terça-feira, 31 de julho de 2007
Impressoras 'poluidoras' podem causar danos à saúde
ESPAÇOS CONFINADOS - NR-33 regulamenta segurança do trabalhador
segunda-feira, 30 de julho de 2007
INSTRUÇÕES BÁSICAS DE COMBATE À INCENDIO
O que é fogo?
Fogo, cientificamente chamado combustão, é a reação química entre o combustível e oxigênio do ar (comburente)
Os 3 elementos essenciais de combustão, constituem o chamado Triângulo da Combustão.
- COMBUSTÍVEL
- COMBURENTE (Oxigênio)
- CALOR
Se suprimirmos desse triângulo, um de seus lados, eliminaremos o fogo. A partir disso, podemos definir as três formas de eliminar a combustão:
Resfriamento: Quando se retira o calor
Abafamento: Quando se retira o comburente
Isolamento: Quando se retira o combustível
Classes de incêndio
CLASSE A
Compreende os incêndios em corpos combustíveis comuns: papel, madeira, fibras etc., que quando queimam deixam cinzas e resíduos e queimam em razão de seu volume, isto é, em superfície e profundidade. Necessitam para sua extinção, o efeito de resfriamento: a água ou solução que a contenha em grande porcentagem.
CLASSE B
São os incêndios em líquidos petrolíferos e outros líquidos inflamáveis, tais como gasolina, óleo, tintas etc., os quais, quando queimam, não deixam resíduos e queimam unicamente em função da sua superfície. Para sua extinção, usa-se o sistema de abafamento (extintor de espuma).
CLASSE C
Compreende os incêndios em equipamentos elétricos que oferecem riscos ao operador. Exige-se, para sua extinção um meio não condutor de energia elétrica (extintor de CO2).
AGENTES EXTINTORES
Os agentes extintores mais empregados na extinção de incêndios são: água, espuma, gás carbônico e pó químico seco.
ÁGUA (H2O) - É a mais comum e muito usada por ser encontrada em abundância. Age por resfriamento, quando aplicada sob forma de jato sólido ou neblina, nos incêndios de Classe A. É difícil extinguir o fogo em líquidos inflamáveis, com água, por ser ela mais pesada do que eles. É boa condutora de energia elétrica, o que a torna extremamente perigosa nos incêndios de Classe C.
ESPUMA - Existem dois tipos: química e mecânica. A espuma química é produzida juntando-se soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio (com alcaçuz, como estabilizador)
GÁS CARBÔNICO - Gás insípido, inodoro, incolor, inerte e não condutor de eletricidade. Pesa cerca de 1,5 vezes mais do que o ar atmosférico e é armazenado com pressão de 850 libras, em tubos de aço. Quando aplicado sobre incêndios, age por abafamento, suprimindo e isolando o oxigênio do ar. É eficiente nos incêndios de Classe B e C. Não dá bons resultados nos de Classe A.
PÓ QUÍMICO SECO - O pó químico comum é fabricado com 95% de bicarbonato de sódio micro-pulverizado e 5% de estearato de potássio, de magnésio e outros, para melhorar sua fluidez e torná-lo repelente à umidade e ao empedramento. Age por abafamento e, segundo teorias mais modernas, age por interrupção da reação em cadeia da combustão, motivo pelo qual é o agente mais eficaz para incêndios Classe B. Não conduz eletricidade e pode ser usado em fogo de Classe C, devendo-se evitá-lo, contudo, em equipamentos eletrônicos onde, aliás, o CO2 é mais indicado. Não dá bons resultados nos incêndios de Classe A.
PROCEDIMENTO EM CASO DE INCÊNDIO
ALARME GERAL
Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral ao edifício e chame o Corpo de Bombeiros.
COMBATE AO FOGO
Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto circuito. Procure impedir a propagação do fogo combatendo as chamas no estágio inicial. Utilize o equipamento de combate ao fogo disponível nas áreas comuns do edifício. Na existência ou insuficiência deste, procure abafar as chamas com uma cortina ou toalha.
EVACUAÇÃO DO EDIFÍCIO
Não sendo possível eliminar o fogo, abandone o edifício rapidamente, pelas escadas. Ao sair, feche todas as portas atrás de si, sem trancá-las. Não utilize o elevador como meio de escape. Não sendo possível abandonar o edifício pelas escadas, permaneça no pavimento onde se encontra, aguardando a chegada do Corpo de Bombeiros. Somente suba à laje superior, se o edifício oferecer condições de evacuação pelo alto ou a situação o exigir.
