O blog Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente agradece a todos e deseja um Natal cheio de paz e que o Ano Novo seja brilhante, com grandes realizações.FELIZ NATAL E PROSPERO ANO ANO
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Profissionais que falam com sotaque.
De maneira geral, nos habituamos tanto a ver pessoas de outras regiões se expressando de maneira própria delas, que nem notamos que todos nós falamos com sotaque. Tudo depende do local onde nos encontramos. Para o paulista, quem tem sotaque é o nordestino ou o gaúcho. Para o nordestino ou para o gaúcho, entretanto, quem tem sotaque é o paulista.
O fato de entendermos que todas as culturas e sociedades se orientam pela perspectiva dos costumes, valores e normas de sua própria sociedade é um fenômeno denominado etnocentrismo. Segundo o pesquisador e teórico cultural Edward T. Hall, não temos consciência da nossa própria cultura em nós mesmos.
De acordo com esse estudioso jamaicano radicado na Inglaterra, comportamo-nos a partir dos costumes e hábitos da região onde fomos criados e vemos tudo apenas com nossos próprios olhos. Tomamos como certo que os nossos costumes e hábitos devem ser a referência, ignorando como outras pessoas, formadas em outras culturas e lugares, e acostumadas a eles, podem nos ver e nos qualificar.
Com as mudanças cada vez mais frequentes do local de trabalho de profissionais de praticamente todas as áreas, a questão do sotaque e do regionalismo passa a ter importância especial. Afinal, será que você deveria mudar seu jeito de falar porque é diferente de como falam os outros profissionais com os quais vai conviver ou está convivendo?.
A resposta não poderá ser simplesmente sim ou não. Antes de se decidir, você precisará avaliar diversos fatores. Mudar o jeito de falar quase sempre significa uma ruptura de comportamento cristalizado por hábitos de toda uma existência.
Eu tenho uma experiência pessoal bastante curiosa. Nasci e fui criado em Araraquara, no Interior do Estado de São Paulo. Minha cidade natal possui uma característica muito interessante: uma parte da população tem sotaque interiorano bastante carregado, e eu vivi entre eles.
Quando me mudei para a capital, com 21 anos de idade, vez ou outra observava algumas pessoas cochichando e sorrindo, provavelmente por causa da minha maneira de falar. Pensava no assunto, mas não me incomodava, pois os grupos me aceitavam bem e eu fazia amizades com facilidade.
Entretanto, aos 24 anos, quando resolvi me tornar professor de expressão verbal, percebi que o sucesso da nova carreira poderia estar associado à minha maneira de falar. Imagine eu ministrando cursos e palestras em todos os cantos do País e orientando os alunos com aquele erre arrastado do interior paulista: "Laéérrrcio, você está toorrrto".
Antes de se decidir sobre a conveniência de eliminar ou não o sotaque, atente para a questão da naturalidade. Dependendo da maneira como você venha a fazer o trabalho para mudar a forma de falar poderá comprometer a naturalidade da sua comunicação e desenvolver um artificialismo que, por ser evidente, poderá até prejudicar sua credibilidade.
A mudança brusca, precipitada quase sempre é muito negativa. Você acaba cortando suas raízes, se despersonalizando e não obtendo nenhum tipo de benefício. Você deixa de falar como os habitantes de sua região, mas demonstra ostensivamente, de maneira artificial, que está tentando se expressar de forma diferente.
A compreensão da pronúncia
Não confunda sotaque com dicção. Ter pronúncia defeituosa é problema de dicção. O sotaque de algumas regiões é tão carregado que temos a impressão de que a pessoa está se comunicando em outra língua. É evidente que esse tipo de pronúncia prejudica a compreensão dos ouvintes e compromete a qualidade da comunicação. Nesse caso, a maneira de falar deverá ser modificada.
Pelos motivos já analisados, os ouvintes poderão estranhar a maneira como uma pessoa de outra região fala e por isso passar a ridicularizar sua forma de se expressar. Se você enfrentar essa situação, pense seriamente se vale a pena ou não acabar com o sotaque e mudar seu jeito de falar.
Lembre-se de que, se precisar manter contato com pessoas de outras regiões por tempo prolongado, mesmo que, apesar da sua maneira de falar, compreendam bem o que você diz, não o ridicularizem e não o vejam como prepotente ou arrogante, vale a pena avaliar se convém ou não mudar. Essa é uma decisão sua.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Bertin doará R$ 1,5 milhão por descumprir leis trabalhistas.
"O valor deve ser entregue em mercadorias, as especificadas na documentação [carros, máquinas e computaores e carne para entidade beneficentes]. A empresa não pode fugir disso. Se ela conseguir por mais barato pode, ams deve entregar exatamente como o colocado no TAC", explica ao Capital News, o procurador do trabalho Odracir Juares Hecht (que realizou a investigação), via telefonema. Algumas entregas têm prazo de oito meses, outras de 14 meses, a contar de 1º de fevereiro de 2010.
“Por reconhecer o caráter social do termo a Bertin compromete-se a doar carne a instituições beneficentes e também bens de consumo para entidades ligadas à segurança estadual e federal”, informou a empresa ao Capital News, via mensagem encaminhada à nossa redação.
Vários funcionários do frigorifico teriam sido obrigados a trabalhar em situação de risco de saúde, segundo a Procuradoria. Conforme assessoria de imprensa da instituição, o TAC foi assinado por conta de Inquérito Civil Público nº 235/2008, “instaurado para investigar o desrespeito aos intervalos para os empregados que atuam em câmaras frigoríficas, as irregularidades na jornada de trabalho e também em virtude do acidente ocorrido em fevereiro de 2008, quando houve vazamento de gás amônia nas dependências da unidade da empresa em Campo Grande, que culminou no ajuizamento da Ação Civil Pública nº 01655-2008-006-24-00-8 na Justiça do Trabalho, da qual o MPT desistiu com a assinatura do TAC”.
