De acordo com a fisiatra do IOT Júlia Greve, o atendimento a vítimas de acidentes de trânsito tem diminuído no PS, com exceção dos que envolvem motos. Projeções da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) indicam que 30% das mortes em acidentes de trânsito envolvem motocicletas. “A morte de motociclistas é a única que descreve trajetória de aumento ao longo dos anos no Brasil. As demais categorias, que são pedestres, ciclistas, ocupantes de veículos e outros, permanecem estáveis ou sofreram redução nos últimos dois anos”, aponta.
A médica destaca que, anualmente, cerca de R$ 100 milhões são investidos pelo Instituto de Ortopedia do HC exclusivamente para recuperar motoqueiros. “São pacientes que, nos primeiros seis meses de internação, custam cerca de R$ 300 mil ao hospital, entre cirurgias, internação em UTI, ocupação de enfermaria e medicamentos, dentre outros procedimentos”, informa, citando estatística do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
“Todos os anos, esses vultosos recursos têm de estar reservados porque as pessoas vão cair das motos. Do ponto de vista da saúde, as motocicletas representam uma guerra urbana à cidade de São Paulo”, destaca.
Para ela, a moto não é uma boa opção para melhorar as condições de trânsito nas grandes cidades. “São veículos que transportam no máximo duas pessoas e causam poluição sonora e no ar”, ressalta, lembrando que em diversas metrópoles européias e também em Nova York o sistema de entrega delivery por motos é proibido por lei.
Fonte: DiárioNet
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