Calcula-se que, atualmente, cerca de 150 sacos plásticos são produzidos por ano, por pessoa. A taxa mundial de consumo de sacos eleva esse universo de sacolas plásticas para 500 bilhões ao ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia, quase um milhão por minuto. No entanto, não são esses números que preocupam. O mais preocupante é que apenas 0,6% de todas essas sacolas plásticas são recicladas. Além disso, por não serem produtos biodegradáveis, o tempo que elas demoram a se decompor completamente na natureza é de, aproximadamente, 400 anos.
O ideal, segundo a professora do curso de engenheira ambiental da UFRPE, Simone Maria da Silva, seria que as pessoas usassem a menor quantidade possível de sacolas plásticas. No entanto, elas ainda são bastante usadas nos ambientes domésticos. A aposentada Glaucia Maria de Oliveira, de 53 anos, por exemplo, sempre arruma uma nova função para as sacolas plásticas que traz da feira, seja como saco para lixo, para transportar algo, para separar restos de alimentos do lixo comum ou para recolher as folhas que caem do pé de manga que tem no quintal.
“A gente, aqui em casa, sempre precisa de uma sacola para fazer alguma coisa. Para toda sacola nós arrumamos uma utilidade”, explicou a dona de casa, que garante também colaborar com o meio ambiente. “Se eu estou reutilizando as sacolas, não estou deixando de contribuir com a preservação do meio ambiente”, disse. Para Simone Silva reaproveitar as sacolas plásticas não deixa de ser uma forma de colaborar para com a preservação do meio ambiente, reutilizá-las é melhor do que invalidar a sacola logo após descarregar os produtos da feira.
“Essa atitude é positiva, pois colabora para não sujar o meio ambiente e com o tempo de uso do material”, explicou a especialista. No entanto, Simone alerta para os que reutilizem sacolas plásticas ficarem atentos à quantidade de sacolas que usam em relação às que mantêm guardadas. “Hoje, nota-se que as pessoas estão fortemente dependentes do plástico. E todos devem ficar atentos a essa dependência”, orientou.
Fonte: Folha de Pernambuco
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