Em dezembro de 2008, o MPT (Ministério Público do Trabalho) ajuizou a ação contra o Bertin. O pedido era de condenação da empresa. A pena seria o pagamento de inndenização por danos morais coletivos no valor de R$ 10 milhões.
Com a assinatura do TAC, explica a PRT, o frigorífico tem que elaborar e implantar corretamente o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), de acordo com o risco da atividade, em atenção às instruções do TEM (Ministério do Trabalho e Emprego), referentes à refrigeração industrial por amônia, prevendo a realização do controle de saúde dos empregados expostos ao gás.
A Bertin S.A. é uma das maiores produtoras e exportadoras de produtos de origem animal da América Latina, como carne bovina in natura e processada, lácteos, couros, produtos pet e higiene e limpeza. Os produtos e serviços da Bertin S.A. são pautados por uma agenda de evolução permanente de práticas socioambientais e no constante aperfeiçoamento das tecnologias, comercializados no mercado interno e em mais de 100 países, nos cinco continentes. Atualmente conta com 38 unidades produtivas no Brasil e no exterior, e emprega mais de 29 mil colaboradores, incrementando o desenvolvimento econômico do País e a geração de renda para a sociedade brasileira. Com capacidade de abate de 14 mil cabeças de gado por dia, a Divisão Carnes destaca-se como a segunda maior do País no setor de frigoríficos.”
Doações
Ainda segundo a Procuradoria, o grupo Bertin não admitiu que tenha havido danos causados à coletividade. Os órgãos beneficiados são a Comissão Regional de Obras da 9ª Região Militar do Exército Brasileiro, com um automóvel utilitário e veículo passeio, além de equipamentos de informática e aparelhos de ar condicionado; o 1º Grupamento de Bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, com equipamentos específicos para a realização de buscas e salvamentos; a SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego ), com uma caminhonete cabine dupla para uso no combate ao trabalho escravo; a Polícia Rodoviária Federal, com equipamentos e navegadores GPS; a Polícia Federal, com um sistema de armazenamento de dados em rede; e a 2ª Compania de Polícia Militar Ambiental de Corumbá-MS, com uma caminhonete cabine dupla, segundo informações da assessoria da Procuradoria Regional do Trabalho.
As entidades Casa da Criança Peniel, a Fundação Carmem Prudente de Mato Groso do Sul - Mantenedora do Hospital do Câncer Professor Doutor Alfredo Abrão e da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mato Grosso do Sul, a AACC (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer), a Creche Santa Fé, a Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos - Mantenedora do Hospital São Julião, do Cedami e da Casa da Vovó Túlia, o Lar Nossa Senhora Aparecida e a Associação Grupo Amor Vida Arthur Hokama serão beneficiadas com a doação de carne bovina durante o período de 60 meses.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Brasil terá o verão mais quente dos últimos anos, informa Inpe.
Fonte: Agência Brasil
sábado, 26 de dezembro de 2009
Campanha Saco é um Saco estimula uso de sacolas retornáveis pela população.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Inspire-se
O blog Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente agradece a todos e deseja um Natal cheio de paz e que o Ano Novo seja brilhante, com grandes realizações.
FELIZ NATAL E PROSPERO ANO ANO
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Vigilância será rígida com comida nas praias do Guarujá.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Brasil terá o verão mais quente dos últimos anos, informa Inpe.
Depressão será segunda doença mais grave em 2020.
O National Institute for Occupational Safety and Health, dos Estados Unidos, mostra que o estresse no trabalho acontece quando as exigências não se igualam às capacidaes, aos recursos e às necessidades do trabalhador.
Já a Enciclopédia de Saúde e Segurança do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu os estressores psicossociais e organizacionais para medir o grau de estresse ocupacional: excesso de atividades, pressão de tempo e trabalho repetitivo, conflito de papéis entre subordinados e superiores, além de falta de apoio social.
Os estressores físicos também ajudam a identificar um quadro de estresse no trabalho. A OIT destaca, dentre esses fatores: produtos químicos, ruídos, altas temperaturas, tecnologia de produção em série, processos de trabalho muito automatizados e trabalhos em turnos.
Tentar diagnosticar a depressão e tratar o trabalhador para que ele não precise se afastar de suas funções ainda é uma tarefa difícil. O médico do trabalho e psiquiatra clínico e forense, Dr. Duílio Antero de Camargo, afirma: “Ainda existe muito desconhecimento e preconceito sobre as doenças mentais associado à estigmatização, à vergonha e ao medo da exclusão social. Isso afeta o diagnóstico, o tratamento e, consequentemente, a evolução da doença”.
A depressão é uma doença que apresenta sintomas claros. A Classificação Internacional de Doenças registra que humor deprimido, perda de interesse, energia reduzida, concentração e atenção reduzidas, auto-estima e autoconfiança baixas são alguns dos sinais da doença.
O tratamento ideal para reverter o quadro seria a combinação de medicamentos antidepressivos com a psicoterapia. A OMS estima que entre 60% e 80% das pessoas que são diagnosticadas logo no início da doença e recebem o tratamento adequado conseguem se curar. A organização, porém, contabiliza que menos de 25% dos afetados pela doença — em alguns países a parcela chega a 10% — recebem o cuidado necessário.
O Dr. Duílio Camargo prevê que as empresas passem a investir mais no tratamento de doenças mentais relacionadas ao trabalho, como é o caso da depressão. “Parece que esse investimento tende a melhorar, devido principalmente ao alto grau de incapacidade produzido pelos transtornos mentais”, pondera. Os quadros de depressão não tratados podem levar ao afastamento das atividades e, posteriormente, à demissão. A baixa produtividade e o desinteresse pela rotina podem afetar a avaliação da empresa sobre o empregado.
Conhecer os transtornos mentais facilita a prevenção e também o diagnóstico das doenças ligadas a esses distúrbios. Para isso, Dr. Duílio lembra que a Anamt promove cursos nessa área em diversas capitais. “A implantação de programas preventivos, que priorizem a intervenção precoce, é fundamental e, entre eles, podemos destacar o Programa de Saúde Mental e Trabalho”, frisa.
