Segundo o Instituto Butantan, casos aumentam 80%. Os grandes centros urbanos não estão livres do perigo.
Nos meses mais quentes do ano, o número de acidentes com animais peçonhentos quase dobra. O motivo é que nessa época, os insetos, aracnídeos e serpentes passam por mudanças que aceleram seu metabolismo. “Além de ser a época do nascimento dos filhotes, o aumento das atividades faz com que eles saiam à procura de comida, que também é mais abundante. Isso aumenta o risco de contato com os seres humanos, que praticam mais atividades durante o verão”, explica o biólogo Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Butantan.
Mas quem pensa que está livre do risco por morar em áreas urbanas, está enganado. “Muitos acidentes acontecem nas regiões centrais da cidade de São Paulo, em áreas nobres como a Vila Mariana e o Morumbi. Onde tem mato, mesmo em pequena quantidade, têm animais peçonhentos”, conta o dermatologista Vidal Haddad Junior, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Outro indicador são os insetos e roedores, que atraem outros bichos venenosos. Baratas são um dos principais alimentos de aranhas e escorpiões e ratos são comida de cobras.”
Haddad conta que o risco de morte em decorrência de envenenamento por animais é muito baixo, mas qualquer acidente merece atenção. “No caso de picadas de cobras, escorpiões, lacraias e aranhas, a vítima deve sempre ir ao pronto-socorro. Quando se trata de animais menos perigosos, como lagartas, formigas e abelhas, o risco só é grande quando a pessoa é alérgica. Porém, se a dor for muito intensa, é recomendável procurar atendimento médico”, completa Haddad.
O médico ressalta que a auto-medicação jamais deve ser praticada. “Tratamentos caseiros são perigosos e podem colaborar para a piora do quadro. Em caso de dúvida é melhor não mexer na ferida e ir direto a um pronto-socorro.”
Fonte: Diário de S. Paulo
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