A produção enxuta é tida como o padrão produtivo que possibilita altos níveis de qualidade e produtividade por meio da eliminação dos desperdícios dos processos de produção. E, por sua vez, a ergonomia organizacional tem como alvo aquilatar as condições humanas (físicas e mentais) a partir de suas teorias, princípios e métodos buscando impedir danos à saúde e a segurança dos trabalhadores.
A ergonomia, sendo conhecida como a ciência que estuda as várias interações do ser humano com o ambiente de trabalho, detém um campo de alcance bastante amplo que acumula diversas atividades. Os movimentos, a postura, os postos de trabalho, as formas de organização do trabalho e o fluxo de informações são alguns desses exemplos.
A Ergonomia Organizacional Emprega às Técnicas da Produção Enxuta
A produção enxuta representa uma modificação das normas tradicionais de produção e para que esse preceito seja consolidado são empregadas diversas práticas, onde o Kanban, Layout celular, Poka-yoke, e o Setup rápido são alguns dos exemplos a entrelaçarem a ergonomia de forma mais expressiva.
KANBAN
Palavra japonesa que significa "cartaz ou cartão", e tem a finalidade de representar um sinal. O Kanban é considerado a pedra angular da produção puxada (pull system) – que, por sua vez, é integrante do just-in-time. Instituída como uma ferramenta de gerenciamento visual, o Kanban utiliza painéis normalmente vermelhos, amarelos e verdes, no propósito de indicar ao (s) operador (es) o que deve ser produzido no momento. O vermelho vem como a prioridade de número 1, o amarelo a prioridade 2 e o verde a 3. No caso da falta do item que está na condição da cor vermelha, por exemplo, (o que não exclui o valor e a importância das demais) pode haver falta de peças e todo o fluxo poderá sofrer descontinuidade.
Entrelaçamento Ergonômico – Utilização das cores no ambiente de trabalho dinamizando o sistema de informação visual; identificação do material em processo evitando desperdícios como superprodução; simplificação do trabalho administrativo uma vez que os operadores possuem maior autonomia para a tomada de decisões.
LAYOUT CELULAR
Em um layout celular, normalmente arranjado em formato de U facilitando a integração entre as pessoas do grupo, os trabalhadores tendem a operar como uma equipe produzindo peças inteiras ou um produto completo, ou seja, atuam de modo distinto às operações habituais nas quais são realizadas tarefas fragmentadas e geralmente isoladas. Com uma configuração espacial arranjada desta forma, as atividades tendem a não tornassem repetitivas, o que pode incidir na diminuição dos casos de LER/DORT. Além disso, há a possibilidade dos operadores discutirem e procurarem soluções por conta própria a respeito dos possíveis problemas das células onde operam.
Entrelaçamento Ergonômico – Evolução do trabalho a partir da não participação de apenas um trabalhador; tendência do operador passar a trabalhar tanto em pé quanto sentado, movimentando-se em mais de um posto; menor esforço biomecânico quando da movimentação de cargas em virtude de distâncias mais curtas.
POKA-YOKE
Expressão japonesa que pode ser definida como "à prova de erros" ou "isenta de falhas", tal artifício constitui-se de técnicas utilizadas com o propósito de que erros humanos sejam evitados. De uma maneira prática, este termo é tido como qualquer dispositivo capaz de auxiliar na prevenção de falhas ou erros em atividades produtivas. A ergonomia pode interagir nesse aspecto por meio de gabaritos ou outros dispositivos que impeçam ou diminuam a ocorrência de erros, por meio do princípio da compatibilidade espacial ou por meio da utilização de cores, formas, texturas, entre demais alternativas.
Este conceito foi desenvolvido a partir da idéia de não apenas zerar a ocorrência de defeitos, mas sim também eliminar inspeções e controles adicionais, e alguns de seus exemplos mais comuns são:
• Softwares capazes de identificar a seqüência e o número de componentes durante a montagem do produto;
• Sensores de posicionamento de peças em máquinas e de dispositivos;
• Sensores colocados em máquinas a fim de que seja permitida a liberação do equipamento após a correta montagem da ferramenta ou da peça;
• Aplicação de cores em tomadas a fim de indicar a correta conexão dos cabos.
Entrelaçamento Ergonômico – Enriquecimento do trabalho a partir da autonomia dos trabalhadores em parar a linha de produção em caso de problemas; tamanho cômodo de letras e números e combinação de cores a fim de facilitar a compreensão visual; design ergonômico dos dispositivos para a não ocorrência de erros.
SETUP RÁPIDO
Para que seja executada a modificação da produção de uma peça para outra em determinada máquina, deve-se fazer com que essa modificação seja desempenhada em menor tempo possível, e tal realização abrange o acolhimento a procedimentos instituídos pela empresa. Há de se saber se os métodos foram constituídos de forma a promover o entendimento dos encarregados pela troca e se tal tarefa prescrita está sendo de fato empregada – com todos os seus parâmetros securitários – ou se está sendo atualizada apenas para abreviar o tempo, com possíveis riscos à segurança. As formas físicas das ferramentas e os mecanismos de movimentação das cargas utilizados para o setup devem ser ajustados com a necessidade de troca rápida com segurança.
Entrelaçamento Ergonômico – Cumprimento às atividades determinadas relativas à troca rápida; conformação dos métodos escritos no intuito de facilitar o entrosamento entre os trabalhadores; desenho ergonômico das ferramentas e dos meios de movimentação de peças para possibilitar troca rápida sem comprometer a segurança.
Além de suas técnicas, a produção enxuta prevê uma série de ações voltadas à qualidade de vida do trabalhador, o que estabelece que as organizações não apenas devem centralizar seus esforços em processo produtivo em si caso ambicionem melhores resultados de modo pleno (não apenas setoriais). Deste modo, os princípios necessários para o êxito de uma empresa enxuta estão também na valorização da organização por meio do desenvolvimento de seus trabalhadores.
