostram que os corredores de trânsito são as chaminés das cidades modernas”, afirma Paulo Saldiva, patologista e professor da USP. Segundo ele, entre 70% e 90% dos poluentes do ar são produzidos pelos veículos. “A poluição ambiental é de duas a três vezes maior na cidade. Você fica muito tempo imerso no pior cenário”, analisa.

O pesquisador é categórico ao confirmar a relação entre o tráfego urbano e o adoecimento da população. Segundo ele, apesar de nas grandes cidades a expectativa de vida ser maior do que em áreas rurais, onde há menor acesso a tratamentos de saúde, nos centros maiores o índice de doenças crônicas degenerativas e enfermidades psíquicas é muito superior.

Como a falta de mobilidade afeta a saúde – Em todo o mundo, 8% dos casos fatais de câncer de pulmão estão relacionados à poluição do ar. O efeito cumulativo da inalação contínua de nanopartículas e gases tóxicos como chumbo e cádmio podem causar outra série de problemas de saúde, que vão desde o aparecimento ou agravamento de doenças respiratórias, até problemas cardíacos, aumento da pressão arterial, diminuição da produção de lágrima, maior coagulação sanguínea, depressão, esquizofrenia e problemas reprodutivos.

“A poluição do ar gera em pequena escala os mesmos efeitos que o cigarro causa de forma mais individual e rápida. Em São Paulo, 15% das pessoas fumam, mas a poluição do ar afeta 100% da população, por isso, o risco atribuído da poluição é significativa”, indica Saldiva. Só na região metropolitana paulista, cerca de 4 mil pessoas morrem todos os anos por problemas atribuídos à poluição do ar.
O tráfego urbano também geram outros problemas já comprovados por estudos científicos. Em muitos lugares, é difícil dormir por causa do barulho e, mesmo quando os moradores pegam no sono, ele é de má qualidade. Isso afeta o sistema nervoso, a produção hormonal, além de gerar dificuldade de concentração e perda de memória.

Isolamento e depressão – Em cidades como São Paulo, as pessoas gastam quase um quarto do dia para se deslocar de casa para o trabalho. Situação que gera isolamento social e compromete o desenvolvimento. “Por causa da má qualidade do transporte público, as pessoas buscam os carros. A população está cada vez mais confinada, seja em casa ou no modelo particular de locomoção”, alerta Marília Flores Seixas de Oliveira, doutora em desenvolvimento sustentável e professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Uesb.

Para a pesquisadora, a falta de convivência da comunidade no espaço urbano deixa a pessoa suscetível ao desenvolvimento de problemas como depressão e ansiedade, causados pela ausência de sociabilidade. “Hoje, a depressão pode levar à morte. As doenças não violentas estão matando muito”, comenta Marília. “Se você tem mais de 60 anos, uma das coisas que mais impactam na expectativa de vida é a falta de atividade social”, reforça Saldiva.

Contexto que também gera o sedentarismo. Cada vez mais as pessoas vivem em escritórios e dentro de veículos. A falta de locais para se exercitar e a insegurança acabam servindo como justificativas para não praticar exercícios físicos, o que acarreta em inúmeras doenças potencializadas pelo estresse mental e a poluição.

Carlos Dora garante que este cenário pode ser mudado se os gestores públicos pensarem as cidades relacionando a mobilidade urbana com a saúde pública. “Uma estratégia para aumentar a média de exercício na população é aumentar a mobilidade. Fazer com que ela seja integrada à rotina diária”, garante. Conforme a OMS, o exercício físico reduz em 50% o risco de desenvolver câncer de cólon, doenças coronarianas, diabetes e obesidade.

Quando as cidades oferecem um sistema de transporte público adequado e espaços para caminhadas de pequenas distâncias, as pessoas são incentivadas a se movimentarem mais. “Uma grande parte dos deslocamentos é feita em curtas distâncias e quando se faz isso com o automóvel o problema da poluição é agravado, pois o pico de emissões poluentes ocorre quando o veículo é ligado”.