O trabalhador também pode se prevenir para que não tenha depressão. É importante, nesse caso, conhecer melhor o ambiente de trabalho e, assim, saber delimitar limites e responsabilidades. Outro passo importante é vencer o preconceito sobre os transtornos mentais, informando à empresa e ao médico quando surgir algum dos sintomas que os caracterizam.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Alpinista caiu durante instalação da iluminação de Natal.
“Ele perdeu o controle do rapel”, afirmou o capitão dos bombeiros Luciano Souza. Segundo o capitão, o alpinista sofreu apenas uma fratura no tornozelo e está estável e consciente.
A ponte estaiada permaneceu por alguns minutos totalmente interditada nos dois sentidos para o trabalho dos bombeiros, o que causou grandes filas. A ponte foi liberada para o tráfego às 12h40.
Segundo alpinistas que trabalhavam com a vítima, a queda ocorreu dentro de uma das torres da ponte. Este foi o primeiro acidente desde que o trabalho de iluminação na ponte começou a ser feito, em 2008.
O resgate foi um pouco demorado pois o local onde o alpinista caiu era de difícil acesso. Foi preciso que os bombeiros acionassem um carro especial para retirá-lo da área.
A assessoria de imprensa da Mix Branding Experience, responsável pela iluminação especial, confirmou que o homem trabalhava na decoração de Natal e que ele teve apenas ferimentos leves.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Bombeiros alertam para o risco de acidentes nas festas de fim de ano.
A instalação deve ser feita por profissional qualificado, com o circuito desenergizado, seguindo as mesmas regras para manutenção de instalações elétricas prediais. Emenda de fio mal feita pode causar aquecimento e consequente aumento do consumo de energia e o mau isolamento pode permitir a passagem da corrente elétrica e causar curtos-circuitos ou acidentes com terceiros.
Já no réveillon o risco está relacionado aos fogos de artifício. O dia 31 de dezembro é a véspera do ano novo. A população se prepara para a noite mais alegre do ano. Mas atenção: os fogos de artifício são um perigo, alerta o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO). É preciso tomar cuidado. Para evitar a compra de material clandestino, é importante observar se o local de venda está regularizado no Corpo de Bombeiros e possui certificado de registro junto ao Exercito.
Nas lojas credenciadas, os vendedores são treinados para orientar os usuários sobre as medidas de segurança. Estas casas possuem iluminação blindada contra explosões, extintores e sistema de proteção contra descargas atmosféricas (pára-raios). Para aproveitar o réveillon sem perder a tradição de soltar os fogos de artifício, é preciso tomar alguns cuidados, como por exemplo respeitar o limite de idade que vem indicado pelo fabricante na embalagem do produto.
Em caso de queimaduras, a recomendação inicial é esfriar a lesão com água corrente e fria. Não deve ser colocado nenhum produto em cima, como pasta de dente, manteiga, clara de ovo ou nada que o vizinho diga que se deve fazer. Envolva o membro ou a extremidade queimada e leve a vítima a um hospital, ou a um posto de saúde para que um médico que possa avaliar. A seguir algumas dicas dos Bombeiros que deseja a todos um Feliz Ano Novo:
Precauções:
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Faxineira cai do 8º andar de prédio e morre em BH.
Cabeleireiros apresentam maior risco de desenvolver câncer, diz estudo.
Pesquisadores espanhóis analisaram estudos sobre o risco relativo estimado de câncer em cabeleireiros e outros profissionais do ramo, obtidos em diversas bases de dados, como o Medline, além de consultas aos trabalhos referenciados e aos autores. Avaliando um total de 247 estudos, os pesquisadores estimaram um risco relativo combinado dos diversos estudos específicos da exposição ocupacional como cabeleireiro de 1,27 para câncer de pulmão, 1,52 para câncer de laringe, 1,30 para câncer de bexiga e 1,62 para mieloma múltiplo. As análises indicaram que o aumento no risco de outros tipos de câncer foi bem menor.
Os resultados de estudos realizados antes do banimento de dois dos maiores agentes carcinogênios presentes em tintas para cabelo em meados dos anos 70 foram semelhantes aos resultados gerais. Baseados nos resultados, os especialistas sugerem a emergência de medidas para reduzir a exposição desses profissionais a substâncias causadoras do câncer. "Uma melhoria no sistema de ventilação nos salões de beleza, e a adoção de medidas higiênicas com o objetivo de reduzir a exposição aos carcinogênios em potencial no trabalho podem reduzir esse risco", destacaram os autores.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Comércio lidera ranking de acidentes de trabalho.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Escolas podem ser obrigadas a manter socorristas.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Eletricista com doença auditiva ocupacional consegue reintegração ao emprego.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Lei Antifumo protege até fumantes, aponta pesquisa.
Estudo inédito da Incor serve de amostragem para todo o Estado de SP.
Uma pesquisa inédita realizada pelo Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas de São Paulo e divulgada nesta semana pela Secretaria Estadual da Saúde aponta que a Lei Antifumo, em vigor há quatro meses em São Paulo, ajuda a proteger até a saúde de pessoas que fumam, já que elas não estão mais expostas à fumaça do cigarro em ambientes fechados de uso coletivo.
O estudo realizou medições de monóxido de carbono em 710 estabelecimentos da capital paulista, entre bares, restaurantes e casas noturnas, em dois momentos: antes de a lei entrar em vigor e ao fim de três meses após o início da restrição, para avaliar as concentrações do poluente no ar dos ambientes, em garçons fumantes e em não-fumantes.
Os resultados mostram que o ar expelido por garçons fumantes, que apresentou nível médio de monóxido de carbono de 14 ppm (partes por milhão) antes da vigência da lei, passou para 9 ppm depois de 12 semanas (redução de 35,7%).
Para os garçons que não fumam, o impacto positivo foi ainda maior, passando de um índice de 7 ppm (equivalente ao de fumantes leves) para 3 ppm (nível de não fumante).
