Crianças que têm entre um e cinco anos de idade correm mais riscos de sofrerem acidentes no próprio domicílio.
Nesta época do ano, vivenciamos as chamadas férias de verão. E este período de recesso escolar aumenta muito o número de acidentes com crianças e os riscos que elas correm dentro e fora de casa. O que é para ser tempo de muita diversão, tão aguardado pela criançada, também vem a exigir cuidados dos responsáveis para evitar consequências lamentáveis.
No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos são os acidentes domésticos. Em 2009, segundo a mesma estatística, 4.992 crianças morreram e 119.297 foram hospitalizadas vítimas de acidentes.
As altas temperaturas chamam atenção para um perigo em especial, o afogamento. Esta é a segunda causa de morte, por acidentes, de crianças até 14 anos no País. Em Fortaleza, as principais incidências são os acidentes fora de casa, na rua (atropelamentos), de bicicleta e motos; e domésticos, quedas de janelas; choques elétrico em tomada caseira, queimaduras por líquido quente, intoxicação por ingestão de medicamentos e venenos (inseticida, raticida) e afogamentos (em praias, rios e piscinas).
Para a médica pediatra da UTI do Instituto Doutor José Frota (IJF), Francielze Lavor, que coordena a comissão de atendimento e prevenção aos maus tratos à criança e adolescente, a maioria dos acidentes envolvendo crianças na faixa etária de um a cinco anos, que dão entrada no IJF, são de origem doméstica. Os maiores riscos que o domicílio oferece são as quedas de janelas, escadas, queimaduras , ingestão de substâncias tóxicas (venenos) e uso indevido de medicamentos.
Já para a faixa de cinco aos sete anos, fora do domicílio, os atropelamentos são mais constantes. E de sete aos 14 vêm os acidentes automobilísticos e afogamentos.
Prevenção
A pediatra aconselha pais e responsáveis pelos menores a tomarem cuidados básicos. "São medidas preventivas que vão contribuir para a diminuição de acidentes. O adulto responsável não pode deixar a criança à revelia, sem vigilância", orienta.
Ela também acrescenta que cuidados básicos devem ser tomados. Em casa, tem que ter protetores nas tomadas. Os venenos e medicamentos devem estar guardados em locais de difícil acesso para os menores e não se pode permitir que crianças brinquem na cozinha, próximas ao fogão. Fora do domicilio, nas praias, a especialista destaca a importância do uso do colete salva-vida.
Incidência
293 Crianças morreram no ano de 2009 em razão de terem sofrido queimaduras consideradas grave; outras 19.476 foram hospitalizadas e tiveram sequelas permanentes.
Fonte: Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário