Marília atingiu na tarde de ontem umidade relativa do ar abaixo de 30%, volume que na escala definida pela ONU (Organização das Nações Unidas) coloca a cidade em estado de atenção.
Por volta das 15 horas o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos climáticos), órgão ligado ao Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) indicou umidade relativa de 25% em Marília.
O clima seco favorece queimadas, doenças infecciosas e alergias.
Somente após às 18h30, a umidade relativa aumentou para índices acima de 30%.
Como a cidade não conta com uma estação meteorológica oficial, a aferição do Inpe considera parâmetros medidos nas estações de Presidente Prudente e Bauru. Com base em informações sobre o movimento do ar, temperatura, altitude, entre outros, o instituto que abrange todo o país aponta a umidade nos municípios.
Os dados do Cptec podem ser conferidos em tempo real, por meio do site do órgão (http://www.cptec.inpe.br/). A previsão é de que a umidade relativa em Marília continue próxima e abaixo de 30% nesta quinta-feira. A probabilidade de chuva é estimada em apenas 5%. O otorrinolaringologista Alfredo Dell’aringa, chefe da disciplina na Famema (Faculdade de Medicina de Marília), explica que a baixa umidade do ar promove o ressecamento das vias aéreas, provocando sensação imediata de desconforto. Para quem sofre com algum tipo de alergia, o desconforto é agravado em forma de vários sintomas, que variam de acordo com a doença. “Pode ocorrer coriza, dores de cabeça, tosse, falta de ar, entre outros sintomas”, afirma o médico.
Os idosos e as crianças são os mais castigados pelas doenças típicas do período.
As crianças sofrem com as alergias, já os idosos podem até ser alvos fáceis de pneumonias e doenças graves. O médico também alerta que os diabéticos e hipertensos ficam mais suscetíveis aos sintomas e precisam reforçar a hidratação.
Além de muita água, uma forma de hidratação direta das vias aéreas é o uso de soro fisiológico. Neste caso Dell’aringa alerta que não é mais recomendada a aplicação em conta gotas. O ideal é o uso dos sprays, que devido a válvula não permitem contato do produto na embalagem com a contaminação do ar.
Mercado – A venda de umidificadores de ar já cresceram cerca de 35% no comércio de Marília. De acordo com o gerente comercial Gustavo Henrique Alves Paulino, que atua em uma das principais lojas de rede da cidade, os produtos custam entre R$ 130 e R$ 290 e tem venda garantida no período.
A redução dos custos está proliferando no mercado os climatizadores, que custam entre R$ 300 e R$ 600, tem a função de refrigerar e além de umidificar podem ser usados como aquecedores. “O cliente tem pesado, feito as contas e preferido o climatizador”, afirma Paulino.
A professora Eva Costa Macedo, que tem dois filhos (2 e dez anos), afirma que não fica sem o umidificador.
“Felizmente eles não tem nenhum problema respiratório, mas o desconforto é qrande.
Em dias como hoje, temos que manter ligado para melhorar o ambiente, senão ninguém dorme”, afirma a professora.
Fonte: Correio Mariliense
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