Já a medição realizada para verificar a poluição tabágica ambiental, o nível médio de monóxido de carbono nos estabelecimentos caiu de 5 ppm para apenas 1.
Segundo a diretora regional da Vigilância Sanitária Estadual em Sorocaba, Sônia Maria de Andrade Siqueira, embora o estudo não tenha sido feito na cidade, serve de amostragem para o Estado. “Recebemos vários relatos de pessoas, contentes com a lei.”
Ela disse também que a Lei Antifumo, além dos benefícios que já trouxe, pegou em Sorocaba: 95% dos estabelecimentos visitados a cumprem. Até hoje, foram aplicados 18 autos de infração na cidade.
Fonte: Agência Bom Dia
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Empregado agredido fisicamente por empregador recebe indenização
A reclamada alegava que a agressão foi limitada a um tapa, que não causou lesão corporal, nem de natureza leve, pois o agressor é idoso e de menor porte físico que o reclamante. Além disso, ele anda atormentado pelo dor da perda de seus familiares. Mas, para a desembargadora Cleube de Freitas Pereira, não há justificativa para uma agressão física gratuita, como a que ocorreu no caso.
A testemunha ouvida declarou que é cliente da reclamada e, no dia da agressão, havia acabado de fazer compras e solicitou ao reclamante que utilizasse duas sacolas plásticas para embalar os produtos mais pesados. Em determinado momento, um senhor chegou ao local, rasgou as sacolas e, mesmo com a explicação da cliente, de que ela é quem havia pedido que as compras fossem embaladas daquela forma, deu um soco no empregado, que não reagiu. A testemunha registrou queixa no PROCON e na delegacia e disse que o agressor prometeu uma visita à sua casa, para se desculpar pelo ocorrido.
Para a relatora, a idade avançada e os problemas pessoais do agressor não o livram de responder pelos seus atos, pois a sua preocupação em se desculpar com a cliente demonstram que ele é lúcido e capaz para os atos da vida civil."Aceitar o ilícito em análise como normal é o mesmo que retroagir ao obscurantismo da ausência de regulação, pelo Estado, das relações laborais. Não pode o empregador, considerando sua supremacia econômica em relação ao trabalhador, como é regra geral, agredi-lo fisicamente. Na verdade, para muitos brasileiros tem sido difícil a percepção de que, embora a passos lentos, a sociedade está mudando seus valores, buscando seus direitos, entre eles, o respeito aos bens personalíssimos, tal como, a integridade física e psíquica"- frisou.
Considerando que o ato do sócio da reclamada feriu a honra e imagem do reclamante, a Turma manteve a condenação da empresa a pagar a ele uma indenização por danos morais.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Torcida pelo time no ambiente de trabalho deve ter bom senso, dizem especialistas.
Funcionário deve saber se pode usar camiseta do time, por exemplo. Se houver regra que proíbe uso do traje pode haver demissão.
Em tempos de final de campeonato, é comum alguns torcedores mais entusiasmados decidirem ir para o trabalho com a camiseta do seu time, colocar bandeira, wallpaper, foto, flâmula no escritório ou até mesmo parar de trabalhar para assistir a jogos e comemorar em voz alta o êxito do time.
Mas, segundo especialistas ouvidos pelo G1, nem sempre essas demonstrações de amor pelo time podem ser bem vistas dentro da empresa. E, se a proibição do uso do traje estiver prevista em regulamento da empresa e o emprego tiver ciência das regras, ele pode ser demitido por justa causa caso desobedeça a norma.
Para a sorte do publicitário Cássio Alves dos Santos, 24 anos, a empresa para a qual ele trabalha, que atua no ramo da internet, não faz nenhuma objeção em relação ao culto ao time no ambiente de trabalho.
O são-paulino, que se considera fanático pelo tricolor paulista, garante que já participou até de reuniões com clientes usando a camisa do time. “Quando eu sei que haverá uma reunião no dia seguinte, não costumo ir com a camisa. Mas já aconteceu de eu estar com a camisa e ser chamado para uma reunião imprevista. Não teve jeito”.
Cássio diz que, nos três anos e meio que trabalha na empresa, já foi com a camisa do São Paulo pelo menos dez vezes. Na mesa de trabalho dele, há adesivos e wall paper do São Paulo. “Nunca tive problemas porque os diretores são todos são paulinos também.”
Apesar de a chefia torcer para o São Paulo, o publicitário garante que demais funcionários da empresa também costumam ir com a camisa de outros times para o trabalho. “O pessoal aproveita para fazer brincadeiras. Eu mesmo vou com a camisa do São Paulo para fazer provocação aos rivais quando meu time vence algum jogo”, diz.
Cultura da corporação
Segundo Marshal Raffa, gerente de planejamento de carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, o funcionário torcedor tem que saber o limite dele dentro da empresa, entender a cultura da corporação e usar o bom senso.
“Na maioria das vezes nós já sabemos se podemos ou não usar camisetas ou colocar objetos que remetam ao time no ambiente de trabalho, mas caso o funcionário tenha dúvida se pode ou não fazer isso ele deve pedir para o chefe abrir uma exceção”, diz.
Raffa alerta, entretanto, para o caso de o patrão torcer para o time adversário. Nesse caso, vale o bom senso do funcionário.
“Às vezes os colegas do escritório se alteram quando o time deles perde, então nesse caso cabe evitar usar a camiseta do time que ganhou e fazer comentários sobre o jogo ou qualquer tipo de abordagem sobre futebol”, diz Raffa.
O consultor diz ainda que outra opção é ir com a camiseta do time por baixo de outra. “Às vezes o funcionário quer extravasar de qualquer jeito e essa é uma boa opção.”
Raffa alerta que em empresas em que os funcionários usam muito o telefone para contatar clientes ou que recebem parceiros no local não é recomendado que se deixe a TV ligada no jogo para que as manifestações dos funcionários torcedores não interfiram no ambiente de trabalho.
