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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Na busca por proteção, proprietários de carros de luxo investem em blindagem

Mais visados nas ruas e com medo, proprietários de veículos premium buscam a proteção blindada; nesta semana, motorista de uma BMW foi morto ao tentar fugir de assalto em São Paulo
 
Na noite do último dia 14 de agosto, um homem que dirigia um carro de luxo da marca BMW foi morto depois de reagir a uma tentativa de assalto na região do Jabaquara, na zona Sul de São Paulo. Após ser abordada por criminosos armados, a vítima, de 42 anos, tentou acelerar o carro para fugir e foi atingido por pelo menos quatro tiros. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública paulista, casos de latrocínio – roubo seguido de morte – aumentaram 38,6% no primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado.
 
Preocupados com a violência urbana e com medo de se tornarem vitimas preferenciais dos bandidos por conta de seus veículos, proprietários de carros de luxo estão recorrendo cada vez mais à blindagem automotiva como alternativa de proteção.
 
“Quem opta em adquirir um modelo de carro mais luxuoso sabe que se torna mais visado e, para se sentir mais seguro nas ruas das grandes cidades, acaba investindo nesse tipo de proteção”, afirma o engenheiro Rogério Garrubbo, diretor da Concept Blindagens. “Os proprietários de carros de luxo e de importados compõem a maior parte do consumidor desse tipo de serviço. Dos cerca de 60 carros que estacionam na blindadora mensalmente, ao menos 40 são considerados premium, possuem valor de venda superior aos R$ 100 mil”, diz.
 
De acordo com o diretor da Concept, a blindagem mais solicitada é a de nível III-A, que suporta até tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum.
 
Transformação do carro
 
Para receber a proteção blindada, o veículo passa por um grande e complexo processo. Depois de ser vistoriado para verificar funcionalidade dos sistemas em geral, o carro recebe uma proteção externa. As peças internas de forração, bancos e sistemas de acionamento de vidros são desmontadas, para que a parte opaca (lataria) receba os painéis balísticos. Eles são instalados no teto, portas, painel inferior (onde ficam os pedais), caixas de rodas, para-lamas dianteiros e painel corta-fogo.
 
Nas colunas, no encosto do banco e tampão traseiro, fechaduras e retrovisores das portas é colocado aço inox. O aço também é fixado em toda a borda do para-brisa, vigia, portas e vidros fixos para impedir qualquer ponto de vulnerabilidade que pode haver nas dobras do painel.
 
“Na área transparente do automóvel, os vidros são substituídos por outros especiais, compostos por diversas lâminas de vidros e polímeros. O número de camadas varia de acordo com o nível de proteção”, explica Garrubbo. O processo todo demora, em média, 30 dias.
 
Frota blindada
 
Em 2012, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), 8.384 veículos foram blindados em 2012, um crescimento de 2,7% na comparação com 2011, quando o país já havia batido o recorde no número de carros que receberam a proteção balística.
 
No ranking dos veículos mais blindados no país no ano passado, a pesquisa da Abrablin revela que o campeão no segundo semestre foi o Tiguan, modelo da Volkswagen, seguido pelo Range Rover Evoque, da Land Rover. A Mercedes C-180, o Corolla, da Toyota, e o Jetta, da Volks, completam a lista. No primeiro semestre, o Tiguan e o Evoque apareciam com as posições invertidas, seguidos pelo Jetta, Corolla e o XC-60, da Volvo.
Fonte: Segs

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