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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Walt Disney: o homem que virou negócio

Costuma-se dizer que grandes criações são realmente grandes quando conseguem mostrar que são capazes de sobreviver à morte dos seus criadores. Concomitantemente, criadores admiráveis eternizam-se ao tornar inacabáveis suas criaturas. E, na história, poucas figuras e poucos empreendimentos representam tão bem essas máximas quanto Walt Disney, tanto o homem quanto o negócio.

Por: Por Simão Mairins

Nascido em Chicago, na alvorada do século XX, Walt Elias Disney saiu de casa cedo. Aos 16 anos, durante a 1ª Guerra Mundial, tentou se alistar ao exército norte-americano, mas foi barrado, por ainda ser menor de idade. Mesmo assim, conseguiu uma vaga na Cruz Vermelha, através da qual trabalhou na França, dirigindo ambulâncias.

No entanto, por incrível que pareça, a grande reviravolta da sua vida não foi deixar o lar e estar em meio a um dos conflitos mais sangrentos da história. A entrada no mundo da arte na volta aos Estados Unidos foi a mudança de percurso que, de fato, revolucionou sua vida.

Com a pequena produtora Laugh-O-Gram, que montou com o irmão Roy e o amigo Ub Iwerks, Disney começou a fazer animações de contos de fada, que eram exibidas na abertura dos filmes do cinema local. Nos anos seguintes capitaneou diversas transações e, mesmo entre prejuízos e calotes que sofreu, conseguiu lançar no mercado sua mais célebre criação: o Mikey Mouse.

Walt Elias Disney, um dos empreendedores mais bem-sucedidos do século XX, revolucionou a indústria do entretenimento (Foto: divulgação)
Depois do lançamento do simpático camundongo, diversos personagens foram sendo incorporados à hoje bem extensa lista de figuras conhecidas da Walt Disney Company, como a Minnie, o Pato Donald e o Pluto. Além disso, ainda em vida, o empreendedor viu pronto o seu primeiro parque temático, a Disneylândia de Anaheim, na Califórnia.

Essa história de sucessos foi permeada também por diversas polêmicas, entre fatos históricos e boatos até hoje não comprovados. A mais conhecida delas é a que associa Disney à caçada anticomunista na época que ficou conhecida como macarthismo.

Vários relatos dão conta de que Disney delatou artistas de Hollywood à chamada "Comissão das Atividades Antiamericanas". Segundo o pesquisador Álvaro de Moya, autor de uma das inúmeras biografias do empreendedor, tudo começou "quando funcionários de seu estúdio entraram em greve por causa dos baixos salários". De acordo com o pesquisador, a mobilização teria sido arquitetada por um ativista ligado a uma organização socialista, o que despertou a ódio do empreendedor por tudo ligado aos ideais marxistas.

Nesses mesmos anos 1940, Walt Disney esteve no Brasil contribuindo para os esforços dos EUA no sentido de conseguir aliados durante a Segunda Guerra Mundial, o que ficou conhecido como "Política da boa vizinhança". Foi nessa época que o malandro Zé Carioca foi criado.
Entre sua ação política e a inventividade que o tornaram um dos mais aclamados gênios da nossa história recente, o fato é que – mesmo décadas depois da sua morte – Disney continua muito vivo. Na verdade, tão vivo que alguns fanáticos vão mais longe e acreditam nessa existência de forma quase literal. A lenda que ficou conhecida como "O congelamento de Walt Disney" dá conta de que o corpo do empreendedor foi congelado numa clínica de criogenia humana (técnica que mantém cadáveres intactos com o fim de ressuscitá-los um dia) à espera do momento em que – finalmente – a ciência será capaz de colocar sua genialidade de volta no mundo.

Para a história oficial, Disney morreu em dezembro de 1966, em Los Angeles.
Fonte: Revista Administradores

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Empresa não é responsável por esquizofrenia desenvolvida por vigilante

Um vigilante que alegar ter desenvolvido esquizofrenia psicótica após prestar serviços para a Ferrovia Centro Atlântica não vai receber indenização por danos morais. A decisão é da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que disse que o trabalhador não conseguiu provar, perante o juiz de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), a culpa da empresa pela doença.

Na inicial trabalhista, ajuizada perante a 32ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte (MG), o vigilante afirma que no ato de sua admissão na empresa Coliseu Segurança Ltda – com vistas à prestação de serviços para a Ferrovia – gozava de plena capacidade física e mental. Mas que durante a vigência do contrato de trabalho, em que prestava serviços sempre à noite, acabou desenvolvendo quadro de alteração psíquica, por conta, entre outros, de um episódio em que foi baleado nas costas quando exercia sua função, "episódio lamentável e que alteraria por completo sua vida". O vigilante alega que acabou desenvolvendo um quadro clínico de esquizofrenia psicótica, o que o tornou incapacitado para o trabalho aos 36 anos de idade.