INSTRUÇÕES IMPORTANTES EM CASO DE INCÊNDIO
- Procure sempre manter a calma e não fume.
- Não tire as roupas; tire unicamente a gravata.
- Mantenha, se possível, as roupas molhadas.
- Jogue fora todo e qualquer material inflamável que carregue consigo.
- Em situações críticas, feche-se no banheiro, mantendo a porta umedecida pelo lado interno e vedada com toalha ou papel molhados.
- Em condições de fumaça intensa, cubra o rosto com um lenço molhado.
- Não fique no peitoril antes de haver condições de salvamento, proporcionadas pelo Corpo de Bombeiros.
- Indique sua posição no edifício acenando para o Corpo de Bombeiros.
- Aguarde outras instruções do Corpo de Bombeiros.
- Em regra geral, uma pessoa cuja roupa pegou fogo, procura correr. Não o faça! A vítima deve procurar não respirar o calor das chamas. Para o evitar, dobre os braços sobre o rosto, apertando-os; jogue-se ao chão e role ou envolva-se numa toalha ou num tecido qualquer.
- Se você encontrar um lugar cheio de fumaça, procure sair, arrastando-se para evitar ficar asfixiado.
- Vendo correr uma pessoa com as roupas em chamas, não a deixe fazê-lo. Obrigue-a a jogar-se ao chão e rolar lentamente. Use a força se necessário, para isso.
- Se for possível, use extintor ou mangueira sobre o acidentado. No caso de não haver nada por perto, jogue areia ou terra na vítima, quando ela está rolando. Se puder, envolva o acidentado com um cobertor, encerado ou com panos. Envolva primeiro o peito, para proteger o rosto e a cabeça. Nunca envolva a cabeça da vítima, pois assim você a obriga a respirar gases.
- Ao perceber um incêndio, não se altere. Estando num local público, não grite nem corra. Acate as normas de prevenção e evite acidentes. Trate de sair pelas portas principais de emergência, de maneira rápida, sem gritos, em ordem, sem correrias.
- Nunca feche com chaves as portas principais e as de emergência em colégios, cinemas, teatros ou demais dependências de aglomeração pública.
- O acúmulo de lixo e a sua queima, provoca muitos incêndios.
- Não guarde panos impregnados de gasolina, óleos, cêras ou outros inflamáveis.
jeffersonbcosta@gmail.com
Como ser feliz no mundo corporativo
Nas minhas andanças pelas empresas tenho constatado um número cada vez maior de profissionais carentes, apreensivos, cheios de dúvidas e infelizes, apesar de estarem bem colocados no mercado de trabalho e receberem bons salários se comparados à realidade geral do país. Depois de uma palestra ou mesmo durante o desenvolvimento de um projeto de consultoria, profissionais de todas as idades vão se aproximando aos poucos e num gesto de desabafo entregam suas vidas e problemas na esperança de encontrar um novo alento ou uma luz no fim do túnel para suas trajetórias equivocadas no mundo corporativo.
Fazer o que se gosta é muito diferente de gostar do que se faz. Se fosse possível optar, creio que mais de 90% das pessoas mudaria de ocupação a fim de se encontrar na vida profissional, porém as estatísticas comprovam e a experiência nos ensina que a diferença entre o sonho e a realidade é um
abismo. Fazer o que se gosta é praticamente um projeto de vida, algo que se deve perseguir incansavelmente com muita energia e disposição, foco e persistência, clareza de idéias e de pensamentos, independentemente do resultado financeiro. Isso deve ser uma conseqüência natural quando se encontra a verdadeira vocação.
O fato de muitos indivíduos não se encontrarem na profissão ou não fazerem aquilo que gostam nos leva a outra reflexão. Isso não lhes dá o direito de fazerem mal algo para o qual foram contratados, portanto, muito mais do que energia e disposição, é necessário ter consciência de que no mundo competitivo atual não há mais espaço para pessoas carrancudas, negativas ou pessimistas, cuja maior alegria no ambiente de trabalho é maldizer a empresa de onde se tira o próprio sustento, um verdadeiro paradoxo e um péssimo exemplo. Quando isso ocorre, há de se lembrar que sempre existe alguém disposto a trabalhar o dobro pela metade do preço.
