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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Coletores não usam EPIs em Assis/SP.

Coletores de material reciclável em Assis, no interior de São Paulo, estão colocando a vida em risco durante o trabalho. Em imagens cedidas por um vereador da cidade, os funcionários aparecem trabalhando sem máscaras, sem protetores de ouvido e com luvas inapropriadas para a atividade. O equipamento deveria cobrir até o ombro, para evitar qualquer contato com algum produto contaminado, mas só protege as mãos. Isso acontece porque a cidade não tem um aterro sanitário e o lixo precisa ser separado manualmente.

Segundo o vereador João da Silva Filho, que fez a denúncia, muitos funcionários tiveram problemas de saúde por causa da exposição com produtos perigosos: seringas e vidros quebrados, por exemplo. É o caso da coletora Edinalva de Lima, que contraiu uma infecção depois de cortar o dedo.

"Tinha vezes que tinha luva, tinha dia que não, muitos tinha que ficar com a rasgada e daí eu peguei essa infecção, faço tratamento até hoje por causa disso", conta.

O vereador João da Silva Filho levou a denúncia também ao Ministério do Trabalho e promotoria de Assis. Os dois órgãos informaram que vão investigar o caso. Outros problemas foram identificados na cooperativa, além da falta de estrutura e de material de segurança.

A direção da cooperativa informou que os materiais de segurança são fornecidos aos funcionários e comprados todos os meses. Além disso, os trabalhadores são orientados a sempre utilizá-los.

Colaboração da população

Além dos equipamentos de segurança que devem ser fornecidos pela empresa e usados pelos catadores, é preciso uma cooperação da comunidade. Atitudes simples podem evitar acidentes:

• É preciso embrulhar cacos de vidro e outros tipos de materiais cortantes em jornal e colocar tudo dentro de caixas de leite.

• Objetos pontiagudos devem ser quebrados e colocados dentro de garrafas pet. É importante também identificar os recipientes.
Fonte: G1 Bauru e Marília

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