Para seu advogado, a culpa da empresa estaria no fato de não ter observado as normas de segurança do trabalho. Com esse argumento, pleiteava uma indenização não inferior a 20 salários mínimos, além de pensão até os 65 anos.

Perícias

Antes de decidir a questão, o juiz de primeiro grau determinou a realização de perícia. O neurologista responsável anotou que o paciente era portador de esquizofrenia grave, de um tipo irrecuperável, com eclosão de crises e surtos psicóticos após e em razão de situações estressantes vividas no trabalho.

Diante da complexidade do quadro fático, e levando em conta a literatura médica acerca da esquizofrenia, que diz serem as causas complexas e multifuncionais, o magistrado requereu uma segunda perícia médica, dessa vez conduzida por uma psiquiatra. A conclusão da nova perícia foi de que os quadros psicóticos apresentados pelo vigilante não guardavam nenhuma relação com o trabalho exercido por ele. De acordo com o laudo da psiquiatra, os diagnósticos apresentados pelo trabalhador poderiam ocorrer com o paciente empregado, desempregado, ou desempenhando qualquer tipo de função. "O quadro mental apresentado poderia se manifestar independentemente de qualquer tipo de trabalho ou mesmo se o reclamante não fosse empregado", disse a psiquiatra.

Com base nos documentos, o juiz concluiu que o mal que acometeu o vigilante não decorreu de qualquer ato culposo atribuível à empregadora. A doença do vigilante, segundo o magistrado, deveria ser considerada no campo dos fatos imprevisíveis, do caso fortuito, já que nenhuma medida que fosse adotada pelas empresas poderia evitá-la.

Assim, diante da ausência de nexo causal entre a doença do vigilante e suas funções profissionais, o juiz negou o pedido de indenização.

Ausência de nexo

Ao analisar recurso do vigilante contra a sentença de primeiro grau, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) decidiu manter a decisão do juiz. O TRT acolheu as palavras do psiquiatra que assinou o segundo laudo pericial, segundo a qual não teria havido nexo de causalidade entre a doença do vigilante e seu trabalho.

O vigilante questionou a decisão regional, por meio de recurso ao TST. De acordo com seu advogado, o nexo de causalidade teria ficado demonstrado pela própria patologia que acometeu o trabalhador. Ele ainda apontou o fato de as empresas terem agido com negligência e ingerência, na medida em que tinham como dever evitar qualquer tipo de risco ao vigilante, por meio de condições e equipamentos suficientes para evitar o desenvolvimento da patologia.

O relator do caso na primeira Turma, ministro Walmir Oliveira da Costa, frisou em seu voto que a defesa do vigilante não conseguiu desconstituir os fundamentos da decisão do TRT. A Corte regional, lembrou o ministro, firmou convicção no sentido de que não teria havido culpa das empresas, já que nenhuma medida que fosse adotada poderia evitar a doença, e ainda de que não houve nexo de causalidade entre a doença e o trabalho desenvolvido pelo vigilante.

Ao negar provimento ao agravo de instrumento em recurso de revista do trabalhador, o ministro lembrou que para mudar a decisão regional, o TST teria que revisar fatos e provas constantes dos autos, o que não se admite no julgamento de recursos de revista.
Fonte: TST

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Lei que regulamenta jornada de motoristas é debatida

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizou audiência pública nesta segunda-feira (3) para debater o Estatuto do Motorista (PLS 271/2008). Foram discutidos tanto o projeto que tramita no Congresso, do senador Paulo Paim (PT-RS), quanto a lei que regulamenta a profissão (Lei 12.619/2012), recentemente aprovada.

A lei trata de questões como a jornada de trabalho e o tempo de direção dos motoristas profissionais, para minimizar os riscos inerentes à atividade. Proíbe, por exemplo, o trabalho por mais de quatro horas ininterruptas sem que haja um intervalo mínimo de 30 minutos de descanso. O descanso diário deve ser de 11 horas, com paradas obrigatórias também para as refeições.

Na avaliação dos participantes do debate, caberá ao projeto que cria o Estatuto do Motorista corrigir distorções na lei em vigor. Eles foram unânimes em reconhecer que a legislação representou um grande avanço, mas, também entendem que uma certa flexibilização contribuiria para dar efetividade à norma.

- Precisamos encontrar um meio termo que seja produtivo para todo o país. Não mais o exagero das 26 horas ininterruptas de direção, mas também é inadmissível que, em longas jornadas, o motorista seja obrigado a descansar durante 11 horas, longe de sua casa - opinou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do Rio Grande do Sul, Carlos Alberto Litti Dahmer.

Uma solução, na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Transportes Internacionais (ABTI), Luiz Alberto Micarone, seria dar ao motorista a possibilidade de descansar menos - até nove horas - e compensar as horas trabalhadas a mais no retorno para casa.