Diante desse dilema comum, fruto da própria experiência profissional e da convivência com ambos os lados da moeda, preparei algumas lições que procuro chamar de "As 12 Lições de Sobrevivência no Mundo Corporativo" com intuito de provocar uma reflexão mais elaborada do ser humano e do profissional com respeito à sua carreira e aos seus objetivos. Segui-las ou não é um critério muito particular, portanto, penso que nada daquilo que lemos, ouvimos ou assistimos tem o mínimo efeito sobre o nosso comportamento se não existir uma vontade interior incontrolável de mudar para melhor. Com diria Tom Peters, ninguém motiva ninguém, nem mesmo um líder. Aqui vão elas:
1) A maneira mais fácil de conseguir aumento de salário é fazer algo diferente e produtivo. Pedir aumento pode até resolver, mas uma negativa pode se tornar uma verdadeira frustração, principalmente pelo fato de termos em mente de que sempre valemos mais do que ganhamos. Lembre-se de Ford: "Se dinheiro for a sua única esperança de vida você jamais a terá. A única esperança consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência". A segunda maneira é mudar de emprego, atitude mais sensata do que passar a vida se lamentando.
2) O mundo é dos otimistas. Os pessimistas morrerão falando mal de tudo e de todos. Não há mais espaço nas organizações para pessoas carrancudas, bicudas, negativas, cujo passatempo predileto é dar socos na mesa, falar mal do chefe, do colega recém promovido, da falta de benefícios ou ainda viver em estado de queixa permanente, portanto, sorria mesmo tendo que conviver diariamente com pessoas que você não gosta. Faz parte da evolução.
3) O ser humano é naturalmente indissociável, portanto, as emoções da relação pessoal e da profissional estão intimamente ligadas. Procure equilibrar os dois lados. Ninguém sai de casa feliz deixando um filho doente com 40 graus de febre nas mãos da empregada assim como ninguém sai do trabalho feliz depois de levar uma "babada". Em casa pensamos permanentemente nos problemas do trabalho e vice-versa. Fé, equilíbrio e paz de espírito são imprescindíveis.
4) No mundo corporativo, manda quem pode, obedece quem precisa, muda quem tem juízo. Isso não significa que você deve mandar tudo para o espaço no dia seguinte, mas, parafraseando Albert Camus, não existe dignidade no trabalho quando nosso trabalho não é aceito livremente. A relação de submissão existe e tende a ser mais dolorosa de acordo com o grau de aceitação que conferimos a ela. Conclusão: não trabalhe para empresas cujo dono é espiritualmente fraco. Seja mais forte do que ele e procure uma empresa compatível com o seu modo de viver e agir.
5) Se você sai de casa para o trabalho na segunda-feira indignado e já pensando na sexta-feira, possivelmente está no lugar errado. Lembre-se: fazer o que se gosta é diferente de gostar do que se faz. Eis uma excelente razão para você perseguir a primeira parte sem se descuidar da segunda, porém não se iluda, encontrar o lugar certo e a profissão certa é algo que demanda tempo e desprendimento.
6) Faça o que for possível para realizar o seu projeto de vida, mas seja ético. Fuja do sentimento de vingança, da perseguição, da inveja e da malícia que permeiam o mundo corporativo. Para crescer profissionalmente não é necessário puxar o tapete alheio nem viver grudado na cola do chefe (?). Existem maneiras inquestionáveis de demonstração da competência e do senso de contribuição. Você pode perder o emprego, mas a competência é algo que ninguém lhe tira.
7) Mais importante do que a pressão exercida no ambiente de trabalho, acredite, existe vida fora dele. Lembre-se que a família te espera em casa, são e salvo, de braços abertos, a menos que você seja um perfeito alienado e tenha casado com o trabalho. Nesse caso é uma questão de opção. Evite o
perfil do tipo "my name is job". Seu sobrenome tem mais valor do que aquele que está no seu crachá.
