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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Músicos de orquestra podem desenvolver problemas de sono

De acordo com estudo veiculado na Revista de Psiquiatria Clínica, músicos de orquestra podem desenvolver baixa qualidade de sono e, por consequência, sofrer dificuldades nas tarefas diárias, no trabalho e nas relações pessoais. O trabalho é da autoria de Érico Felden Pereira, pesquisador do Laboratório de Cronobiologia Humana da Universidade Federal do Paraná, e colegas.
Um questionário foi distribuído a 22 músicos de uma orquestra da região Sul do Brasil. Os participantes forneceram informações como idade, sexo, horário de dormir e acordar na maioria dos dias da semana e qualidade do sono - variável investigada por meio do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), o qual, por sua vez, possui 10 questões que avaliam a qualidade subjetiva do sono, latência do sono, duração do sono, eficiência habitual do sono, distúrbios do sono e outros. A qualidade de vida também foi investigada através do questionário WHOQOL-bref.
Entre os resultados do estudo, os especialistas revelam que "baixa qualidade do sono foi identificada em 71% dos estudados. As dimensões mais associadas à qualidade de sono foram: capacidade para desempenhar as atividades do dia-a-dia (p = 0,003) e do trabalho (p = 0,004), dor e desconforto (p = 0,006), satisfação com as relações pessoais (p = 0,007) e capacidade de aproveitar a vida (p = 0,008)", sendo que os aspectos físicos se mostraram os principais para determinar a qualidade do sono em 34% dos pacientes, conforme explicam os autores.
Érico e colegas declaram que "a frequência de baixa qualidade do sono observada neste estudo foi alta quando comparada a outras categorias profissionais, como enfermeiros e motoristas. As variáveis relacionadas ao domínio físico da qualidade de vida apresentaram maior poder explicativo da variação dos escores da avaliação da qualidade do sono e devem ser priorizadas em medidas interventivas". Eles acrescentam que "baixos índices de qualidade do sono mostraram associação com baixa capacidade para desempenhar as atividades do trabalho. A percepção de dor e desconforto também apresentou forte associação com a qualidade do sono, confirmando ser esse um aspecto ergonômico importante da profissão de músicos. Estudos mais abrangentes e de intervenção com sono, qualidade de vida e saúde dos músicos ainda são necessários".
Fonte: Notisa

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