Outra dica do consultor é que o funcionário não minta para a chefia para poder assistir a um jogo importante seja no estádio ou em casa. “Se quer ver o jogo negocia com o chefe se houver liberdade para isso. Não pode inventar que está doente e chega no dia seguinte comemorando ou com a camiseta do time. Tem que ser profissional”, afirma.
Para Roberto Recinella, especialista em gestão do capital humano, o bom senso é sempre o limite para tudo.
“Ninguém gosta de perder e, às vezes, o fanatismo ultrapassa os limites da convivência. Brincadeiras são sadias desde que as pessoas levem na esportiva e estejam dispostas a participar. A sensibilidade do líder define a questão”, diz.
Ele considera que o uso de camiseta do time e de objetos que remetam ao time devem ser restritos à residência e estádio.
Para Recinella, as conversas sobre futebol durante o trabalho podem ir até onde o respeito e os limites não sejam afetados. “Se alguém deixa de colaborar com a equipe ou com um colega devido a divergências futebolísticas, então as conversas extrapolaram as relações e devem ser controladas. As pessoas devem ter maturidade para saber separar as coisas. Se não sabe brincar, não participe. Além disso, a competência de alguém não está ligada ao time que torce”, diz.
O especialista em recolocação profissional e presidente da Curriculum, Marcelo Abrileri, sugere que, mesmo quando a empresa permite o uso da camisa, ela seja usada somente às sextas-feiras. “É bom ser cauteloso e estar coberto de qualquer má interpretação. Não é porque é permitido que pode deitar e rolar. Às vezes, o exagero pode fazer com que o uso [da camisa do time no ambiente de trabalho] deixe de ser permitido.”
Demissão
De acordo com a advogada trabalhista Juliana da Silva Borges, se no regulamento da empresa houver a restrição ao uso de camisetas de futebol no ambiente de trabalho e o funcionário for mesmo assim com o traje ele pode ser demitido por justa causa.
“Se no regulamento da empresa houver alguma cláusula falando sobre trajes e vestimentas o funcionário pode sim ser demitido. Mas a empresa pode antes aplicar uma advertência e, caso o empregado torne a ir com a roupa, pode demiti-lo por insubordinação, o que caracteriza a justa causa”, explica.
Mas a advogada ressalta que o funcionário tem que ter ciência da existência do regulamento interno para que a empresa possa demiti-lo. “Geralmente as empresas entregam ao funcionário, no ato da contratação, esse regulamento. Se o empregado não tiver sido informado com antecedência, não cabe a justa causa”, diz.
Fonte: G1
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Saiba como proceder em caso de cheiro de gás
- Não acenda luzes nem risque fósforos.
- Verifique se o cheiro existe somente no local ou se vem de fora do imóvel.
- Mantenha o local ventilado
- Feche o registro de segurança do equipamento que estiver com vazamento.
- Ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros telefone 190.
Lavar fraldas em creche não gera adicional de insalubridade
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Segurança aprova fiscalização de bombeiros a serviço de brigadista.
Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Paes de Lira (PTC-SP), ao Projeto de Lei 6047/09, do deputado Major Fábio (DEM-PB). O texto original autoriza estabelecimentos de grande porte a contratar empresas de prestação de brigada de incêndio ou socorrista.
A proposta estabelece ainda que tais empresas deverão ser credenciadas por corpos de bombeiros militares. O projeto ainda exige que a execução do trabalho de combate a incêndio e a proteção do local atingido será de responsabilidade do corpo de bombeiro militar.
Bombeiro civil
Tramitação
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Nova norma para inspeção veicular.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Excesso de trabalho pode causar problemas físicos e psicológicos.
“Na década de 90, nós tínhamos um grande aumento de lesões por esforços repetitivos. Para o século XXI, posso dizer com segurança que as questões dos aspectos psicológicos são as que estão influenciando mais a vida dos trabalhadores” explica a médica Vera Zaher.
Pelos números dos auxílios-doença do Ministério do Trabalho, os problemas musculares continuam liderando o ranking de pedidos de licença. De 2006 para 2008 houve um aumento de mais de 500% (de 19.956 para 117.353).
Mas o que vem chamando a atenção dos médicos nos últimos anos é que a ocorrência de doenças relacionadas ao sistema nervoso está cinco vezes maior. Em dois anos subiu de 1.835 para 9.306 pedidos.
E nesse mesmo período, os transtornos mentais e comportamentais tiveram um aumento de mais de 1.900%. Foram pouco mais de 600 pedidos de licença para mais de 12 mil (de 612 para 12.818).
No final de 2007, Hellen Taynan passou em um concurso para ser técnica em administração e finanças de uma Farmácia Popular. Assim que assumiu o cargo a função não era o que esperava. Ela serviu de atendente e faxineira.
Com dois meses, começou a desenvolver sintomas como taquicardia, crise de asma e pressão alta. Hellen procurou um psiquiatra que diagnosticou depressão profunda e ansiedade generalizada. Desde então, ela está há cinco meses afastada do trabalho.
“Me sinto melhor depois das medicações e do acompanhamento terapêutico. Entretanto, só vou me sentir bem e realizada quando conseguir voltar a trabalhar em uma função que eu goste, que eu saiba fazer. Hoje, o que quero é minha vida profissional de volta”, conta Hellen.
O excesso de trabalho pode ser dado pela empresa como no caso de Hellen. Mas, o funcionário também pode tomar para si cada vez mais tarefas e acabar sobrecarregado. Por isso, vale ficar atento a algumas coisas.
“Aprenda a conhecer os seus limites: tem horários para entrar, horário para sair, conheça seu trabalho, saiba o que você está fazendo dentro do ambiente, tenha prazer no que faz. Com isso eu posso afirmar que uma boa parte do campo físico, das patológicas, a gente pode evitar nessa comparação excesso de trabalho e saúde”, completa a médica.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Meio Ambiente - Acidente gera multa a INB.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Mais de 42 mil trabalhadores são beneficiados por inspeções do MPT.
Entre as irregularidades verificadas nas 352 obras inspecionadas, os principais problemas encontrados foram inadequações com possibilidade de gerar riscos graves à vida dos trabalhadores, como soterramento, quedas de altura e choques elétricos.