“Cidades europeias já conseguiram fazer isso”, afirma Dora. Estes países primam pela aproximação do uso do solo, diferente do que ocorre em locais como Estados Unidos e Austrália, onde a dispersão do espaço urbano exige o uso de veículos automotores. “Nos últimos dez anos, vimos o início de um movimento que privilegia a bicicleta, o pedestre e o transporte público. Você faz das ruas algo prazeroso. Na década de 1990, era dificilíssimo falar na Europa em uso da bicicleta, mas isso mudou. Hoje, isso é sinônimo de cidade com boa qualidade de vida”, conclui o representante da OMS.
Fonte: Terra

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Saiba quais são as 10 piores e melhores profissões do Brasil

O estudo se baseou em critérios como potencial financeiro, ambiente de trabalho, competitividade e demanda de mercado.

O site e busca de empregos Adzuna.com divulgou uma pesquisa que aponta quais são os dez melhores e piores empregos no Brasil. O ranking avaliou as vagas anunciadas no site, que envolvem mais 2.000 profissões. 
O estudo se baseou em critérios como potencial financeiro, ambiente de trabalho, competitividade e demanda de mercado. Liderando a lista de piores trabalhos estão os motoristas de ônibus e entregadores, seguidos pelos jornalistas e policiais. De acordo com o levantamento, esses profissionais lidam com prazos apertados, baixo potencial de aumento de salário, e uma longa e cansativa jornada de trabalho.
As melhores profissiões, de acordo com o site, incluem as áreas de Engenharia, Tecnologia da Informação, Medicina e Direito. De acordo com o site, essas carreiras oferecem segurança no trabalho, maiores faixas salariais, podendo ultrapassar R$ 60 mil por ano, e bom desenvolvimento de carreira.

Confira o ranking completo:

           
                As dez melhores profissões  

       
      Profissão                     Média salarial anual

Engenheiros                               R$ 60 mil
Profissionais de TI                     R$ 40 mil
Cirurgiões                                  R$ 50 mil

Advogados                                R$ 30 mil
Veterinários                               R$ 20 mil
Profissionais administrativos       R$ 30 mil
Atuários                                    R$ 30 mil
Fisioterapeutas                          R$ 25 mil
Arquitetos                                 R$ 58 mil
Dentistas                                   R$ 40 mil

                   As dez piores profissões


     Profissão                         Média salarial anual

Motoristas de ônibus                 R$ 20 mil
Entregadores                             R$ 12 mil
Assistentes de cozinha               R$ 14 mil
Jornalistas                                 R$ 20 mil
Policiais                                    R$ 30 mil
Vendedores                              R$ 25 mil
Empregadas domésticas            R$ 15 mil
Garçons                                    R$ 14 mil
Assistentes sociais                     R$ 26 mil
Seguranças                               R$ 23 mil
Fonte: administradores.com.br

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

HSBC é condenado a pagar R$ 30 mil a empregada com LER

Em decisão unânime, a 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) condenou o HSBC Bank Brasil S/A - Banco Múltiplo a pagar R$ 30 mil de danos morais a uma empregada que desenvolveu lesão por esforço repetitivo (LER) durante a execução do contrato de trabalho. Em primeiro grau, a reclamante obtivera indenização no valor de R$ 15 mil. 
 
No recurso ordinário, a empresa alegou que sempre observou as normas de medicina e segurança do trabalho em seus estabelecimentos. A reclamada contestou, ainda, as seqüelas físicas da empregada, pois a “reclamante sempre desempenhou atividades que não guardam qualquer relação com a alegada doença profissional invocada na inicial, (...) uma vez que não havia digitação ininterrupta nem inserção de dados”.
 
A autora, que ainda tem vínculo com a empresa, também recorreu, para aumentar o valor dos danos morais, por entender que o banco não observou as normas de segurança do trabalho previstas na Constituição da República.
 
O relator do acórdão, desembargador Bruno Losada Albuquerque Lopes, lembrou que a empregada, então considerada apta para o trabalho, foi admitida em 1992. Segundo os laudos médicos que constam dos autos, as lesões começaram em 2004, quando a autora passou a apresentar quadro de tendinite, tenossinovite, tendinopatia, fibromialgia e epicondilite em punhos, mãos, dedos, ombros e cotovelos, sendo submetida a tratamento fisioterápico. Devido às doenças ocupacionais, a autora chegou a receber auxílio-doença acidentário pelo INSS.
 