8) Nenhuma empresa tolera colaboradores desleais, portanto, honre seus superiores, subordinados, colegas e, principalmente, seus clientes. Tudo na vida é resultado e a vida também é feita de princípios. O fato de você conviver com pessoas de cores, credos e sexos diferentes exige muito mais perspicácia do que se imagina. Não se tolera mais apelidos constrangedores ou pejorativos do tipo "negão", "japinha", "careca" ou qualquer outra referência que soe desrespeito e discriminação. Respeito é o mínimo que se espera num ambiente onde a convivência não é tão simples quanto deveria.
9) Não tenha receio de trabalhar com subordinados melhores do que você. No passado os "chefes" temiam os profissionais com maior grau de conhecimento com medo de que esses lhes puxassem o tapete ou lhe fizessem sombra. Isso não acabou por inteiro, é fato, mas o verdadeiro líder é aquele que procura montar equipes com profissionais melhores do que ele tecnicamente, o que, em momento algum, há de lhe tirar o mérito. Ao contrário, torna-se uma grande oportunidade para mostrar suas verdadeiras habilidades como líder extraindo o que há de melhor do grupo. O verdadeiro líder confia nas pessoas, independentemente dos riscos, estimula os colaboradores ao crescimento profissional e sabe respeitar as diferenças.
10) Reconhecimento nem sempre vem com o trabalho duro, mas com o tempo. Passar a vida esperando esse bendito reconhecimento é uma heresia imperdoável que acaba em frustração, dor e tristeza. Reconhecimento é algo relativo e ao mesmo tempo subjetivo. Quantos "Ronaldinhos"
11) Em momentos de crise, o importante é manter a lucidez e o foco. Seja humilde, deixe o orgulho de lado, não perca o contato com os amigos e não
Tenha vergonha de pedir. Pedir não ofende. Quando fui demitido pela primeira e única vez o mundo desabou, mas o importante foi manter a calma. O discurso de durão e a pose de orgulho não valem nada numa hora dessas. Lembre-se de um velho ditado dos nossos avós: é no andar da carruagem que as abóboras se ajeitam. Naquela ocasião eu me lembrei do Jack Welch, CEO da General Electric nos Estados Unidos, que afirmou: "até um pé no traseiro te empurra para frente".
12) Passar a vida correndo atrás de uma profissão estável, tranqüila e segura é uma utopia. Ela não existe, portanto, o melhor a fazer é estar pronto para o mercado todos os dias. Estar pronto para o mercado significa manter o currículo atualizado, estabelecer um bom networking, dominar definitivamente um segundo idioma e jamais se esquecer dos amigos, principalmente os de infância, adolescência e de faculdade. São eles que poderão ajudá-los nas horas mais difíceis, se os tiver em alta conta e puder realmente chamá-los de amigos.
Desde criança ouvimos dizer que o Brasil é o país do futuro. Trinta anos depois ainda ouço a mesma coisa, mas o futuro nunca chega e continua testando nossa capacidade de reação através dos acontecimentos mais adversos possíveis. Esperar pelo futuro sem mudar de comportamento é alternar passivamente entre dias bons e ruins acreditando que no futuro tudo vai mudar.
Existem pessoas que vivem procurando alguém para motivá-las como se a motivação fosse algo transferível a qualquer tempo, mas a carência humana não tem limites e a motivação é praticamente um estado de espírito, algo que vem de dentro, da alma. Para ser feliz no trabalho é necessário rever conceitos, dentre eles o próprio conceito de felicidade. Lembre-se novamente das palavras de Albert Camus, grande pensador francês: "não existe dignidade no trabalho quando nosso trabalho não é aceito livremente".
Jerônimo Mendes, Administrador, Consultor e Palestrante. Autor do Livro Oh, Mundo Cãoporativo! Lições e Reflexões
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Brasil gasta R$ 32 bilhões anuais com acidentes de trabalho
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostram que o gasto no mundo corresponde a 4% do Produto Interno Bruto mundial, ou seja tudo que os países produzem em serviços e bens. De acordo com o médico e consultor da OIT, Zuher Handar, uma análise feita pela OIT mostra que esses 4% são 20 vezes maior que toda a ajuda oficial do mundo direcionada ao desenvolvimento.
De acordo com a OIT, dos cerca de 270 milhões de ocorrências mundiais envolvendo trabalhadores em 2005, 160 milhões foram doenças do trabalho. Do total de ocorrências, 2,2 milhões resultaram em morte, das 360 mil decorrentes de acidentes tipicamente relacionados ao trabalho.