As forças-tarefas que mobilizaram equipes de procuradores do Trabalho e auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em todo o Brasil, além de outras instituições regionais e municipais, embargaram parcialmente quase 121 obras.
Outras 59 foram embargadas totalmente até que o empregador regularize o meio ambiente de trabalho de acordo com os requisitos legais. Entre as obras que tiveram embargo total, foi registrado o caso de uma grande rede de supermercados, onde foram flagrados trabalhadores com uma jornada de mais de 16 horas.
Nas próximas etapas do Programa Nacional, os procuradores do Trabalho vão verificar se os empregadores adequaram as condições de trabalho de acordo com a legislação. Caso não estejam cumprindo às determinações legais, o MPT providenciará ações judiciais para resguardar os direitos dos trabalhadores do setor.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
27 de Novembro - Dia Nacional do Profissional de Segurança do Trabalho.
JEFFERSON
Maior parte dos que aplicam agrotóxicos não utilizam proteção.
Na avaliação dos técnicos do IBGE, é possível identificar uma disseminação generalizada nos usos de agroquímicos no campo. "Com o passar dos anos, há uma tendência do agricultor se especializar e lançar mão mais intensamente destas tecnologias, em detrimento de outras, como, por exemplo, as praticadas na agricultura orgânica ou agroecológica", afirma o documento. O Rio Grande do Sul é o estado que mais utiliza agrotóxicos. Ao todo, são mais de 273 mil propriedades adeptas a esse expediente. Já o Amapá tem apenas 235 estabelecimentos utilizando agroquímicos.
Para a aplicação, o equipamento mais comum é o pulverizador costal, que apresenta maior potencial de exposição. Ele é utilizado em cerca de 70% dos estabelecimentos que usam agroquímicos. Além disso, os produtores também usam o pulverizador estacionário ou semiestacionário, equipamento de tração mecânica ou animal, aeronave, polvilhadeiras e matracas. Há ainda a ocorrência de aplicação manual, utilizando iscas formicidas.
De acordo com os dados do instituto oficial, práticas alternativas - que poderiam contribuir para a redução da utilização de agrotóxicos - são pouco utilizadas. Exemplos como o controle biológico (1,3%), a queima de resíduos agrícolas e de restos de cultura (0,9%) e o uso de repelentes, caldas e iscas (7,8%) ainda são métodos incipientes no conjunto da produção agrícola.
A soja foi a cultura que mais se expandiu na última década: alcança 15,6 milhões de hectares, grande parte na Região Centro-Oeste. Com o argumento em prol do aumento da produção, 46% dessas propriedades rurais que cultivam soja recorrem a sementes geneticamente modificadas, numa área de 4 milhões de hectares. Segundo o Censo, a imensa maioria das lavouras de soja faz uso de agrotóxicos (95%) e adubação química (90%).
"Ao contrário do que se dizia, o agronegócio cada vez demanda doses maiores de veneno para cumprir as exigências da soja, principalmente", analisa Gerson. Além da expansão do agronegócio, o agrônomo também associa o aumento no uso de agrotóxicos ao crescimento do recurso do crédito rural para os pequenos produtores via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que também distribui pacotes químicos.
A destinação desses produtos é outro desafio. Mais de 126 mil proprietários declaram que deixam as embalagens vazias no campo. O número equivale a 9% do total. Além disso, cerca de 25% afirmam que os recipientes são queimados ou enterrados. Cumprindo o estabelecido por lei, 38% devolvem as embalagens vazias aos comerciantes. Em cerca de 10% das propriedades, as embalagens são recolhidas pela prefeitura, órgãos públicos ou entregue à central de coleta. O programa de recolhimento é gerenciado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev).
Diante desses problemas, foi criado em outubro o Fórum Nacional de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos. A nova instância, organizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pretende reforçar o controle social, aproximando a sociedade civil, empresas e governos no combate aos efeitos nocivos dos agrotóxicos. Por meio do novo Fórum, o MPT vai realizar audiências públicas e investigações, coleta de denúncias e Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) que visam a redução no uso de agrotóxico no limite permitido em lei.
Além do MPT e do Ministério Público Federal (MPF), o Fórum reúne organizações como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf-Brasil) e a Repórter Brasil. Há ainda representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Ministério da Saúde (MS) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Agricultura orgânica
A agricultura orgânica no país se dedica, principalmente, à pecuária e criação de outros animais (41,7%) e às lavouras temporárias (33,5%). Aparece também na lavoura permanente (10,4%), na horticultura e floricultura (9,9%) e na produção florestal (3,8%). Ao considerar a proporção de estabelecimentos de orgânicos no total de propriedades, o Censo mostra ainda que a representatividade da agricultura orgânica é maior na horticultura e floricultura.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Aquecimento custará 1 ano de crescimento ao Brasil, mostra relatório
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Escesso de trabalho pode causar problemas físicos e psicológicos
Tem ficado extremamente cansado? Com dores no corpo? Dor de cabeça? Muita sonolência? O trabalho está sem sentido? Às vezes, nem tem vontade de ir trabalhar. Esses podem ser indícios de que está com uma carga de trabalho muito pesada.
“Na década de 90, nós tínhamos um grande aumento de lesões por esforços repetitivos. Para o século XXI, posso dizer com segurança que as questões dos aspectos psicológicos são as que estão influenciando mais a vida dos trabalhadores” explica a médica Vera Zaher.
Pelos números dos auxílios-doença do Ministério do Trabalho, os problemas musculares continuam liderando o ranking de pedidos de licença. De 2006 para 2008 houve um aumento de mais de 500% (de 19.956 para 117.353).
Mas o que vem chamando a atenção dos médicos nos últimos anos é que a ocorrência de doenças relacionadas ao sistema nervoso está cinco vezes maior. Em dois anos subiu de 1.835 para 9.306 pedidos.
