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sexta-feira, 20 de março de 2009

Sesi apresenta diagnóstico da saúde do trabalhador da indústria

O Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida do Trabalhador da Indústria, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) do Paraná, envolveu 34.453 industriários do Estado e mostra que 9,7% deles estão obesos, 27,2% tiveram medida de pressão arterial alterada, sendo que a maioria não tinha diagnóstico médico anterior do problema. Outro dado é que 14,3% dos trabalhadores participantes têm indícios de transtornos de depressão e ansiedade.

Os resultados do Diagnóstico do Paraná foram apresentados nesta segunda-feira (16), pelo diretor-superintendente do Sesi Paraná, José Antônio Fares, que ressaltou dois importantes dados obtidos pelo levantamento. Um deles é que grande parte dos trabalhadores não tem o hábito de cuidar da própria saúde. Outro é que já existe nas empresas atitude mais preventiva e conscientização dos seus funcionários no que se refere à qualidade de vida.

“Há alguns anos, prevenção de doença e promoção da saúde eram tratadas como programas complementares. Hoje essas questões devem integrar a estratégia de negócio das empresas. Elas devem desenvolver programas de sensibilização de suas lideranças, para que atitudes de prevenção, de hábitos saudáveis e cuidados com a saúde sejam disseminados na organização”, afirmou Fares.

Em todo o país - Projeto do Sesi Nacional, desenvolvido pelos departamentos regionais da entidade de todos os Estados, o Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida do Trabalhador envolveu em todo o País 355.858 trabalhadores de 2.463 indústrias.

No Paraná, em relação ao estilo de vida, o Diagnóstico apontou que mais da metade dos trabalhadores participantes (54%) não consome frutas e verduras diariamente; 5,3% consomem sal em excesso e 41,1% consomem refrigerantes mais de três vezes por semana. Além disso, 35,7% não praticam atividade física suficiente para beneficiar a saúde; 32,1% não praticam atividade física no lazer; 9,6% são fumantes e 1,2% consomem bebidas alcoólicas em excesso.

Outro dado é que dos 14,3% dos trabalhadores que apresentaram resultados indicando transtornos de depressão e ansiedade, 83,9% não referiram diagnóstico médico anterior.“As empresas têm de estar sensíveis a este problema, que vem crescendo em todos os segmentos sociais. Não dá para pensar no ser humano como pessoas distintas dentro do ambiente de trabalho e fora dele”, disse Fares. “Há uma série de acertos que podem ser feitos, como a transparência na comunicação, a possibilidade de crescimento profissional, a preparação para trabalho em equipe”, declara.

No Paraná, o levantamento teve início em novembro de 2007 e até o dia 9 de fevereiro de 2009 já envolvia 34.553 trabalhadores, de 208 empresas. A maioria delas já recebeu relatório sobre sua situação, em particular. O levantamento continua sendo realizado, junto a indústrias de todas as regiões do Estado.
O trabalho resulta da preocupação do Sesi em propor soluções às empresas, adequadas às necessidades de cada uma delas. O Diagnóstico foi ofertado gratuitamente às empresas. A partir do relatório, O Sesi poderá propor soluções efetivas e sustentáveis, como a reorganização de benefícios, o que contribuirá para o aumento da produtividade industrial.

Saúde e estilo de vida – Para o diagnóstico foram levantados dados sócio-demográficos, estilo de vida (atividade física, alimentação, consumo de álcool e tabagismo), presença de doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão, diabetes, obesidade e câncer), avaliação da qualidade de vida, presença de distúrbios de ansiedade e depressão, detecção de obesidade, medida da pressão arterial, da glicemia (quantidade de açúcar no sangue) e exame odontológico.

Os trabalhadores responderam a 90 perguntas, cujas respostas foram coletadas por meio de entrevista. No que se refere às Doenças Não-Transmissíveis, os dados do Paraná apontam que dos 34.453 trabalhadores participantes, 12,2% têm problema de coluna; 6,6% têm hipertensão; 6,2% têm tendinite ou LER; 6% apresentam depressão. Os que têm diabetes representam 1,9% do total.

Entre os participantes, 12,9% não consultaram o médico e nem o dentista nos últimos 12 meses; 7,7% não mediram a pressão arterial nos últimos dois anos e 20,4% não possuem plano de saúde. Questionados quanto à ausência no trabalho, 36,1% relataram um dia de absenteísmo devido a problemas de saúde e 14,83% por acidente de trabalho.

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