"Certamente que nos países industrializados, mais desenvolvidos, há muito mais investimento em segurança e saúde, e estes números tendem a diminuir. Nos países em desenvolvimento, esses números persistem altos. E aí temos países mais pobres, em que o número é maior ainda", afirma Handar.
Estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na América Latina mostra que ocorrem entre 20 e 27 milhões de acidentes de trabalho na região, dos quais 90 mil fatais. Pelo levantamento, 250 pessoas morrem por dia e, a cada sete minutos, acontecem entre 40 e 50 acidentes nos ambientes de trabalho.
O estudo "Segurança e Saúde no Trabalho na América Latina e no Caribe: Análise, Temas e Recomendações de Política" foi publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIB) em 2000.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que os países da América Latina e do Caribe perdem US$ 76 bilhões por ano com mortes e lesões causadas por doenças do trabalho. Segundo a entidade, isso significa algo entre 2% e 4% do Produto Interno Bruto (PIB) da região.
Segundo Handar, a OIT recomenda que todos os países-membros, entre eles o Brasil, criem uma Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador. No ano passado, o organismo internacional editou a Convenção 187, que aborda a segurança e a saúde no trabalho.
"Ela estabelece que os países-membros deveriam promover uma melhora contínua da segurança e saúde no trabalho, para prevenir os danos, as enfermidades, as mortes, relacionadas ao trabalho",afirma.
Para tentar diminuir o número anual de acidentes de trabalho e o custo para os países, um grupo de especialistas do BID responsável pelo estudo sobre segurança no trabalho sugerem que os governos ofereçam crédito a baixas taxas de juros para pequenas e médias empresas que invistam na aquisição de equipamentos de segurança.
Outra recomendação do BID é a divulgação de informações sobre segurança ocupacional e de uma lista de "melhores práticas" na área de prevenção de acidentes e doenças. Como medida punitiva, o estudo sugere a aplicação de multas pela importação de produtos químicos ou pesticidas tóxicos.
O presidente da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Remígio Todeschini, afirma que o Brasil tem diminuído a taxa de incidência de acidentes de trabalho e de mortalidade, mas que as estatísticas ainda representam o dobro do que é registrado nos países desenvolvidos.
"Há um desfio muito grande a ser perseguido e há um esforço do governo brasileiro no Ministério do Trabalho em ampliar esse trabalho de prevenção, o trabalho de fiscalização e o trabalho de aperfeiçoamento da legislação".
Culpa do trabalhador em acidente não isenta empregador também culpado.
Por unanimidade, a 12ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região concedeu provimento parcial a recurso de um auxiliar de marceneiro, em reclamação movida contra empresa que fabrica e comercializa móveis, condenando a reclamada a pagar ao autor R$ 10 mil a título de indenização por danos morais decorrentes de acidente de trabalho em que houve culpa das duas partes. Para o relator, juiz Edison dos Santos Pelegrini, “cabe indenização por dano moral decorrente de acidente de trabalho ocorrido por culpa concorrente, na medida em que ambos, empregador e empregado, concorreram culposamente para o infortúnio”. O acidente causou a perda de parte do dedo anular esquerdo do operário.
O reclamante trabalhava como operador de desempenadeira, mantendo, por iniciativa própria, o sistema de segurança do equipamento travado. Por sua vez, a chefia tinha conhecimento e tolerava a conduta do trabalhador. Entretanto, explica o relator, embora a culpa concorrente não exima a empresa de responsabilidade, reduz o valor da indenização, conforme dispõe o artigo 945 do Código Civil: “Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.”
Via de mão dupla - Originalmente, a Vara do Trabalho de Votuporanga, município da região de São José do Rio Preto, no Noroeste do Estado de São Paulo, julgou improcedente a reclamação - em que o autor pretendia a condenação da empresa ao pagamento de danos materiais e morais -, acatando a tese da reclamada no sentido de que a culpa teria sido exclusiva do reclamante. No recurso, o autor alegou a culpa concorrente da reclamada, que, entre outros fatores, não forneceria os equipamentos de segurança necessários para a atividade. O trabalhador argumentou, ainda, que o dispositivo de segurança da máquina estaria quebrado.
