Com a campanha “Medicamento Verdadeiro. Você sabe o que está tomando”, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pretende informar os consumidores sobre a garantia de se comprar medicamentos exclusivamente em farmácias ou drogarias. Também fornece dicas para identificar produtos suspeitos.Em algumas farmácias de Marília os consumidores terão acesso, no ato da compra, a folhetos informativos da campanha. De qualquer forma, através do site www.anvisa.gov.br também é possível obter as orientações.
A recomendação principal é para que os medicamentos sejam adquiridos exclusivamente dentro de estabelecimentos farmacêuticos, que incluem as drogarias, onde a Vigilância Sanitária tem acesso para fiscalização, conforme alertou a farmacêutica da Vigilância Municipal, Luciane Tiburtino da Silva.
Mesmo assim, vale conhecer o sistema de segurança que combate a falsificação. Segundo a Anvisa, o consumidor deve conhecê-lo para proteger a sua saúde e suas economias. Isso porque um remédio falsificado, além de desperdiçar o recurso de quem o compra, não surtindo efeito, pode não curar ou controlar o quadro patológico e até agravá-lo.
Itens a serem observados
As embalagens secundárias são as que não estão diretamente em contato com o comprimido, líquido, pomada, gel ou creme, em geral caixas ou frascos. Essas embalagens devem apresentar o nome comercial do medicamento em cima, com o nome da substância ativa, ou somente a denominação genérica, se for um remédio genérico sem denominação comercial.
Deve constar o número do lote, normalmente junto com a validade e a fabricação do produto (também essenciais). Deve ter informar ainda o nome, endereço e CNPJ do detentor de registro no Brasil e o nome do fabricante e local de fabricação do produto. Sempre há um número de telefone designado para tirar dúvidas com o fabricante (SAC - Serviço de Atendimento ao Consumidor).
O registro do Ministério da Saúde, em geral no verso da embalagem, aparece com a sigla MS e o número na frente. Deve-se observar o lacre da embalagem e o item de segurança que traz uma tinta reativa. Essa tinta reage a objetos de metal, aparecendo a palavra “qualidade” e a logomarca do fabricante.
De acordo com a Vigilância Sanitária, nas falsificações identificadas pela Anvisa, não tem sido verificada a presença da tinta reativa e sim de uma espécie de “raspadinha”, onde a tinta é totalmente retirada e aparecem embaixo a palavra “qualidade” e o logotipo da empresa impressos na caixa, ao invés de surgir a partir da reação com o metal. Outras vezes existe apenas um quadrado branco, sem nenhuma reação ao raspar.
Toda a rotulagem deve estar em português. Muitos remédios falsificados apresentam erros ortográficos. Também vale ressaltar que a legislação sanitária não permite a inclusão de etiquetas sobre a rotulagem de medicamentos, o que caracteriza adulteração do produto.
Tinta reativa e lacre
Os principais elementos de segurança em uma embalagem de medicamento, conforme alerta a Vigilância Sanitária, são a tinta reativa e a inviolabilidade (lacre ou selo). Todos os medicamentos são passíveis de falsificação, porém, no site da Anvisa pode-se obter a lista de produtos em que já houve registros dessa ação criminosa.
Alvos de falsificação
Até o momento, no Brasil, os principais alvos dos falsificadores ou contrabandistas são os medicamentos para impotência sexual e hormônios anabolizantes.
Denúncias
Conforme informou Luciane Tiburtino da Silva, denúncias de venda de medicamentos fora de farmácias e drogarias ou de suspeita ou comprovação de falsificação mesmo dentro desses estabelecimentos devem ser feitas diretamente à Anvisa, pela ouvidoria do site ou pela central de atendimento: 0800-6429782. “A Anvisa conta com um setor específico para esse tipo de ação, a Asegi (Assessoria de Segurança Institucional da Anvisa).
Fonte: Jornal da Manhã
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