“Assim, como visto, ficou sobejamente comprovado pela análise da prova documental que a função exercida pela empregada, se não causa única, com certeza contribuiu para o resultado lesivo, a sua incapacidade laborativa, ainda que parcial”, destacou o relator em seu voto.
 
De acordo com o desembargador, a responsabilidade do banco decorre do nexo de causalidade entre o acidente e o ambiente de trabalho e da negligência da empresa, que não forneceu ou fiscalizou o uso efetivo e correto dos equipamentos de proteção à saúde do trabalhador. Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.
 Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 1ª Região Rio de Janeiro

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Angra/RJ prepara-se para exercício de emergência nuclear


As usinas de Angra 1 e Angra 2 passarão por rigorosos testes e simulações de acidente. Entre os dias 10 e 12 de setembro, o Exercício Geral do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, avaliará a eficácia dos planos de ação de emergência nas duas usinas nucleares brasileiras. Serão realizadas simulações de acidentes a fim de identificar possíveis pontos fracos e aperfeiçoar os procedimentos de segurança das centrais.

Realizado a cada dois anos, o exercício é prova do cuidado das autoridades com a segurança da geração de energia nuclear no Brasil. Participam do exercício autoridades civis e militares, como as Forças Armadas, polícias Militar e Rodoviária Federal, Bombeiros, autoridades hospitalares e Defesa Civil, que coordenará as simulações. Profissionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) ficarão de prontidão para medir a radioatividade na região e prestar socorro a quem possa ter entrado em contato com a radiação. 

Até hoje nunca foi registrado qualquer acidente relevante nas usinas nucleares brasileiras. Cada simulação conta com a participação de peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Essa troca de experiências já resultou na revisão da legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo do plano de emergência, realizado anualmente desde 1996. 

Simulações envolvem a população local

O exercício deste ano terá dois dias de atividades ininterruptas nas usinas, envolvendo simulações de cenários em que ocorram a liberação de radiação para o meio ambiente e a decretação de situação de emergência nas imediações. Parte dos moradores de um raio de 5 km em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas próximas, será removida e abrigada em escolas estaduais, municipais e no Colégio Naval de Angra dos Reis. Eles foram convidados e participam voluntariamente dos exercícios.

Em 2013, a CNAAA também irá promover uma série de campanhas de cunho social e educativo junto à população. Entre as ações, estão exposições sobre os usos de energia nuclear e exercícios anteriores, com exibição de fotos, vídeos e textos sobre as simulações de 2011 e sobre as autoridades envolvidas no programa. Essa mostra fica aberta a partir do dia 10 de setembro simultaneamente no Centro de Angra dos Reis, nas comunidades do Frade e Parque da Mambucaba, próximas às centrais nucleares, e no município de Paraty.

Além das campanhas de conscientização, também serão montados hospitais de campanha durante os três dias de exercício geral. As estruturas de Exército, Marinha e Força Nacional da Saúde ficarão localizadas em comunidades próximas a Angra dos Reis, realizando atendimentos ambulatoriais e servindo de espaço, também, para palestras sobre prevenção de doenças e outras questões de saúde.

Sobre o exercício

Realizado anualmente desde 1996, o Exercício Geral do Plano de Emergência da CNAAA se divide em dois tipos de simulações. Em anos pares, são realizados apenas procedimentos parciais nas usinas, focados em pontos específicos que os técnicos acreditem necessitar de maior prática e estudo. Em 2012, por exemplo, foi avaliado o funcionamento do Centro de Informação de Emergência Nuclear (Cien).

Já em anos ímpares, como em 2013, são realizados os chamados exercícios gerais, mais abrangentes e que contam com o apoio de autoridades militares e civis para simular cenários em que seja preciso acionar toda a cadeia de socorro em caso de uma emergência real. 

O exercício deste ano é o primeiro a ser realizado em três dias inteiros, incluindo dois dias de trabalho ininterrupto. Em geral, desde que os treinamentos foram iniciados em 1996, eles ocorriam em apenas um dia. Em 2011, o período de exercício foi estendido para dois dias, com as equipes responsáveis pelo atendimento de situações de emergência trabalhando ininterruptamente, inclusive durante a madrugada.

Para divulgar o exercício de 2013, desde o dia 27 de agosto, a Eletronuclear realiza campanha publicitária sobre o treinamento. As peças publicitárias estão sendo veiculadas em diversos jornais impressos, emissoras de rádios e canais televisivos da Costa Verde.
Fonte: Eletronuclear

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Acidente de trabalho mata 1 por dia em São Paulo.


