Um estudo publicado na revista Particle and Fibre Toxicology revelou que a exposição aos gases da combustão do diesel produz uma reação na atividade cerebral que pode provocar sensações de angústia. A pesquisa indica que apenas uma hora de inalação desses gases já é o suficiente para provocar essa reação. Essa é a primeira vez que um estudo sobre o assunto mostra que a inalação de pequenas partículas do escape podem alterar a atividade cerebral.
Achamos que esse efeito deve-se às nanopartículas contidas no escape dos gases do combustível diesel, afirmou Paul Borm, um dos cientistas participantes do estudo. É possível que (as partículas) penetrem no cérebro e afetem sua função. Só nos falta agora especular a respeito dos efeitos que pode ter a exposição crônica à poluição causada pelos ônibus nas cidades onde os níveis dessas partículas é muito alto, acrescentou.
Os cientistas observaram 10 voluntários que permaneceram em um quarto onde foram conectados a uma máquina de encefalograma, para registrar seus sinais cerebrais em um ambiente de exposição aos gases do diesel. Foi constatado que, após 30 minutos de exposição, os gases da combustão do combustível começaram a afetar a atividade cerebral.
Os dados proporcionados pelo encefalograma sugeriram que a reação de angústia ou estresse era produzida no córtex cerebral e que ela continuou mesmo depois que os voluntários abandonaram o quarto.
Born acredita que os efeitos a longo prazo da exposição a essas nanopartículas pode interferir no funcionamento cerebral e no processamento de informação. É preciso realizar mais estudos para explorar este efeito e determinar a relação entre o nível de exposição destas partículas e a reação do cérebro, acrescentou.
Fonte: Nicomex
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