E nesse mesmo período, os transtornos mentais e comportamentais tiveram um aumento de mais de 1.900%. Foram pouco mais de 600 pedidos de licença para mais de 12 mil (de 612 para 12.818).
No final de 2007, Hellen Taynan passou em um concurso para ser técnica em administração e finanças de uma Farmácia Popular. Assim que assumiu o cargo a função não era o que esperava. Ela serviu de atendente e faxineira.
Com dois meses, começou a desenvolver sintomas como taquicardia, crise de asma e pressão alta. Hellen procurou um psiquiatra que diagnosticou depressão profunda e ansiedade generalizada. Desde então, ela está há cinco meses afastada do trabalho.
“Me sinto melhor depois das medicações e do acompanhamento terapêutico. Entretanto, só vou me sentir bem e realizada quando conseguir voltar a trabalhar em uma função que eu goste, que eu saiba fazer. Hoje, o que quero é minha vida profissional de volta”, conta Hellen.
O excesso de trabalho pode ser dado pela empresa como no caso de Hellen. Mas, o funcionário também pode tomar para si cada vez mais tarefas e acabar sobrecarregado. Por isso, vale ficar atento a algumas coisas.
“Aprenda a conhecer os seus limites: tem horários para entrar, horário para sair, conheça seu trabalho, saiba o que você está fazendo dentro do ambiente, tenha prazer no que faz. Com isso eu posso afirmar que uma boa parte do campo físico, das patológicas, a gente pode evitar nessa comparação excesso de trabalho e saúde”, completa a médica.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Indústria poluidora banca campanhas
Os doadores pertencem a 12 associações nacionais representando indústrias de grande intensidade de carbono (ou seja, que produzem grande quantidade de gases do aquecimento global), como agronegócio, energia, carne, papel e celulose, cimento, mineração, óleos vegetais e siderurgia.
Em parte porque não existem regulamentações para o emprego de lobby no Brasil, não se pode estimar se essas contribuições de campanha estão ligadas à legislação sobre a mudança climática. Mas elas são capazes de abrir portas. O financiamento vindo das indústrias intensivas em carbono ajudou a eleger metade da comissão da Câmara dos Deputados que está considerando mudanças no Código Florestal.
Nesse caso, após intensa disputa, os deputados ruralistas conseguiram eleger Moacir Micheletto (PMDB-PR) como presidente da comissão. Sua proposta é deixar a legislação ambiental a cargo de cada Estado. Entre os financiadores de Micheletto estão a Bunge Alimentos (com contribuição de R$ 70 mil) e a produtora de carne Marfrig (R$ 30 mil).
A comissão conjunta de mudança climática, criada em março deste ano para discutir leis sobre o tema, tem menos membros financiados por indústrias de grande intensidade de carbono. Apenas 11 de seus 44 membros receberam doações desses setores da economia. Ao todo, 25 dos 27 partidos políticos do país foram agraciados com essas contribuições em 2006. A maior concentração foi para o PSDB e o Democratas (então PFL), que respondem por 38% das doações totais. Junto com o PMDB, esses dois partidos de oposição perfazem 54% do montante.
Dos 719 candidatos que receberam dinheiro dessas empresas, mais da metade (51,3%) é composta por políticos dos Estados, como governadores e deputados estaduais. Parlamentares federais correspondem a 48% da soma. Mas o presidente Lula também está entre os que receberam doações.
Mais de um terço do dinheiro (37%) foi contribuído pela indústria do aço, encabeçada pela Gerdau, com quase R$ 11 milhões. Mais de um quarto (26%) veio de membros da indústria de papel e celulose, em especial da Aracruz. Já a Bunge, que está fazendo lobby intenso em nível internacional pela aprovação de leis mais tímidas sobre mudança climática, seria a sexta maior doadora se tivesse repartido suas contribuições entre suas duas divisões, a de alimentos e a de fertilizantes.
"Em Copenhague, vamos ver a indústria americana do carvão, por exemplo, distribuindo abertamente folhetos em favor de seus interesses. As indústrias brasileiras não farão o mesmo porque não precisam", declarou o especialista.
Apesar disso, associações da indústria estão se posicionando sobre as negociações internacionais do clima, algumas pressionando contra metas de redução de emissões que afetem setores específicos da economia brasileira.
Uma das principais é a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, levar metas a Copenhague atrapalharia o crescimento econômico e seria só uma forma de "mostrar ativismo". Os industriais reclamam que as necessidades do setor não estão sendo ouvidas o suficiente no debate sobre as mudanças climáticas.
"Não houve discussão, principalmente com o setor privado, para o Brasil se envolver com uma meta mais geral", diz o diretor executivo da CNI, José Augusto Fernandes. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) diz temer que a adoção de metas sem contrapartida dos países ricos trave a competitividade do Brasil.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Drogas causam 20% dos acidentes no mundo, diz OIT
Um em cada cinco acidentes de trabalho é provocado pelo consumo de drogas, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentado na Academia de Ciências Médicas de Bilbao, na Espanha. A pesquisa, divulgada na palestra "Consumo de drogas, álcool e medicamentos no trabalho", indica que os setores profissionais com as maiores taxas de acidentes são os de relações públicas, comércio e construção.
O estudo se baseia na investigação de 38 empresas dos Estados Unidos, Europa e Ásia durante os últimos cinco anos.
"O antigo conceito do viciado jogado pela rua está completamente defasado. Neste momento, em todo o mundo, 67% das pessoas com algum tipo de dependência química estão integradas ao mercado de trabalho, e algumas com sucesso", disse na palestra o psiquiatra Jerônimo San Cornélio, presidente da Academia de Ciências Médicas de Bilbao e um dos autores da pesquisa.
De acordo com o relatório, entre 15% e 25% dos acidentes de trabalho diários ocorrem no local onde os profissionais exercem as atividades ou em "in itinere" (deslocamentos) pela impossibilidade de manter os reflexos.
Essa incapacidade de concentração e coordenação é provocada, dizem os especialistas, principalmente pelo consumo habitual de álcool, cocaína, maconha, heroína e remédios para controlar a ansiedade em profissionais numa faixa etária entre 20 e 35 anos.