Levantamento da Secretaria de Saúde de São Paulo mostra que, na média, pelo menos uma pessoa morre por dia vítima de acidente de trabalho nos municípios paulistas. 
 
Com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, o órgão paulista registrou 457 acidentes de trabalho fatais em 2012, contra 507 no ano anterior e 472, em 2010. 
 
Apesar da ligeira queda em relação aos dois anos anteriores, o número de óbitos mostra que o mercado de trabalho paulista, considerado o motor da economia brasileira, convive há pelo menos três anos com pelo menos uma morte por dia, ou, em média, 40 acidentes fatais por mês. 
 
Brasil ocupa a 4ª colocação 
 
Em 2011, de acordo com o último Anuário Estatístico do Ministério da Previdência Social, morreram 2.884 trabalhadores durante o exercício de suas atividades em todo o país, deixando o Brasil na quarta colocação no ranking mundial de mortes por acidentes de trabalho, atrás apenas de China, Estados Unidos e Rússia.
 
No total, foram registrados 711,1 mil acidentes ao longo de 2011. Os dados de São Paulo mostram uma evolução do número de notificações ao Sinan, o que pode sinalizar que o anuário de 2012, que deve ser divulgado entre setembro e outubro, pode vir pior que 2011. 
 
Os registros, que dizem respeito a acidentes de trabalho fatais, graves ou que ocorreram com menores de 18 anos, cresceram de 25,6 mil, em 2010, para 35 mil em 2012. Em 2011, já haviam aumentado para 30,7 mil. 
 
— As notificações vêm crescendo desde 2004, quando o sistema foi informatizado — diz Simone Alves dos Santos, diretora da Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária de São Paulo, lembrando que o maior número de ocorrências fatais acontece no trajeto entre a casa e o trabalho ou durante atividade na rua. 
 
Em 5 anos, indenizações já chegam a R$ 10 bilhões 
 
Para o consultor em segurança e saúde do trabalho, Luís Augusto Bruin, os acidentes de trabalho já podem ser considerados “uma chaga social” no Brasil e um dos responsáveis pelo crescente rombo nas contas da Previdência. 
 
Segundo ele, os registros de acidentes em todo o país entre 2006 (512,2 mil) e 2011 (711,1 mil), último levantamento da Ministério da Previdência Social, cresceram 40%, e têm consumido pelo menos R$ 10 bilhões em pagamentos de benefícios e indenizações. 
 
— Se dividirmos o total de acidentes pelos gastos da Previdência Social, o custo chega a R$ 19 mil por acidente — diz Bruin. 
 
Ele lembra ainda que, se for levado em conta que, para cada R$ 1 pago pela Previdência, a sociedade desembolsa outros R$ 3, o custo real seria de R$ 76 mil por acidente. Segundo o consultor, boa parte dos custos decorrentes dos acidentes fica oculta e, em alguns casos, é repassada para o preço dos produtos. 
 
Em Bauru, no interior paulista, o Ministério Público do Trabalho (MPT), ingressou com uma ação civil pública contra a Raízen Energia, a maior produtora de açúcar e álcool, por omissão e morte de um trabalhador em uma de suas unidades em Barra Bonita, a Usina da Barra, uma das maiores da América Latina. 
 
O valor da causa chega a R$ 10 milhões, e a ação se baseia em uma infração considerada comum: a falta de capacitação dos trabalhadores para o manuseio de máquinas, principal causa de mortes nos locais de trabalho e que acabou matando um empregado em abril do ano passado. 
 
Antes do acidente, os fiscais do ministério já haviam aplicado 15 multas à empresa por irregularidades relacionadas à segurança do trabalho. Para o procurador do MPT, Luis Henrique Rafael, o caso da Raízen mostra que as empresas vêm sonegando direitos mínimos e expondo os trabalhadores a riscos, durante anos. 
 
Exemplo disso foi o que aconteceu com o metalúrgico Antônio Carmo de Oliveira Filho, que perdeu os movimentos das pernas em 2004 por causa, segundo ele, de um desleixo da empresa onde trabalhava em Diadema. 
 
