Nove empresas inspecionadas, sete fábricas totalmente interditadas e mais de 160 toneladas de produtos embargadas. Esse é o balanço de uma série de ações realizada pela Vigilância Sanitária Estadual (Visa), em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), durante toda a semana passada. Os fiscais estiveram em indústrias e distribuidoras de cosméticos, localizadas em Belo Horizonte, Contagem e Ribeirão das Neves.
“Recebemos denúncias de que empresas voltadas para a fabricação e distribuição de produtos da área de beleza apresentariam várias irregularidades. Por isso, fomos verificar e, ao constatar os problemas, adotamos as medidas necessárias para resguardar a saúde da população”, afirmou a gerente da gerência de vigilância em medicamentos e congêneres (GVMC) da Vigilância Sanitária Estadual, Maria José Drummond.
Dentre as principais irregularidades encontradas destacam-se matéria-prima vencida, produtos sem notificação ou registro na Anvisa, além de rótulos indicando finalidades terapêuticas, o que não é permitido para cosméticos, somente para medicamentos.
“São cosméticos que prometem benefícios não comprovados ou ainda que só poderiam ser oferecidos por medicamentos. Além disso, constatamos um mesmo número de registro na Anvisa sendo utilizado em produtos distintos, bem como descumprimento das normas legais para rotulagem”, explicou Maria José.
Os fiscais também verificaram que várias empresas não cumpriam as regras de produção determinadas pela Anvisa, chamada de Boas Práticas de Fabricação (BPF).
“Encontramos, por exemplo, materiais sendo produzidos sem as devidas identificações. Em algumas empresas, também percebemos que não havia segregação entre a área de descarte e a de produção”, contou.
Foram realizadas interdições cautelares de estabelecimentos e produtos, ficando assim proibida a produção e comercialização enquanto aguardam o processo. Caixas contendo xampús, condicionadores, loções, cremes hidratantes e sabonetes líquidos de diversas marcas ficaram em ambientes lacrados nas fábricas interditadas, em um total de 145 toneladas. Outras 22,4 toneladas de produtos de grau 2, ou seja, que oferecem maior risco à saúde, como sabonete íntimo e desodorantes, foram recolhidos ao depósito da Secretaria Estadual de Saúde e estão sob guarda do Estado.
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