Mulheres
"Numa sociedade onde pesa a ideia de que só os mais preparados alcançam o sucesso, uma pessoa com problemas de autoconfiança procura estímulos externos. Neste aspecto o consumidor acaba vítima de si mesmo."
Sobre o perfil do trabalhador viciado, os homens são maioria: 75% dos casos de acidentes relacionados com o consumo de drogas são verificados entre profissionais do sexo masculino e 25% do sexo feminino.
Mas o relatório da OIT indica que a diferença está diminuindo. Na década passada os homens eram 90% dos envolvidos, contra 10% de mulheres.
Entre as características que mais delatam problemas no ambiente de trabalho relacionados com o consumo habitual de drogas estão atitudes de nervosismo, irritabilidade, falta de concentração e excessivos pedidos de dispensa.
Segundo Jerônimo San Cornélio, "um trabalhador que se droga com frequência normalmente dobra a média de dias de licença". O psiquiatra defendeu o sistema de algumas empresas que aplicam testes antidroga para funcionários que aspiram a altos cargos. "Todos somos livres para consumir o que quisermos, mas o lugar de trabalho envolve responsabilidade sobre os demais profissionais", disse.
Para o médico especialista em toxicomania, não há setores profissionais que escapem do âmbito do consumo. Pioneiro no tratamento de médicos viciados, ele disse que "as drogas estão em todas as classes sociais" e que estejam, portanto, "em todas as (classes) profissionais é uma simples questão de lógica".
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Especialistas falam sobre uso da minissaia no trabalho
“Escritórios, fábricas, lojas, shopping centers e oficinas são ambientes de trabalho, onde é natural uma certa competitividade entre pessoas. Nesse sentido, a roupa que usamos transmite mensagens o tempo todo, mensagens que podem ser interpretadas de diversas formas, para o bem ou para o mal”, adverte.
Segundo Chelotti, a premissa de que as pessoas são livres para usar o que bem entendem precisa ser analisada com cuidado, pois vivemos em um ambiente social, onde as pessoas são julgadas, inclusive, pela forma como se vestem, por seu asseio e até pelo modo como falam.
“Não quero dizer que concordo com o fato da aluna ter sido expulsa da escola, o que me pareceu uma atitude absurda. No entanto, é importante que as pessoas percebam que tudo o que fazemos, falamos e o modo como nos apresentamos, fala a nosso respeito, daí porque é preciso refletir sim sobre o tipo de roupa que vamos usar na escola, no trabalho e até no lazer, com os amigos”, assinala, acrescentando que é possível, hoje em dia, observar empresas que estimulam as empregadas a usarem roupas mais chamativas como estratégia de atração de clientes, algo que pode ser visto em postos de gasolina, lojas de shopping centers, bares e casas de espetáculos.
Para Ângela Abdo, presidente da ABRH-ES, as empresas têm culturas próprias, que orientam sobre a roupa mais adequada a usar no trabalho. “Aqui no Espírito Santo, especialmente em Vitória, em função da proximidade da praia e do calor constante, a cultura local admite o uso de roupas um pouco mais curtas, mas, via de regra, a etiqueta corporativa não vê com bons olhos saias curtas ou blusas transparentes e decotadas. Não se trata de uma questão de moralismo, mas apenas do fato de que esse tipo de roupa pode levar a interpretações equivocadas, que irão gerar todo tipo de mal-entendido”, adverte.
Para Abdo, uma preocupação das empresas que têm profissionais que se relacionam com o público é evitar que o uso de roupas chamativas possa levar clientes a atitudes não profissionais, o que certamente significa desgaste de imagem. Ela recomenda que os empregados estejam atentos à cultura da empresa, às regras e normas e até à cultura da sociedade local, pois isso serve como balizador.
“Há empresas jovens, especialmente na área de internet, nas quais as pessoas têm um nível de informalidade muito grande, mas até mesmo nesses ambientes roupas provocativas podem gerar desentendimentos, pois sempre haverá alguém que pode interpretar uma roupa curta, decotada ou transparente de outra forma que não apenas um modo de vestir”, explica.
Segundo Pedro Fagherazzi, Presidente da ABRH-RS, nas empresas o uso da roupa, da linguagem e do comportamento das pessoas é controlado de forma mais sutil, sem explosões de violência ou perseguição como as vistas no caso da estudante universitária.
“Nas empresas, as coisas sempre conspiram a teu favor. Se você se veste de modo inadequado, diz coisas impróprias ou faz coisas pouco usuais, haverá sempre algum colega que vai te chamar e ponderar essas questões. Normalmente, as pessoas se adaptam rapidamente, até porque há sempre o risco de perder o emprego”, assinala.
Para o presidente da ABRH-RS, o modo como as pessoas se vestem no trabalho está diretamente relacionado à cultura das empresas. “As culturas empresariais, muito ligadas às culturas dos países onde as empresas atuam, são modos de fazer, pensar, se comportar. É, também, um filtro, pois as pessoas que divergem da cultura terminam deixando a empresa ou sendo demitidas. Até a mesma empresa, com filiais em países diferentes, tem culturas diferentes”, assinala, acrescentando que, nesse sentido, a maioria dos conflitos nas empresas encontra boa solução por meio do diálogo.
Segundo Manoel Mendes, presidente da ABRH-DF, o serviço público brasileiro tem normas estritas a esse respeito, que inibem o uso de roupas provocantes no espaço de trabalho. Em muitos casos, ele assinala, as pessoas usam uniformes, o que inibe esse tipo de comportamento.
“Embora uma funcionária pública não possa ser demitida por usar uma minissaia, por exemplo, o fato é que atitude, comportamento, são itens considerados para a evolução da carreira, o que inibe o uso desse tipo de roupas. Além disso, muitos funcionários públicos atendem pessoas, se relacionam com o público, daí porque o uso de roupas adequadas, formais, é importante para transmitir uma imagem de profissionalismo”, explica.