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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Doenças relacionadas ao sono atingem trabalhadores noturnos

Você tem dificuldades para se ajustar ao horário de trabalho. Está sempre cansado e com sono? Você pode estar desenvolvendo sintomas de uma doença que atinge milhares de trabalhadores no Brasil.

“Eu durmo sempre separado da família, eles ficam em um canto e eu no outro. Eu esqueço muitas coisa, eu durmo em qualquer lugar, eu sento e estou dormindo”, declara Ezequiel Alves Ribeiro, vigia noturno.

Seu Ezequiel já foi policial militar e motorista de ambulância, hoje ele é vigia noturno. Aos 63 anos, sente os efeitos do horário invertido.

“Aquelas pessoas que tem inversão de turno, ou que não conseguem dormir bem vão manifestar durante o dia uma série de sintomas e consequentemente eles vão estar mais predispostos a acidentes”, explica Luiz Vicente de Oliveira, fisioterapeuta do sono.

Estudos indicam que quem trabalha em horários que não são comuns tem até três vezes mais chance de ter doenças relacionadas ao sono. Os primeiros sinais normalmente são: muito cansaço, sonolência, perda de memória e dificuldade de concentração.

Mas e quando conseguir um trabalho à noite é a única alternativa?

Frederico é garçom num bar no centro de Curitiba. A jornada começa às oito e meia da noite e vai até o último cliente ir embora...

“A expectativa é que termine às cinco, mas não é raro acontecer de ir até seis e meia”, diz Frederico Ronconi, estudante e garçom.

Muitos trabalhadores acham que trocar o dia pela noite pode ser bom para a carreira. Eles encaram o turno da madrugada como um sacrifício necessário para crescer na empresa.

Antônio supervisiona as saídas noturnas dos voos de uma companhia aérea. Mas, no futuro, Antonio planeja usar de novo as noites para dormir. E, quem sabe, até as manhãs... “Meio-dia às seis, horário dos sonhos”, Antonio Tozo, supervisor.

“Não é natural, mas algumas pessoas têm mais facilidade para se adaptar. Principalmente àqueles que são vespertinos, que gostam de dormir mais tarde e acordar mais tarde”, comenta Sérgio Nacif, médico do sono.

Em Fortaleza/CE, há dois profissionais que se acostumaram bem. São oito horas de muita atividade. Afinal, o movimento não pára num hotel cinco estrelas de Fortaleza. O Fabrício começa a trabalhar às onze da noite, e vai até as sete da manhã atendendo aos pedidos dos hóspedes.

“Já faz dois anos mais ou menos que estou nesse horário. Aos domingos chego até a não dormir, porque tenho que aproveitar minha folga, né, saio com os amigos, fico com a família um pouco”, declara Fabrício Diniz, atendente de quarto.

Há 23 anos Moreira Brito trabalha durante a madrugada. No início... “O sono não conciliado fazia com que em me tornasse arredio, mau humorado”, comenta Moreira Brito, radialista. Hoje, está adaptado. “Eu costumo dormir das 17h às 23h”, afirma.
Fonte: Jornal Hoje

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