Admitido em 1° de outubro de 2001, o trabalhador sofreu o acidente apenas 17 dias depois. A perícia constatou que o contato físico do operador da máquina com o eixo de corte, elemento que extirpou parte do dedo do reclamante, somente seria possível se o operador, intencional e manualmente, travasse o dispositivo de segurança ou, durante a passagem da peça de madeira, agisse de maneira negligente, colocando a mão em área indevida. Segundo o perito, se a operação da máquina for realizada obedecendo-se aos padrões para os quais foi fabricada, e se o operador desempenhar sua atividade com a atenção devida, o equipamento pode ser considerado como de “elevado nível de segurança”.
A empresa comprovou que o reclamante, ao ser admitido, recebeu orientação para operar a máquina, bem como os equipamentos de proteção necessários. Por sua vez, uma das testemunhas ouvidas afirmou que o trabalhador, no intuito de “mostrar serviços”, costumava travar ou desativar o dispositivo de segurança da desempenadeira, para "facilitar" a execução do trabalho. De sua parte, o encarregado sabia da conduta perigosa do autor, mas limitou-se a adverti-lo, fazendo, de certa forma, “vista grossa”, sem tomar nenhuma providência mais enérgica, conforme declarou outra testemunha.
Jeitinho brasileiro - Na visão do relator, o operário efetivamente sabia que deveria trabalhar com o dispositivo de segurança acionado, mas acabou “dando um jeitinho, à moda brasileira, de encontrar atalho a fim de ‘facilitar’ o serviço, descuidando da segurança”. De sua parte, a chefia também sabia da conduta inadequada do empregado, “porém fazia de conta que não via”, avaliou o juiz Edison. “Patrão e empregado”, concluiu o relator, “acabaram concorrendo para o infortúnio, na medida da culpabilidade de cada um, eis que ambos descuidaram do fator segurança do trabalho”.
Quanto aos danos materiais, o magistrado negou o pedido do autor, por considerar que ele não conseguiu comprovar a perda. “O reclamante recuperou sua capacidade de trabalho, voltando a exercer as mesmas funções e a operar o mesmo equipamento”, justificou o relator. Já sobre os danos morais não restou dúvida, no entendimento do juiz Edison, que considerou não só as seqüelas e dores físicas sofridas pelo trabalhador, mas também as perdas de caráter psíquico, como a angústia e o sofrimento causados pela deformidade adquirida. Para fixar o valor da indenização em R$ 10 mil, o magistrado levou em consideração, além da culpa concorrente do reclamante, fatores como a personalidade do indivíduo, a extensão da lesão, a intensidade do sofrimento, o contexto e as demais circunstâncias pessoais e econômicas emergentes do acontecimento, inclusive o porte econômico do réu.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 15ª Região Campinas, 27.07.2007
Brasil não notifica adequadamente acidentes de trabalho
Dados da síntese de indicadores sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, em 2004, 30,4% da população ocupada no país tinha emprego com carteira assinada, ou três em cada dez brasileiros. Esse grupo está protegido contra os acidentes de trabalho, pois contribui para a Previdência Social, que paga auxílios-doença, auxílios-acidente e aposentadorias por invalidez.
Mas o IBGE também mostra que 22% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil trabalham por conta própria, e 18,3% são empregados sem carteira assinada. Esse grupo não tem direito aos benefícios da Previdência, assim como não têm direito os trabalhadores domésticos que não contribuem (segundo a pesquisa, o total de trabalhadores domésticos equivale a 7,7% da população ocupada) e os trabalhadores não-remunerados, que somam 7,7%. Estão protegidos por um regime especial de seguro contra acidentes de trabalho os militares e servidores estatutários, que somam 6,6% da PEA. Resumindo, não há registros de acidentes de trabalho para mais de metade dos trabalhadores brasileiros.
Em 2005, a Previdência notificou 491 mil acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, quase meio milhão de pessoas, e 2,7 mil mortes. Mas o próprio secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Helmut Schwarzer, admite que há subnotificação dessas ocorrências.
"Possivelmente esse número está subnotificado, porque nós sabemos que na Argentina, no mesmo ano, também foram notificados meio milhão de acidentes de trabalho, com uma força de trabalho muito menor do que a brasileira, o que significa que nós temos um grau de subnotificação alto", diz.