- É melhor que ele desfrute dessas horas de descanso com sua família, ao invés de nos postos de gasolina, nas beiras de estrada, à mercê da prostituição e de vícios diversos - disse.

Pedro Lopes, presidente da Federação de Empresas de Transporte de Carga e Logística Santa Catarina (Fetrancesc), também diretor da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (ANTC), destacou compromissos dos transportadores com a busca de soluções, mas também preocupação com os custos e as dificuldades operacionais associadas à aplicação das novas regras.

Neori Tigrão, do Movimento Brasil Caminhoneiro, que representa caminhoneiros autônomos, disse que, a seu ver, o ideal é que as jornadas até o momento da parada para descanso sejam reduzidas de forma gradual, até que se chegue aos limites determinados pela lei num prazo de cinco anos.

Ao mesmo tempo, manifestou otimismo em relação a entendimentos entre todas as partes para solucionar impasses em relação à lei recente e também em relação ao conteúdo do Estatuto do Motorista.

Mesa de negociação

Os debatedores também apontaram a necessidade da presença de representantes do governo e das empresas embarcadoras na mesa de negociações. O vereador de Uberlândia e representante da Força Sindical, Célio Moreira, frisou que cabe ao governo, por exemplo, investir nos pontos de apoio nas principais rodovias para garantir o cumprimento da lei. O superintendente da Associação Brasileira de Transportes Terrestres de Passageiros (Abrati), José Luiz Antolin, concordou:

- Se o governo não estiver presente e não caminhar no mesmo passo, a solução não virá.

O representante do Ministério do Trabalho, o auditor fiscal Naldenis Martins, apresentou números que mostram que o transporte rodoviário de cargas lidera com folga os dados referentes aos acidentes fatais no país.

Naldenis fez um apelo às empresas embarcadoras, para que incluam a preocupação com os motoristas de suas cargas entre suas políticas de responsabilidade social.

- Muitas empresas demonstram muita preocupação com a origem do produto, preferindo, por exemplo, fornecedores que utilizam trabalho escravo. No entanto, não se preocupam com as condições do transporte de suas mercadorias - disse.

Estatuto do Motorista

O projeto do Estatuto do Motorista propõe a regulação de assuntos excluídos da Lei 12.619/2012, como pagamento de adicional de periculosidade e garantia de aposentadoria especial à categoria após 25 anos de serviço.

A matéria tramita em conjunto com os PLS 91/2003, 301/2012 e 213/2012, na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). Também passará pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); Assuntos Econômicos (CAE); Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH); e de Assuntos Sociais (CAS), cabendo a esta última decisão terminativa.

Otávio Viana Vieira da Cunha Filho, da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano, afirmou que o projeto avança em pontos importantes. Citou, como exemplo, a exigência de cursos de formação e qualificação para os motoristas do transporte urbano. Ele observou que os novos veículos incluem avanços tecnológicos que impõem maior qualificação. Porém, salientou que alguns benefícios sugeridos podem impactar os custos das empresas em até 30%.

Entre os pontos que se refletirão em novos custos, citou a proposta de aposentadoria aos 25 anos de serviço para os motoristas do transporte urbano. Nesse caso, as empresas teriam que arcar com uma contribuição adicional para a Previdência.

Outros itens são a instituição de adicionais por hora noturna e de "penosidade", além de 100% do valor sobre as horas extras e uma jornada diária de seis horas de trabalho. Como disse Otávio Viana, algumas capitais já asseguram jornada inferior a oito horas, como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, mas em tais casos as administrações subsidiam o transporte urbano. Ele afirmou que, sem subsídios, esses ganhos irão impactar o custo das tarifas para os usuários. A seu ver, esses benefícios devem continuar sendo objeto de negociação dentro dos acordos coletivos entre os sindicatos patronais e de trabalhadores.

Entendimentos

Ficou decidido, na audiência, que representantes da área patronal e dos motoristas vão realizar novas rodadas de encontro para debater os pontos abordados, além de nova audiência na CDH, da próxima vez com convites ao Ministério da Fazenda e da Previdência. A intenção é chegar a um entendimento com as duas pastas, em relação ao futuro estatuto, evitando possíveis vetos ao texto.

De acordo com o senador Paulo Paim (PT-RS), a intenção é votar o projeto ainda em 2013. Também participou da audiência o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Fonte: Agência Senado

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Crises e Emergências - Rio terá centro para desastres

Rio vai ganhar primeiro centro de excelência de redução de riscos da América do Sul.

Uma parceria entre o governo do estado e a Organização das Nações Unidas (ONU) vai viabilizar a implantação, no Rio de Janeiro, do primeiro centro de excelência de redução de riscos da instituição na América do Sul. O anúncio foi feito na sexta-feira (30) pelo secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, durante o seminário Redes Institucionais para a Redução de Riscos de Desastres.

