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terça-feira, 9 de agosto de 2011

O uso do amianto não combina com qualidade de vida e saúde.

A Abifibro (Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores dos Produtos de Fibrocimento) alerta a sociedade para a necessidade do Brasil avançar na proibição do amianto no Brasil, mineral comprovadamente prejudicial à saúde pública. Atualmente cinco estados brasileiros (Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e São Paulo) já vetaram seu uso em telhas, caixas d’água e outros produtos, em prol do uso de tecnologia e insumos mais sustentáveis. "Trabalhamos para o Brasil ter uma legislação federal que proíba em todo país esse mineral tão perigoso para a saúde pública", afirma João Carlos Duarte Paes, presidente da entidade.

A proibição nestes cinco estados e em mais de 60 países segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconhece que todos os tipos de amianto causam doenças como asbestose, mesotelioma e câncer de pulmão e não há limite seguro para a exposição humana a estes minerais. Todas as fibras do amianto estão classificadas pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), braço direito da OMS, como altamente cancerígenas.

"O Brasil também precisa cumprir a convenção 162, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), adotada pelo país em 1986", explica o presidente da entidade. Este documento determina que o amianto deve ser substituído caso haja tecnologia e matérias-primas mais seguras. O Brasil já conta com estas tecnologias e a Abifibro promove a adoção destes novos insumos ambientalmente responsáveis e reconhecidamente seguros à saúde pública, tanto no processo de produção, como na utilização pelos consumidores. Uma dessas matérias primas é o Polipropileno (PP), aqui produzido, e a outra é Poli Álcool Vinílico (PVA), importado do Japão e da China. Ambas são analisadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde e viáveis economicamente.

Para o consumidor, além da questão da saúde, não há impacto econômico na escolha de produtos sem amianto, já que os produtos contendo o mineral terão um custo adicional no momento do descarte, por ocasião das reformas ou quebras que gerem resíduos, considerados perigosos (categoria D), conforme Resolução CONAMA nº 348/04, confirmada pela Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o que requer um trato especial e de alto custo.

Ainda sobre os impactos econômicos do banimento do uso do amianto, um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o primeiro realizado por uma universidade brasileira sobre o tema, atesta que não haverá impacto significativo na economia brasileira com a proibição do amianto na construção civil do país. A Unicamp ressalta que os efeitos do banimento poderão ser facilmente compensados pela ampliação de investimentos e dos empregos em tecnologias alternativas, tanto dentro da própria indústria de fibrocimento, quanto em outros setores encadeados.
Fonte: M.Free Comunicação

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