Na opinião do coordenador da Área Técnica de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Marco Antônio Perez, o problema da subnotificação dificulta a realização de ações para diminuir os acidentes de trabalho no Brasil.
Ele afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem direcionado esforços para que os profissionais de saúde reconheçam mais os acidentes e doenças do trabalho no país. "A maioria do atendimentos aos trabalhadores no SUS hoje não gera informações sobre a saúde do trabalhador".
O médico e consultor da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Zuher Handar, diz que a maior incidência de acidentes de de trabalho no Brasil é na área rural, mineração e no setor de transporte, embora geralmente não haja dados sobre essas ocorrências.
"Infelizmente no Brasil nós não temos números muito fiéis, pois são números que vêm da Previdência Social e refletem somente os trabalhadores da economia formal. Nós temos muitos trabalhadores na informalidade que se acidentam, ou adoecem, e não há uma notificação precisa às autoridades e aos organismos públicos".
Para o secretário Helmut Schwarzer, "é preciso fazer um pacto, um amplo esforço pela formalização do trabalho no Brasil".
Pérsio Dutra, diretor do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat), também reclama da subnotificação dos acidentes de trabalho no país.
"Os dados que a gente tem hoje sobre acidente de trabalho são todos fornecidos pela Previdência Social. E ela só fornece os dados dos benefícios que concedeu. O grande problema é que a Previdência Social só reconhece, segundo estudos que já foram feitos, menos de 15% daquilo que realmente é acidente ou doença de trabalho".
Agência Brasil
Bombeiros de Marília alertam sobre riscos de incêndios
www.jornaldamanha.com
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Evite acidentes nos elevadores
Nos últimos tempos não há notícias de acidentes causados em elevadores de edifícios comerciais ou residênciais.
Mas isso não significa que cuidados básicos não mereçam atenção. Trago aqui, algumas dicas importantes de segurança sobre elevadores que, se seguidas, evitarão acidentes, em algumas vezes fatais.
Não permita em seu edifício residencial ou comercial as seguintes atitudes: puxar a porta do pavimento sem a presençada cabine no andar; apressar o fechamento das portas; apertar várias vezes o botão de chamada; chamar vários elevadores ao mesmo tempo; fumar dentro do elevador; movimentos bruscos dentro do elevador; lotar o elevador com o peso acima do permitido; bloquear o fechamento das portas com objetos.
O excesso de lotação e de carga é perigoso e acarreta desgaste prematuro do equipamento.
O elevador não é lugar de brincadeiras, portanto oriente seus funcionários que, por sua vez, deverão orientar as crianças, para não acionar os botões desnecessariamente; não dar pulos ou fazer movimentos bruscos dentro da cabine; nunca colocar as mãos na porta; não entrar primeiro no elevador, assim que a porta se abre.
É importante que as crianças nunca usem o elevador quando não estiverem acompanhadas de adultos.
Exija da empresa de conservação que o acesso à porta do elevador seja bloqueado quando ele estiver em reparos ou revisão técnica.
Se o elevador parar entre dois andares os ocupantes devem manter a calma, pois o perigo não é iminente; acionar o botão de alarme e/ou utilizar o interfone para pedir ajuda; solicitar que chamem o zelador e, se necessário, a empresa conservadora ou o /Corpo de Bombeiros; aguardar com calma. Nunca a porta deverá ser forçada e quem estiver dentro do elevador não deve sair por conta própria. Se o elevador parar entre andares e a porta abrir, não tente sair pela abertura. O elevador pode voltar a funcionar no momento em quem estiver dentro dele estiver saindo. Recomenda-se aguardar a sua estabilização.
É muito comum as pessoas se apressaram ao tomar o elevador. É importante que quando a porta do elevador abrir, preste atenção. Antes de entrar, verifique se a cabine do elevador está no andar.
Falhas mecânicas permitem, às vezes, que a porta abra sem a presença do elevador, o que já provocou muitos acidentes fatais.
Entre no elevador e saia dele devagar, para evitar colisão com outros usuários. Não tente entrar no elevador enquanto os ocupantes estiverem saindo.
Ao entrar no elevador e ao sair dele, cuidado para não tropeçar nos degraus que se formam quando ele pára desnivelado com o pavimento.
Em caso de incêndio, não utilize o elevador. O abandono do edifício deve ser feito pelas escadas, obedecendo ao plano de abandono.