Empresários encontram dificuldades em contratar mão de obra qualificada desde produção à gerência.
A falta de profissionais qualificados afeta 69% das indústrias do País. É o que revela uma pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta quarta-feira (6).
O problema atinge empresas dos todos os portes. De acordo com os dados, a resposta foi indicada por 70% das pequenas e médias indústrias e por 63% das grandes.
Por área
Na análise por área, nota-se que os empresários encontram dificuldades em contratar mão de obra qualificada em diversos setores, desde produção à gerência da empresa.
Entre os setores mais afetados está a área de produção, já que há falta de engenheiros, técnicos e operadores. De acordo com o estudo, nas duas últimas categorias profissionais o problema é mais disseminado. A falta de técnicos qualificados é apontada por 94% dos entrevistados, enquanto o problema com operadores é indicado por 82% das indústrias.
Além disso, a ausência de engenheiros qualificados para área de produção e de profissionais qualificados para as áreas de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) e gerencial recebeu percentuais menores: 61% e 62%, respectivamente.
Os empregadores também declaram que encontram problemas na área administrativa (66%) e no segmento de Vendas/Marketing (71%).
Impacto na competitividade
Não ter profissionais qualificados para desempenhar suas funções afeta diretamente a competitividade das empresas. Para 70% das indústrias, a falta destes profissionais dificulta a busca por eficiência ou por redução de desperdícios.
Em seguida aparecem a garantia e a melhora da qualidade dos produtos fabricados e a expansão da produção, com 63% e 40%, cada um. Outras dificuldades indicadas foram gerenciar a produção (28%), desenvolver novos produtos (23%), realizar a manutenção dos equipamentos (23%), ampliar as vendas (22%) e adquirir ou absorver novas tecnologias (21%).
Capacitação
Para reduzir os problemas causados pela não qualificação dos trabalhadores, 78% das indústrias realizam a capacitação dos profissionais dentro da própria empresa. Já 40% disseram que buscam fortalecer a política de retenção do funcionário, o que inclui salário e benefícios.
Entre outras ações apontadas pelos empresários estão a realização de cursos fora da empresa (33%), parcerias com instituições de ensino (23%), investimento em automação (22%), a terceirização de etapas do processo de fabricação (16%), entre outros.
Apesar das empresas buscarem alternativas para lidar com a falta de qualificação, 52% disseram que a má qualidade da educação básica dos profissionais dificulta o processo de aprendizado dos funcionários.
Os industriais também têm receio de investir no profissional por medo de perdê-lo para o mercado de trabalho. Esta resposta foi dada por 38%. Também foi indicada por 35% a falta de interesse do profissional em se qualificar. Já outros 33% dos entrevistados declararam que não existem cursos adequados às necessidades da empresa.
Fonte: Infomoney
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