Estudo inédito da Incor serve de amostragem para todo o Estado de SP.
Uma pesquisa inédita realizada pelo Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas de São Paulo e divulgada nesta semana pela Secretaria Estadual da Saúde aponta que a Lei Antifumo, em vigor há quatro meses em São Paulo, ajuda a proteger até a saúde de pessoas que fumam, já que elas não estão mais expostas à fumaça do cigarro em ambientes fechados de uso coletivo.
O estudo realizou medições de monóxido de carbono em 710 estabelecimentos da capital paulista, entre bares, restaurantes e casas noturnas, em dois momentos: antes de a lei entrar em vigor e ao fim de três meses após o início da restrição, para avaliar as concentrações do poluente no ar dos ambientes, em garçons fumantes e em não-fumantes.
Os resultados mostram que o ar expelido por garçons fumantes, que apresentou nível médio de monóxido de carbono de 14 ppm (partes por milhão) antes da vigência da lei, passou para 9 ppm depois de 12 semanas (redução de 35,7%).
Para os garçons que não fumam, o impacto positivo foi ainda maior, passando de um índice de 7 ppm (equivalente ao de fumantes leves) para 3 ppm (nível de não fumante).
Já a medição realizada para verificar a poluição tabágica ambiental, o nível médio de monóxido de carbono nos estabelecimentos caiu de 5 ppm para apenas 1.
Segundo a diretora regional da Vigilância Sanitária Estadual em Sorocaba, Sônia Maria de Andrade Siqueira, embora o estudo não tenha sido feito na cidade, serve de amostragem para o Estado. “Recebemos vários relatos de pessoas, contentes com a lei.”
Ela disse também que a Lei Antifumo, além dos benefícios que já trouxe, pegou em Sorocaba: 95% dos estabelecimentos visitados a cumprem. Até hoje, foram aplicados 18 autos de infração na cidade.
Fonte: Agência Bom Dia
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