— Na época (2002), a empresa não tinha equipamentos de proteção para os trabalhadores e, após o acidente, não fez a avaliação correta e acabou agravando minha lesão — conta Oliveira. 
 
Entre 2002 e 2004, ele passou por três cirurgias na coluna e ficou com uma lesão medular, que lhe tirou os movimentos das pernas e o mantém na cama a maior parte do tempo. A empresa pagou várias indenizações e custeia até hoje o tratamento.

Fonte: O Globo

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Na busca por proteção, proprietários de carros de luxo investem em blindagem

Mais visados nas ruas e com medo, proprietários de veículos premium buscam a proteção blindada; nesta semana, motorista de uma BMW foi morto ao tentar fugir de assalto em São Paulo
 
Na noite do último dia 14 de agosto, um homem que dirigia um carro de luxo da marca BMW foi morto depois de reagir a uma tentativa de assalto na região do Jabaquara, na zona Sul de São Paulo. Após ser abordada por criminosos armados, a vítima, de 42 anos, tentou acelerar o carro para fugir e foi atingido por pelo menos quatro tiros. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública paulista, casos de latrocínio – roubo seguido de morte – aumentaram 38,6% no primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado.
 
Preocupados com a violência urbana e com medo de se tornarem vitimas preferenciais dos bandidos por conta de seus veículos, proprietários de carros de luxo estão recorrendo cada vez mais à blindagem automotiva como alternativa de proteção.
 
“Quem opta em adquirir um modelo de carro mais luxuoso sabe que se torna mais visado e, para se sentir mais seguro nas ruas das grandes cidades, acaba investindo nesse tipo de proteção”, afirma o engenheiro Rogério Garrubbo, diretor da Concept Blindagens. “Os proprietários de carros de luxo e de importados compõem a maior parte do consumidor desse tipo de serviço. Dos cerca de 60 carros que estacionam na blindadora mensalmente, ao menos 40 são considerados premium, possuem valor de venda superior aos R$ 100 mil”, diz.
 
De acordo com o diretor da Concept, a blindagem mais solicitada é a de nível III-A, que suporta até tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum.
 
Transformação do carro
 
Para receber a proteção blindada, o veículo passa por um grande e complexo processo. Depois de ser vistoriado para verificar funcionalidade dos sistemas em geral, o carro recebe uma proteção externa. As peças internas de forração, bancos e sistemas de acionamento de vidros são desmontadas, para que a parte opaca (lataria) receba os painéis balísticos. Eles são instalados no teto, portas, painel inferior (onde ficam os pedais), caixas de rodas, para-lamas dianteiros e painel corta-fogo.
 
Nas colunas, no encosto do banco e tampão traseiro, fechaduras e retrovisores das portas é colocado aço inox. O aço também é fixado em toda a borda do para-brisa, vigia, portas e vidros fixos para impedir qualquer ponto de vulnerabilidade que pode haver nas dobras do painel.
 
“Na área transparente do automóvel, os vidros são substituídos por outros especiais, compostos por diversas lâminas de vidros e polímeros. O número de camadas varia de acordo com o nível de proteção”, explica Garrubbo. O processo todo demora, em média, 30 dias.
 
Frota blindada
 
Em 2012, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), 8.384 veículos foram blindados em 2012, um crescimento de 2,7% na comparação com 2011, quando o país já havia batido o recorde no número de carros que receberam a proteção balística.
 
No ranking dos veículos mais blindados no país no ano passado, a pesquisa da Abrablin revela que o campeão no segundo semestre foi o Tiguan, modelo da Volkswagen, seguido pelo Range Rover Evoque, da Land Rover. A Mercedes C-180, o Corolla, da Toyota, e o Jetta, da Volks, completam a lista. No primeiro semestre, o Tiguan e o Evoque apareciam com as posições invertidas, seguidos pelo Jetta, Corolla e o XC-60, da Volvo.
Fonte: Segs

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Você pode ser líder?

Nem todo profissional de destaque se dá bem à frente de um grupo. Mas tudo se aprende.

Por: Diego Maia*
Shutterstock



Você realmente acreditou no título deste capítulo? Você realmente acha que todo mundo pode ser líder? Várias pesquisas mostram que mais da metade dos bons profissionais falha como gestores. Na área de vendas, este número pode chegar à incrível marca de 90%. É altíssimo e assustador! É bem possível que você conheça alguém que tenha vivido ou esteja vivendo este tipo de situação. “Querer” não é sinônimo de “ser” um bom líder.

