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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vigilância Sanitária integra combate à dengue

Marília recebeu as determinações do Estado para as ações de combate à dengue a serem desenvolvidas nos próximos meses (antes do verão). O documento é o mesmo para todos os municípios paulistas, mas foi construído democraticamente através de oficinas regionais. Para Marília a novidade maior será a inclusão da Vigilância Sanitária no trabalho.

“Várias propostas que motivaram a formação do documento já são executadas em nossa rotina de trabalho”, mencionou o coordenador de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses, Lupércio Garrido. Segundo ele, apesar disso, o documento traz inovações importantes, como a integração da Vigilância Sanitária.

“A Vigilância Sanitária tem poder punitivo que a Divisão Municipal de Zoonoses não tem”, disse o coordenador. Segundo ele, atualmente o combate à dengue se baseia principalmente no convencimento da população, mas a partir de agora devem ser intensificadas as autuações diante da insistência em se manter criadouros do mosquito transmissor da dengue por descuido e falta de cidadania. O Aedes aegypti se reproduz em água parada.

O documento estadual para a prevenção de novas epidemias foi elaborado a partir de oficinas realizadas no início de agosto no interior. As propostas foram levantadas, agrupadas e organizadas para atender às necessidades prioritárias nas cidades pólos regionais.

Em Marília, o documento já está norteando a conduta da Secretaria Municipal da Saúde. Além do envolvimento da Vigilância Sanitária, foi iniciado um recadastramento de todos os imóveis especiais e pontos estratégicos. O primeiro grupo se refere aos locais de grande circulação de pessoas de diferentes partes da cidade ou até de municípios diferentes, o que facilita a transmissão do vírus e a sua propagação, tornando mais difícil conter um alastramento da doença, como exemplo: rodoviárias, escolas, aeroportos, supermercados, indústrias e hospitais. Já o segundo grupo abrange os imóveis de maior risco pelo acúmulo de recipientes que podem se tornar criadouros, como ferro-velho, borracharia e cemitério.

Conforme o documento estadual é preciso responsabilizar com mais eficácia os proprietários dos pontos estratégicos e envolver a direção dos imóveis especiais para que todos se comprometam em manter os estabelecimentos em condições seguras.

Vantagens de Marília no controle da dengue
Marília se destacou no encontro promovido pela Secretaria de Estado da Saúde por já ter formada a Comissão Municipal de Vigilância em Saúde, que possui representações do município e do Estado de várias áreas de trabalho. “A dengue não é um problema da saúde, mas da sociedade”, mencionou Garrido.
O coordenador de Vigilância Ambiental observou que Marília ficou bem colocada na comparação com outras cidades, tendo 15 máquinas de nebulização de inseticida, enquanto a maioria tem até oito, e tendo coleta de sangue para análise do material em todas as unidades da rede, enquanto na maioria dos municípios o paciente suspeito precisa se deslocar até um único endereço para ter o sangue coletado. O deslocamento é ruim para o paciente e aumenta o risco da doença se espalhar pela picada do Aedes. O mosquito transmite a dengue de um para o outro picando o doente e os saudáveis posteriormente.
Marília também está à frente na realização de exames de dengue por conta própria. O Instituto Adolfo Lutz (Estado) para de analisar as amostras quando a epidemia de uma cidade supera 150 casos por cem mil habitantes. A maioria das gestões municipais passa a considerar todos os suspeitos positivos nesse ponto ou para de contar. Em Marília desde junho as análises laboratoriais continuaram de forma independente.

Contingente
A integração da Vigilância Sanitária aumenta o poder de interferência da Secretaria da saúde no combate à dengue, mas não tem representação numérica em termos de recursos humanos. Segundo o coordenador, Marília já trabalha com uma equipe bastante expressiva que supera 400 profissionais, entre agentes comunitários de saúde da rede básica, agentes de controle da dengue, supervisores, braçais e demais servidores da Divisão de Zoonoses.
Fonte: Jornal da Manhã

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