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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Locais livres da fumaça: um direito de todos.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Dia Nacional de Combate ao Fumo, a ser comemorado em 29 de agosto, alerta a população para os males do tabagismo passivo. Esta é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. As orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulam que lugares públicos e ambientes de trabalho sejam 100% livres de fumaça do tabaco. Tais diretrizes devem ser adotadas pelo Brasil e pelos demais países que ratificaram o tratado internacional da OMS que pretende frear a expansão do tabagismo pelo mundo.
As orientações do documento reforçam o fato de que ventilação e filtragem do ar não são suficientes para reduzir a exposição passiva aos malefícios da fumaça. A ciência já demonstrou que a fumaça de derivados do tabaco liberada em recintos coletivos é cancerígena e tóxica para seres humanos e que não fumantes respiram os mesmos elementos tóxicos da fumaça inalados por fumantes ativos.
Pessoas que trabalham onde é permitido fumar, ao fim do dia, poderão ter respirado o equivalente a dez cigarros, o que aumenta em cerca de duas vezes o risco de infarto do miocárdio e em seis vezes o risco de câncer de pulmão. Garçons não fumantes expostos à fumaça em bares e restaurantes apresentam, em média, o dobro de chance de desenvolverem câncer de pulmão do que não fumantes não expostos à fumaça ambiental do tabaco.
Doenças Ocupacionais
Um restaurante ou bar, ao permitir o fumo em seu estabelecimento comercial, está descumprindo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que prevê no artigo 157 a proteção do trabalhador em relação a doenças ocupacionais. Some-se a isso a norma regulamentadora 09, do Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho, do Ministério do Trabalho, que estabelece a obrigatoriedade da implementação de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
Os males do tabagismo passivo consistem na irritação nos olhos, tosse, dor de cabeça e aumento dos problemas alérgicos e cardíacos até efeitos de médio e longo prazo. Pesquisas nacionais e internacionais indicam que os fumantes passivos têm um risco 23% maior de desenvolver doença cardiovascular e 30% mais chances de ter câncer de pulmão. Além disso, têm mais propensão à asma, redução da capacidade respiratória, 24% a mais de chances de infarto do miocárdio e maior risco de aterosclerose.
Crianças expostas à fumaça do tabaco podem desenvolver doença cardiovascular quando adultas, infecções respiratórias e asma brônquica. Os filhos de gestantes que fumam apresentam o dobro de chances de nascer com baixo peso e 70% de possibilidades de sofrer um aborto espontâneo; 30% podem morrer ao nascer. Durante o aleitamento, a criança recebe nicotina por meio do leite materno. A substância produz intoxicação, podendo ocasionar agitação, vômitos, diarréia e taquicardia, principalmente em mães fumantes de 20 ou mais cigarros por dia.
Os dois componentes principais da Fumaça Ambiental do Tabaco (FAT) são a fumaça inalada pelo fumante, chamada de corrente primária, e a fumaça que sai da ponta do cigarro, a corrente secundária. Esta última é o principal componente da FAT, formada em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco.
Algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontrados em quantidades mais elevadas na corrente secundária.
Fonte: MS Notícias

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