No mundo dos esportes, é difícil encontrar um ex-jogador de extremo talento que tenha atingido êxito como técnico. Dunga até passou algum tempo e ganhou alguns jogos como técnico da seleção brasileira de futebol, mas será bem difícil que continue sua carreira como técnico. Na vida profissional, como no esporte, é difícil realmente encontrar um profissional de campo excepcional que tenha atingido igual brilho como gestor.

Romário, ídolo da torcida vascaína, começou a treinar o Vasco mas, com pouco tempo, pediu demissão. Preferiu respirar outros ares. Um outro exemplo de jogador que se arriscou como técnico foi o Bebeto. Treinou o América do Rio por menos de um mês e foi substituído pelo seu grande parceiro – o Baixinho, aqui citado anteriormente. 

Todo mundo pode ser líder

Pelé nunca quis ser técnico; ganha mais e se aborrece menos emprestando sua imagem para comerciais de TV, rádio e jornal – vende de sabonete a imóvel. Zico já treinou alguns times – todos no exterior. Como raramente recebemos alguma informação através da imprensa, deve ser uma atividade mais voltada à satisfação pessoal do que qualquer outra grande ambição. 

Todos os grandes técnicos do cenário esportivo foram jogadores medianos (ou até mesmo fracos) ou vieram de outro setor. O grande técnico Bernardinho é um exemplo disso. Ele mesmo em uma entrevista disse certa vez que: 

“Como jogador, acho que fui absolutamente mediano”

Felipão, nome de guerra do grande técnico campeão do mundo Luiz Felipe Scolari, atuou como zagueiro e era conhecido, veja você, como um jogador “não habilidoso”. Desde sua época de jogador, mostrava inconscientemente sua inclinação para posições de liderança, já que, em muitas temporadas, atuou também como capitão do time.

O mestre Carlos Alberto Parreira sequer jogou futebol; atuava como um excelente preparador físico, vendo toda aquela situação por outro ângulo. Diversos exemplos podem ser apresentados, no esporte, nas artes, na política... Ser um gestor de sucesso não é tarefa simples de se executar. Quem falou que seria fácil mentiu pra você. 

Em algum momento de nossa vida, em qualquer grupo de atuação (familiar, pessoal, social, acadêmico e religioso), qualquer pessoa pode, vez ou outra, liderar para atingir determinado objetivo. No universo corporativo, no entanto, as exigências crescem a cada dia em paralelo às pressões, demandas, oportunidades, concorrentes.

Existe o “líder nato”?

Dificilmente encontraremos líderes natos, similares aos históricos personagens Júlio César, Alexandre e Napoleão. Os que existem ou estão bem empregados ou estão empregando. Um profissional que deseja ser líder precisa buscar informação. Treinar, estudar, conversar com outras pessoas e, principalmente, ficar atento às demandas e aos estilos dos liderados. 

Para quem nasceu com o dom de liderar, o treinamento potencializa muito mais rápido os resultados. Para quem não tem, melhora os resultados – mas não na mesma proporção. 

Com o chamado “apagão de talentos”, quase todas as empresas possuem vagas ociosas em atividades de coordenação, supervisão e gerência. Para preenchê-las, contratam ou promovem pessoas que ainda não estão prontas. Isto é muito perigoso. Fazendo analogia com um exército, como um coronel que nunca deu um tiro pode comandar um batalhão?

Liderança de resultados pressupõe:

• preparo;
• dedicação;
• experiência, e
• algumas características natas. 

O que vejo acontecer nas muitas empresas que me chamam para palestrar e dar treinamentos é a formação de talentos. Empresas inteligentes descobriram esta espécie de “fórmula” para, num futuro próximo, não perder negócios e posições por conta de uma liderança não desenvolvida.

Definitivamente, vamos fechar este conceito: nem sempre o melhor músico será um bom maestro. Erram as empresas que pregam conceitos de meritocracia, premiando com promoções pessoas determinadas que entregam resultados. Isto não basta. Isto não funciona mais.

Para ser líder, preciso de um cargo?

