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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

No setor elétrico, terceirizados sofrem quatro vezes mais acidentes fatais do que empregados das concessionárias.

Nos últimos dez anos o Brasil sofreu, pelo menos, quatro blecautes com dimensões nacionais. O mais recente, em novembro do ano passado, atingiu 18 estados e mais de 80 milhões de consumidores. Em busca das causas desses "apagões", pouco (ou nada) se discute sobre as privati­za­ções, as terceirizações e a consequente preca­rização das condições de trabalho, que vêm atingindo as três áreas que compõem o setor: geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

O fenômeno da terceirização de serviços no Sistema Elétrico Brasileiro ganhou força a partir da década de 90, em especial em 1998, quando se consolidou o processo de pri­vatização do setor. Na época, as privatizações atingiram 80% da atividade de distribuição e 20% da geração de energia, sendo encabeçadas por empresas ou consórcios internacionais. "Esse fenômeno promoveu a introdução de novas tecnologias, materiais e trouxe mudanças significativas aos processos e à organização do trabalho. Em especial, trouxe-nos a terceirização, que deveria ser aplicada como uma espécie de parceria empresarial, em que o objetivo maior seria a especialização dos serviços, com a consequente melhoria da qualidade e da produtividade. Entretanto, o que se verificou foi a redução dos custos empresariais, com decréscimo no padrão salarial e a precarização das condições de Saúde e Segurança no Trabalho", avalia o auditor fiscal do trabalho Joaquim Gomes Pereira, da SRTE/SP, en­genheiro eletricista e de Segurança do Trabalho.
Fonte: Revista Proteção

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