Uma pesquisa da Universidade do Porto em parceria com a Ulbra Canoas está avaliando riscos e sintomas da síndrome de burnout em profissionais da saúde no Brasil e em Portugal. O burnout é uma condição de sofrimento psíquico relacionado ao trabalho e está associado a alterações fisiológicas decorrentes do estresse. Os dados coletados mostram que, nos dois países, a síndrome é comum nos setores de urgência e unidades de tratamento intensivo. Além da análise comparativa, o objetivo é sensibilizar as organizações sobre a prevenção e a promoção da saúde mental dos trabalhadores.
Saúde em foco
Os dados começaram a ser coletados em janeiro de 2010, por meio de questionários nas unidades de saúde. No Brasil, o projeto é coordenado pela professora doutora Mary Sandra Carlotto e conta com a colaboração das bolsistas Ítala Chinazzo e da Luanna Taborda; em Portugal, tem a coordenação da professora Doutora Cristina Queirós e conta com a doutoranda Sofia Raquel Dias. "Até o momento, foram entrevistados 224 trabalhadores (112 de cada país) nas funções de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, cargos administrativos, nutricionistas, psicólogos e higienização", afirma Sofia Raquel Dias. O estudo faz parte do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Ulbra e do Doutorado em Psicologia da Universidade do Porto.
Trabalhadores insatisfeitos
Os resultados iniciais da pesquisa mostram que os profissionais em maior risco são os dos setores de urgência e unidades de tratamento intensivo. O profissional que trabalha sob pressão, sobrecarregado, com pouca autonomia e participação, é o que corre maior risco de desenvolver a doença, segundo a coordenadora no Brasil. Entre os entrevistados nos dois países, 40,2% não se sentiam realizados profissionalmente; 2,3% sentiam exaustão emocional e 0.9% sofriam com despersonalização. "Os brasileiros apresentaram índices maiores de despersonalização e de menor realização profissional, enquanto que os portugueses revelaram maiores índices de exaustão emocional, seguidamente de despersonalização", explica a doutoranda Sofia. O levantamento foi apresentado no VII Congresso Ibero-americano de Psicologia, em julho na cidade de Oviedo, Espanha.
Ampliação do estudo
Após a completa coleta de dados, será estruturado um diagnóstico comparativo da situação do burnout nas unidades de saúde dos dois países. Um segundo desafio dos pesquisadores, a longo prazo, é ampliar o estudo para outros ramos de atividades e avaliar meios de tratamento da síndrome. "O interesse no projeto, a riqueza dos dados e a motivação da equipe levam-nos a pensar em incluir outros grupos profissionais", revela Sofia, otimista.
Fonte: Redação Revista Proteção
Saúde em foco
Os dados começaram a ser coletados em janeiro de 2010, por meio de questionários nas unidades de saúde. No Brasil, o projeto é coordenado pela professora doutora Mary Sandra Carlotto e conta com a colaboração das bolsistas Ítala Chinazzo e da Luanna Taborda; em Portugal, tem a coordenação da professora Doutora Cristina Queirós e conta com a doutoranda Sofia Raquel Dias. "Até o momento, foram entrevistados 224 trabalhadores (112 de cada país) nas funções de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, cargos administrativos, nutricionistas, psicólogos e higienização", afirma Sofia Raquel Dias. O estudo faz parte do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Ulbra e do Doutorado em Psicologia da Universidade do Porto.
Trabalhadores insatisfeitos
Os resultados iniciais da pesquisa mostram que os profissionais em maior risco são os dos setores de urgência e unidades de tratamento intensivo. O profissional que trabalha sob pressão, sobrecarregado, com pouca autonomia e participação, é o que corre maior risco de desenvolver a doença, segundo a coordenadora no Brasil. Entre os entrevistados nos dois países, 40,2% não se sentiam realizados profissionalmente; 2,3% sentiam exaustão emocional e 0.9% sofriam com despersonalização. "Os brasileiros apresentaram índices maiores de despersonalização e de menor realização profissional, enquanto que os portugueses revelaram maiores índices de exaustão emocional, seguidamente de despersonalização", explica a doutoranda Sofia. O levantamento foi apresentado no VII Congresso Ibero-americano de Psicologia, em julho na cidade de Oviedo, Espanha.
Ampliação do estudo
Após a completa coleta de dados, será estruturado um diagnóstico comparativo da situação do burnout nas unidades de saúde dos dois países. Um segundo desafio dos pesquisadores, a longo prazo, é ampliar o estudo para outros ramos de atividades e avaliar meios de tratamento da síndrome. "O interesse no projeto, a riqueza dos dados e a motivação da equipe levam-nos a pensar em incluir outros grupos profissionais", revela Sofia, otimista.
Fonte: Redação Revista Proteção
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