Agora, nem todo líder de sucesso precisa de um cargo. Na história, temos o clássico exemplo de Gandhi, simples advogado que mudou de religião e depois liderou toda uma nação contra a dominação inglesa. Na sua história, no seu clube, na sua rua, na sua família e mesmo na sua empresa, se você procurar bem encontrará um líder ‘sem cargo’ que é seguido por pessoas. A questão central é que um cargo pode ser ‘dado’ a alguém, mas a liderança propriamente dita é conquistada. 

Na sua equipe, pode haver algum colaborador que tenha ascensão sobre os demais, que é ouvido e respeitado por todos e que não tem nenhum tipo de cargo formal em gestão. Pode até ser que ele nem queira ser um gestor. 

Como você pode ver, podemos encontrar bons líderes em todos os setores, e isto é desvinculado do cargo. Então, o que favorece o aparecimento de um líder? Duas das diversas opções:

• aptidão natural evidenciada;
• grau de exposição ao risco. 

Vamos supor que toda uma equipe esteja em um avião, sobrevoando a Floresta Amazônica, e que neste grupo ninguém tenha o dom para liderar. De repente, acontece uma pane no motor e a aeronave cai, matando piloto e copiloto. Os passageiros saem ilesos. 

Será que todos ficariam parados no meio da floresta, esperando chegar um líder para o resgate, ou alguém (não importa quem) se levantaria e apontaria um caminho?

Este segundo perfil é o desejo de toda alta gestão. Há de se levar em conta, porém, que o risco do insucesso passa a ter consequências muito grandes para quem lidera. Imagine se no exemplo do avião o “líder” apontasse para o precipício?

*Este artigo é um trecho do livro "Como ser um gestor de sucesso", de Diego Maia, publicado pela Alta Books.

* Diego MaiaFormado pela Fundação Getulio Vargas, é um dos maiores especialistas em vendas do país e comanda um grupo de empresas no setor de economia criativa no Rio de Janeiro, como marcas como Centro de Desenvolvimento do Profissional de Vendas (CDPV), RH Vendas, V3 Agência e OGNI – Centro de Desenvolvimento Empresarial, entre outras. Autor dos livros Histórias dos Verdadeiros Campeões de Vendas, Como Formar e Treinar Equipes de Vendas e Histórias de Corretor, Maia apresenta o programa Mundo Empresarial na rádio MPB FM (90,3 RJ).
Fonte: administradores.com.br

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Vazamento por produtos químicos provocou morte de peixes na China

Um vazamento de produtos químicos em um rio do centro da China matou milhares de peixes, anunciaram as autoridades nesta quarta-feira (4).

Cerca de 100 toneladas de peixes mortos foi encontrada em um trecho de 40 km do rio Fuhe, na província de Hubei, informou a agência Nova China.

Uma investigação foi aberta depois de terem sido detectadas concentrações de amoníaco superiores às normas em vigor. Uma fonte do departamento do meio ambiente confirmou à AFP o desastre ecológico.


A maioria dos rios da China estão contaminados e com frequência ocorrem vazamentos acidentais ou intencionais de produtos químicos de graves consequências para a saúde.
Fonte: G1

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SESI oferece mais de 40 cursos na internet sobre SST


O  Serviço Social da Indústria - SESI lançou mais seis cursos a distância sobre Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Eles são gratuitos e estão disponíveis na internet para auxiliar gestores e trabalhadores a compreender melhor a legislação sobre Segurança e Saúde no Trabalho e promover qualidade de vida. Os interessados podem fazer quantos cursos quiserem. 

Os novos cursos - de curta duração, com até 5 horas - tratam de normas a respeito de insalubridade, periculosidade, programa de prevenção de riscos ambientais e a importância da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) para as empresas. Além disso, também há módulos sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e NTEP/FAP.

Com uma linguagem mais simples e coloquial, o objetivo é facilitar o entendimento de questões que auxiliam a promoção de qualidade de vida. Ao concluir o curso, que pode ser feito de qualquer lugar ou horário, os participantes recebem certificado.

"O curso nos faz conhecer o que é insalubridade, o que é periculosidade, como juridicamente as coisas funcionam, como fazer que a insalubridade seja diminuída ou até mesmo eliminada de um determinado trabalho", conta Valter Silva, que é administrador na Altec Engenharia, em Feira de Santana (BA). Ele fez um dos cursos sobre segurança no trabalho no último mês de junho. 