Fonte: Administradores
A ergonomia, sendo conhecida como a ciência que estuda as várias interações do ser humano com o ambiente de trabalho, detém um campo de alcance bastante amplo que acumula diversas atividades. Os movimentos, a postura, os postos de trabalho, as formas de organização do trabalho e o fluxo de informações são alguns desses exemplos.
A Ergonomia Organizacional Emprega às Técnicas da Produção Enxuta
A produção enxuta representa uma modificação das normas tradicionais de produção e para que esse preceito seja consolidado são empregadas diversas práticas, onde o Kanban, Layout celular, Poka-yoke, e o Setup rápido são alguns dos exemplos a entrelaçarem a ergonomia de forma mais expressiva.
KANBAN
Palavra japonesa que significa "cartaz ou cartão", e tem a finalidade de representar um sinal. O Kanban é considerado a pedra angular da produção puxada (pull system) – que, por sua vez, é integrante do just-in-time. Instituída como uma ferramenta de gerenciamento visual, o Kanban utiliza painéis normalmente vermelhos, amarelos e verdes, no propósito de indicar ao (s) operador (es) o que deve ser produzido no momento. O vermelho vem como a prioridade de número 1, o amarelo a prioridade 2 e o verde a 3. No caso da falta do item que está na condição da cor vermelha, por exemplo, (o que não exclui o valor e a importância das demais) pode haver falta de peças e todo o fluxo poderá sofrer descontinuidade.
Entrelaçamento Ergonômico – Utilização das cores no ambiente de trabalho dinamizando o sistema de informação visual; identificação do material em processo evitando desperdícios como superprodução; simplificação do trabalho administrativo uma vez que os operadores possuem maior autonomia para a tomada de decisões.
LAYOUT CELULAR
Em um layout celular, normalmente arranjado em formato de U facilitando a integração entre as pessoas do grupo, os trabalhadores tendem a operar como uma equipe produzindo peças inteiras ou um produto completo, ou seja, atuam de modo distinto às operações habituais nas quais são realizadas tarefas fragmentadas e geralmente isoladas. Com uma configuração espacial arranjada desta forma, as atividades tendem a não tornassem repetitivas, o que pode incidir na diminuição dos casos de LER/DORT. Além disso, há a possibilidade dos operadores discutirem e procurarem soluções por conta própria a respeito dos possíveis problemas das células onde operam.
Entrelaçamento Ergonômico – Evolução do trabalho a partir da não participação de apenas um trabalhador; tendência do operador passar a trabalhar tanto em pé quanto sentado, movimentando-se em mais de um posto; menor esforço biomecânico quando da movimentação de cargas em virtude de distâncias mais curtas.
POKA-YOKE
Expressão japonesa que pode ser definida como "à prova de erros" ou "isenta de falhas", tal artifício constitui-se de técnicas utilizadas com o propósito de que erros humanos sejam evitados. De uma maneira prática, este termo é tido como qualquer dispositivo capaz de auxiliar na prevenção de falhas ou erros em atividades produtivas. A ergonomia pode interagir nesse aspecto por meio de gabaritos ou outros dispositivos que impeçam ou diminuam a ocorrência de erros, por meio do princípio da compatibilidade espacial ou por meio da utilização de cores, formas, texturas, entre demais alternativas.
Este conceito foi desenvolvido a partir da idéia de não apenas zerar a ocorrência de defeitos, mas sim também eliminar inspeções e controles adicionais, e alguns de seus exemplos mais comuns são:
• Softwares capazes de identificar a seqüência e o número de componentes durante a montagem do produto;
• Sensores de posicionamento de peças em máquinas e de dispositivos;
• Sensores colocados em máquinas a fim de que seja permitida a liberação do equipamento após a correta montagem da ferramenta ou da peça;
• Aplicação de cores em tomadas a fim de indicar a correta conexão dos cabos.
Entrelaçamento Ergonômico – Enriquecimento do trabalho a partir da autonomia dos trabalhadores em parar a linha de produção em caso de problemas; tamanho cômodo de letras e números e combinação de cores a fim de facilitar a compreensão visual; design ergonômico dos dispositivos para a não ocorrência de erros.
SETUP RÁPIDO
Para que seja executada a modificação da produção de uma peça para outra em determinada máquina, deve-se fazer com que essa modificação seja desempenhada em menor tempo possível, e tal realização abrange o acolhimento a procedimentos instituídos pela empresa. Há de se saber se os métodos foram constituídos de forma a promover o entendimento dos encarregados pela troca e se tal tarefa prescrita está sendo de fato empregada – com todos os seus parâmetros securitários – ou se está sendo atualizada apenas para abreviar o tempo, com possíveis riscos à segurança. As formas físicas das ferramentas e os mecanismos de movimentação das cargas utilizados para o setup devem ser ajustados com a necessidade de troca rápida com segurança.
Entrelaçamento Ergonômico – Cumprimento às atividades determinadas relativas à troca rápida; conformação dos métodos escritos no intuito de facilitar o entrosamento entre os trabalhadores; desenho ergonômico das ferramentas e dos meios de movimentação de peças para possibilitar troca rápida sem comprometer a segurança.
Além de suas técnicas, a produção enxuta prevê uma série de ações voltadas à qualidade de vida do trabalhador, o que estabelece que as organizações não apenas devem centralizar seus esforços em processo produtivo em si caso ambicionem melhores resultados de modo pleno (não apenas setoriais). Deste modo, os princípios necessários para o êxito de uma empresa enxuta estão também na valorização da organização por meio do desenvolvimento de seus trabalhadores.
Fonte: Administradores
Um comentário:
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