Para Simões, o centro vai possibilitar uma maior integração entre os especialistas de várias áreas, além do alinhamento com as políticas internacionais de prevenção de desastres. “Isso vai facilitar muito esse link com as Nações Unidas. A estrutura do centro prevê essa organização com órgão de proteção civil e também com os centros acadêmicos. A gente está conseguindo integrar os pontos mais importantes para um sistema de proteção civil: o conhecimento científico alinhado com as normas internacionais”, destacou.

Escolhido para chefiar o centro, o americano David Stevens, coordenador na ONU, disse que os passos dados pelo Brasil para reduzir os impactos dos desastres climáticos, como a organização das defesas civis dos estados e estudos geológicos, foram importantes para instalação do equipamento no Rio de Janeiro. “Essa é uma oportunidade de ter o apoio da ONU para dinamizar e agilizar mais ações de proteção de desastres no Brasil”, ressaltou.

Sérgio Simões também anunciou a ampliação do sistema de alertas e sirenes para chuvas fortes para o próximo ano. Atualmente apenas quatro municípios da região serrana têm os equipamentos à disposição. Com a iniciativa, mais 65 cidades vão contar com o sistema.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, divulgou que a licitação de compra dos dois radares de alta capacidade de previsão já está na fase final. Os dois equipamentos vão custar cerca de US$ 8 milhões e a previsão é de instalação em 2013.

O evento reuniu autoridades, políticos, especialistas e representantes da ONU no Palácio da Guanabara, sede oficial do governo fluminense, para debater questões relacionados ao tema. Alguns painéis do seminário vão abordar assuntos ligados a ações governamentais, programas de capacitação de pessoal, centros de excelências entre outros assuntos.
Fonte: AGENCIA BRASIL

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

China, Índia e Brasil emitiram mais CO2 em 2011, diz pesquisa

Dados divulgados neste domingo (2) por pesquisadores na Grã-Bretanha indicam que China e Índia contribuíram bastante para que o mundo aumentasse em 3,5% as suas emissões de gás carbônico (CO2) no ano passado.

Em 2011, as emissões de China e Índia aumentaram 9,9% e 7,5%, respectivamente, em comparação com 2010.

O Brasil também emitiu mais CO2 em 2011: 424 milhões de toneladas, um aumento de 1,4% em relação a 2010.

Já outras duas regiões apresentaram queda na quantidade de CO2 emitida no mesmo período, segundo os cientistas da universidade britânica: Estados Unidos (queda de 1,8%) e União Europeia (2,8%).

Os dados da Universidade de East Anglia indicam que as emissões aumentarão em 2012, atingindo um volume recorde. Um relatório produzido pela universidade afirma que as emissões de gás carbônico crescerão 2,6% este ano, na comparação com 2011, atingindo o volume de 35,6 bilhões de toneladas emitidas.

Metas do Protocolo – Este valor é 58% superior ao de 1990, ano base usado pelo Protocolo de Kyoto. O tratado, que não foi assinado pelos Estados Unidos, previa que os países signatários reduzissem as suas emissões de CO2 em 5,2% ao longo da década, tendo 1990 como referência.

O CO2 é o principal gás que provoca o aquecimento global e é produzido através da queima de combustíveis fósseis ou desmatamento. Os dados foram publicados neste domingo nas revistas científicas “Nature Climate Change” e “Earth System Science Data Discussions”.

Dados referentes a 2011 mostram que os países que mais emitem dióxido de carbono são a China (28% do total mundial), Estados Unidos (16%), União Europeia (11%) e Índia (7%). O Brasil é responsável por 1,4% das emissões de CO2.

Ainda assim, se considerados os tamanhos das populações, a emissão por pessoa (per capita) da China ainda é inferior a dos países ricos. A emissão per capita da China está em 6,6 toneladas de CO2, se aproximando da média europeia de 7,3 toneladas. Ambos ainda estão longe da média americana, de 17,2 toneladas de CO2 por pessoa.

Já no Brasil, a emissão per capita de CO2 variou pouco ao longo da última década: de 1,9 toneladas por pessoa em 2001 para 2,2 toneladas em 2011. “Os dados mais recentes estão sendo divulgados quando o mundo debate mudanças climáticas em Doha”, disse a pesquisadora Corinne Le Quéré, da universidade britânica.

“Mas com as emissões ainda crescendo, é como se ninguém estivesse ouvindo toda a comunidade científica.”

O painel da ONU sobre Mudanças Climáticas começou no Qatar na semana passada e termina na próxima sexta-feira. Mais de 17 mil pessoas estão discutindo medidas para evitar que a temperatura do planeta aumente ao longo deste século. Um dos pontos em discussão é a criação de novas metas de emissão por país.
Fonte: G1