O SESI oferece mais de 40 cursos sobre Segurança e Saúde no Trabalho e Qualidade de Vida. 
Confira a relação completa na página de cursos a distância, clique aqui.
Fonte: Portal da Indústria

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Empresa é condenada a indenizar trabalhador por perda da visão.

A empresa Comércio de Móveis Joinery Ltda., especializada em comércio varejista de móveis, objetos de arte, decoração e antiguidades, foi condenada por unanimidade pela 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, a pagar R$ 80 mil por danos materiais e morais a trabalhador que teve a capacidade laborativa reduzida em consequência da perda da visão unilateral por acidente de trabalho.

A decisão modificou a sentença proferida pela 1ª Vara do Trabalho de Petrópolis, que julgou procedentes em parte os pedidos. As partes não conformadas com o valor arbitrado no primeiro grau para indenização por dano moral, interpuseram recursos.

O trabalhador recorreu argumentando que no exercício da função de auxiliar de marcenaria sofreu acidente e perdeu 90% da visão do olho direito, ficando afastado do trabalho.

Já a empresa argumentou que o acidente ocorreu pelo uso de máquina de produção que o empregado não tinha autorização para manusear. Além disso, para a empregadora a condenação seria excessiva e dissociada da condição econômica do empregado.

No segundo grau, o relator do acórdão, juiz convocado Leonardo da Silveira Pacheco, interpretou que não houve dúvida quanto ao dano moral experimentado pelo trabalhador, diante da cegueira quase que total.

E que o valor reparatório deve ser proporcional e razoavelmente compatível com o sofrimento experimentado pelo trabalhador e a capacidade econômica do causador do dano, restando proporcional o valor de R$ 30 mil arbitrado.

Quanto à indenização por danos materiais, o magistrado observou que embora no laudo pericial exista vasta documentação comprovando as lesões oftalmológicas, é preciso considerar que o trabalhador laborou, após sua dispensa da empresa, por cinco meses como auxiliar de serviços gerais, quatro meses como vidraceiro e hoje atua como servente.

 Concluiu o relator que a quantia deferida a título de danos materiais devia ser reduzida para R$ 50 mil, considerando-se o percentual indicado pelo perito (30%) e a vida útil do trabalhador indicada na sentença (35 anos). Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Especialista orienta como evitar acidentes por envenenamento

Os casos de internações por envenenamentos acidentais com substâncias químicas aumentaram em 14% no estado de São Paulo no primeiro semestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado. Em Tietê (SP), no mês de fevereiro, um bebê ingeriu cloro e precisou ser encaminhado para o pronto-socorro da cidade.

O médico pediatra Antônio Camargo explica que a maioria dos acidentes que envolvem crianças, são relacionados a produtos químicos. “Esses produtos podem provocar desde uma irritação no aparelho digestivo, na língua e na boca, até uma intoxicação levando a morte”, explica

Camargo também alerta sobre produtos de limpeza, como álcool, cloro, detergente, água sanitária, expostos para crianças. O médico explica sobre o perigo desses produtos, e como agir em casos de acidentes desta modalidade. “Primeiramente é preciso descobrir com qual produto a criança se acidentou e ingeriu. A partir daí é que é feito o tratamento que pode variar desde uma lavagem bucal até uma lavagem gástrica com sonda em um hospital. É muito importante que a mãe saiba o produto, e leve no hospital o rótulo para que o tratamento seja feito”, conta.

Sobre os sintomas apresentados pelas crianças que ingerem produtos, o médico explica que cada produto pode provocar uma reação. “Se for um produto só irritante ela vai ter ardência na boca, se ela ingerir ela vai ter dor abdominal, dor gástrica, pode provocar vômitos, náuseas, e pode gerar problemas maiores e mais graves”, afirma.

O especialista também explica sobre o uso de outros produtos que podem ser utilizados para amenizar os efeitos do envenenamento. Uma das dicas popularmente conhecidas é a utilização do leite. “Pode dar leite sim, dependendo do produto. Por isso, antes de qualquer conduta é preciso avaliar qual produto foi ingerido. O leite muitas vezes pode neutralizar a acidez gástrica, mas não pode combater mutualmente o envenenamento”, explica.
Fonte: G1