Os casos de internações por envenenamentos acidentais com substâncias
químicas aumentaram em 14% no estado de São Paulo no primeiro semestre de 2013,
em relação ao mesmo período do ano passado. Em Tietê (SP), no mês de fevereiro,
um bebê ingeriu cloro e precisou ser encaminhado para o pronto-socorro da
cidade.
O médico pediatra Antônio Camargo explica que a maioria dos acidentes que
envolvem crianças, são relacionados a produtos químicos. “Esses produtos podem
provocar desde uma irritação no aparelho digestivo, na língua e na boca, até uma
intoxicação levando a morte”, explica
Camargo também alerta sobre produtos de limpeza, como álcool, cloro,
detergente, água sanitária, expostos para crianças. O médico explica sobre o
perigo desses produtos, e como agir em casos de acidentes desta modalidade.
“Primeiramente é preciso descobrir com qual produto a criança se acidentou e
ingeriu. A partir daí é que é feito o tratamento que pode variar desde uma
lavagem bucal até uma lavagem gástrica com sonda em um hospital. É muito
importante que a mãe saiba o produto, e leve no hospital o rótulo para que o
tratamento seja feito”, conta.
Sobre os sintomas apresentados pelas crianças que ingerem produtos, o
médico explica que cada produto pode provocar uma reação. “Se for um produto só
irritante ela vai ter ardência na boca, se ela ingerir ela vai ter dor
abdominal, dor gástrica, pode provocar vômitos, náuseas, e pode gerar problemas
maiores e mais graves”, afirma.
O especialista também explica sobre o uso de outros produtos que podem ser
utilizados para amenizar os efeitos do envenenamento. Uma das dicas popularmente
conhecidas é a utilização do leite. “Pode dar leite sim, dependendo do produto.
Por isso, antes de qualquer conduta é preciso avaliar qual produto foi ingerido.
O leite muitas vezes pode neutralizar a acidez gástrica, mas não pode combater
mutualmente o envenenamento”, explica.
Fonte: G1
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