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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Explosão - Risco que não dá para ignorar.

Cerca de 20% dos estabelecimentos armazenam gás de forma irregular.

O vazamento na indústria Wetzel e uma explosão na Pastelaria Itália, ambas no Centro de Joinville, neste mês, levantaram dúvidas sobre a segurança das instalações de gás liquefeito de petróleo (GLP, o mesmo usado em cozinhas) na cidade. No caso da Wetzel, o vazamento durou cerca de seis horas, sem incêndio ou explosão. Na pastelaria, a central de gás era clandestina, segundo o chefe de vistorias do Corpo de Bombeiros Voluntários, Fabiano Baggenstoss. O proprietário sofreu queimaduras na tentativa de conter o fogo.

Para reverter inadequações, o setor que Baggenstoss coordena – composto ainda de quatro técnicos em edificações – faz até 40 vistorias por dia, em prédios residenciais, estabelecimentos comerciais ou indústrias. E há quem tente burlar as normas de segurança. Das 6,7 mil vistorias feitas neste ano, 20% ou mais de 1,3 mil constataram alguma inadequação em instalações de gás. Em relação às normas gerais contra incêndios (como a existência de extintores, rotas de fuga e outras medidas), em mais da metade dos locais visitados havia alguma irregularidade.

“São desde pequenos problemas fáceis de corrigir, como extintores fora da distância correta entre um e outro, até botijões de gás amontoados em locais fechados, sem ventilação, o que torna o risco de explosão iminente”.

Os problemas simples costumam ser flagrados em vistorias de rotina, quando os estabelecimentos pedem renovação de alvarás. “Às vezes, o proprietário resolve, por exemplo, colocar uma mesa de lasanhas no centro do restaurante. Sem tempo para ligar o equipamento à central de gás, improvisa um botijão. Nesse caso, ele é notificado a fazer a ligação à central de gás. Se não fizer, o local pode ser fechado”.

Casos graves chegam por meio de denúncias ou em operações que bombeiros, Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema), Polícia Militar e o setor de jogos e diversões da Polícia Civil fazem às quartas e quintas-feiras. Os locais costumam ser fechados e só reabrem com instalações e alvarás em dia. Neste ano, cerca de 120 locais foram notificados dessa forma.

A situação mais grave que Baggenstoss diz ter encontrado na cidade, em mais de dez anos de serviço, foi no bairro Paranaguamirim, zona Sul. “Tinha uns 40 botijões armazenados clandestinamente dentro de uma casa, onde havia crianças. Chegamos lá por denúncia. Era uma bomba em meio a outras residências”.
Fonte: A Notícia (Joinville)

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