Problema do lixo nunca foi tão alarmante no Brasil, especialmente nas metrópoles.
A produção de lixo vem aumentando exponencialmente no país. Atualmente, cada brasileiro produz em média 1 kg de lixo por dia. Nas metrópoles e grandes cidades, a situação é pior. Em São Paulo, por exemplo, a produção média de lixo por pessoa é ainda maior: 1,5 kg, resultando em uma quantidade equivalente a 17 mil toneladas diárias de resíduos só na capital paulista.
De acordo com dados de um relatório do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Brasil deixa de lucrar R$ 8 bilhões por ano com reciclagem. Para diminuir essa perda, é necessária a coleta seletiva, o que, além de gerar riqueza, evitaria o descarte inadequado do lixo e a contaminação do solo e da água subterrânea.
O perigo do lixo
Após ser coletado na porta das casas, todo o resíduo é armazenado e decomposto nos aterros sanitários, onde os restos orgânicos, resíduos químicos hospitalares, industriais e produtos com metais pesados se misturam.
Na fase de decomposição dos compostos orgânicos é gerado o chorume, líquido fétido e nocivo à saúde que pode provocar vários danos ao meio ambiente, que vão desde a alteração da qualidade do ar, em função da liberação de gases como o metano e o CO², até a degradação do subsolo e das águas superficiais.
Segundo especialistas em assuntos ambientais, o chorume é muito mais agressivo que o esgoto doméstico, pois contém alta concentração de metais pesados e produtos químicos.
Diminuir a contaminação
A reciclagem é uma das alternativas para diminuir o problema do armazenamento do lixo, mas ainda é necessário recuperar o que já foi destruído. Atualmente existem produtos que extraem o chorume de aterros sanitários. Esses materiais – disponíveis no mercado nacional – ajudam a produzir energia com o gás proveniente do aterro e na descontaminação da área.
São as chamadas bombas SRX, que retiram o líquido e provocam a formação de gases no interior da pilha de lixo. Além disso, os profissionais podem usar medidores de vazão para qualificar e quantificar a água e o chorume, a permeabilidade, acúmulo ou formação de água nessas pilhas, e detectar outros gases nocivos ou explosivos no local.
Mas sem uma coleta seletiva eficiente, essas alternativas são insuficientes para resolver a questão. Por esse motivo incentivar a coleta seletiva em casa é a única saída eficaz.
Fonte: Andrés Bruzzone Comunicação
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