Os desastres naturais atuais, como o terremoto ocorrido no Chile, mostram que emergência química é um dos problemas a serem resolvidos. "Uma emergência química sempre requer toda a ajuda possível", ensina Jorge Carrasco, gerente de projetos internacionais em resposta à emergência com produtos perigosos do Emergency Response Training Center, dos Estados Unidos. Para realizar esse tipo de ação, é preciso treinamento adequado e roupas especiais para evitar a contaminação. Também é necessário cuidado para que não ocorram explosões de contêineres com determinados produtos químicos.
Outra preocupação deve ser a descontaminação das pessoas que estão no local. O ideal é escolher um lugar fechado para isso, como uma escola. Identificar o produto e monitorar a área são ações importantes e a neutralização do produto deve ocorrer na própria localidade, sempre que possível. Os resíduos devem ser dispostos de forma adequada, considerando-se o controle ambiental.
Jorge Carrasco já atuou em diferentes locais do mundo. Em uma ocorrência em Caracas, na Venezuela, chuvas fortes fizeram com que sua equipe tivesse que atuar junto ao porto, onde contêineres com produtos químicos conviviam lado a lado com pessoas que haviam perdido tudo.
"Tomávamos cuidado para que os contêineres não explodissem devido à pressão e gerassem outra emergência. Certa vez, chegamos a ficar sem ar (dentro da roupa especial), mas conseguimos chegar à área de descontaminação", relembra o especialista.
Para realizar a ação treinaram, assim, uma equipe de venezuelanos para atuarem em conjunto. Com um calor de 40° C, as condições ambientais para o trabalho eram ruins. Devido aos estragos causados pelas chuvas só foi possível chegar ao porto pela serra. O acesso difícil fez com que usassem técnicas de resgate em altura para chegar ao local.
Fonte: Revista Emergência
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