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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Em casos de infarto e AVC, o ideal é ir direto ao hospital

O atendimento de urgência e emergência, como o próprio nome sugere, tem de ser rápido. E essa agilidade tem de ser ainda maior quando se trata de problemas cardíacos e de acidente vascular cerebral (AVC).
Nesses dois casos, quanto maior a demora maior as chances do paciente ficar com seqüelas ou morrer. Na mesma proporção que aumentam os minutos de espera diminuem as chances de um tratamento eficaz. O ideal, de acordo com o médico José Eduardo Passos, é que vítimas de infarto e AVC sejam atendidas por uma equipe médica especializada em, no máximo, uma hora a partir do aparecimento dos primeiros sintomas.
“No caso de um infarto, é preciso uma angioplastia o quanto antes. Se deixar ‘queimar’ o miocárdio (músculo cardíaco), as seqüelas serão piores”, alerta Passos. A exemplo do que acontece no mundo inteiro, o infarto e o AVC também são as duas principais causas de morte e invalidez em Bauru.
Por causa do alto risco dessas doenças, o médico afirma que o ideal seria “pular” o Pronto-Socorro, ou seja, a partir do momento que o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) diagnostica um AVC ou infarto no paciente o encaminhamento se dê direto para um hospital de referência. Nesse caso, o Hospital de Base ou o Hospital Estadual. Na opinião dele, será possível, com isso, ganhar tempo e evitar seqüelas mais graves.
Nesta semana, Passos, deverá se reunir com representantes dos dois hospitais para discutir essa possibilidade. Reinaldo Rocha, superintendente da Associação Hospitalar de Bauru (AHB), que administra o Hospital de Base, adiantou ao Jornal da Cidade que está disposto a colaborar, mas antes é preciso dar condições para que isso aconteça.
Segundo ele, o setor do hospital que cuida dos infartados está funcionando muito bem. O problema é com o atendimento às vítimas de AVC. Isso porque o custo do medicamento para estabilizar um paciente é alto e o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não cobre essa despesa. Segundo Rocha, o Hospital de Base não tem como arcar com esse gasto. Portanto, fica a pergunta. “Quem vai pagar a conta?”. É um ponto a ser debatido na reunião desta semana.
O diretor executivo do Hospital Estadual, Emílio Carlos Curcelli, também mostra disposição em colaborar. Existe, inclusive, um acordo pré-ajustado entre o hospital, o Samu e o Pronto-Socorro para esse tipo de serviço. Pacientes com diagnóstico de infarto agudo atendido pelo Samu seria encaminhado diretamente para o Hospital Estadual mediante contato prévio com a Central de Regulação de Vagas do Departamento Regional de Saúde (DRS-6) ou com o Gerenciamento de Leitos do próprio hospital.
Na opinião de Passos, é muito importante que o Hospital Estadual abra um pouco mais as suas portas para a urgência e emergência. “Até o fim do ano, quero ver se coloco os pacientes regulados pelo Samu lá dentro, nem que seja pela chaminé”, brinca.
Segundo o médico, para que o sistema de saúde da cidade funcione bem é preciso estruturar e integrar o atendimento pré, intra e pós-hospitalar. “Se não tivermos esse tripé, Bauru nunca vai superar o problema da saúde pública”, acredita.
Fonte: JC Net

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