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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Acidentes domésticos causam 40% das mortes de crianças

O acidente que provoca mais mortes é o afogamento, seguido pelos atropelamentos.
Entre as internações, as quedas são a causa em 74,6% dos casos.
Os acidentes domésticos são responsáveis por 40% das mortes de crianças de 1 e 14 anos em São Paulo, apontou uma pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde. O levantamento excluiu os óbitos por doenças ou violência. O acidente que provoca mais mortes é o afogamento, que responde por 27,6% delas.
"A pesquisa diz respeito aos óbitos em casa ou em ambientes como clubes e escolas, em que a criança está sob guarda de adultos", explica Ricardo Tardelli, diretor estadual de Saúde.
Para a pequisa, foram analisados 10.351 casos de morte e outros 184.240 prontuários de internações de crianças nesta faixa etária registrados em 2005. Depois dos afogamentos, atropelamentos (25,7%) e outros acidentes de transportes (18,5%) foram os que mais causaram mortes.
Entre as internações, as quedas foram apontadas como causa em 74,6% dos casos. "A criança pode ter desde traumatismo craniano até fratura de membros e rupturas de órgãos internos", aponta Tardelli.
Atropelamentos (8,4%), que também registraram grande participação entre as mortes, e queimaduras (5,7%) vêm listadas em seguida como causas mais freqüentes de internação de crianças entre 1 e 14 anos.
Cuidados
O diretor estadual de Saúde ressalta que os acidentes domésticos podem ser evitados com cuidados simples. "O principal é ter atenção. A pessoa tem que entender onde estão as coisas perigosas e tentar se antecipar. Não de forma exagerada. Mas deve-se ficar atento porque esses acidentes são evitáveis. E tudo aquilo que é evitável e acontece gera ainda mais tristeza", diz.
Para evitar as quedas, a Secretaria de Estado da Saúde recomenda aos pais que recolham brinquedos e outros objetos do chão, coloquem portões de segurança nas escadas no caso de terem crianças pequenas em casa, instalem dispositivos de segurança nas janelas e tirem berços e outros móveis de perto delas.
Ainda de acordo com a Secretaria, para evitar queimaduras, as crianças não devem ter acesso a eletrodomésticos, fósforos ou isqueiros. As intoxicações podem ser evitadas deixando-se medicamentos fora do alcance das crianças. Substâncias tóxicas devem ser mantidas em suas embalagens originais, para impedir que sejam confundidas com outras.

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