A Coordenadoria de Defesa da Saúde do Ministério Público do Estado do Acre (MPE) em conjunto com a Associação Nacional do Ministério Público de Defesa da Saúde (AMPASA) está ampliando no Estado a campanha de higienização das mãos em serviço de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que tem por objetivo promover a segurança no cuidado do paciente nos serviços de saúde e proporcionar aos profissionais e gestores dos serviços de saúde conhecimento técnico para embasar as ações relacionadas às práticas de higienização das mãos.
Apesar de ser um procedimento já reconhecido por profissionais de saúde a prática ainda não é a mais adequada. "Embora a higienização das mãos seja a medida mais importante e reconhecida há muitos anos na prevenção e controle das infecções nos serviços de saúde, colocá-la em prática consiste em uma tarefa complexa e difícil" expõe Cláudio Maierovitch, Diretor da Anvisa.
Estudos sobre o tema avaliam que a adesão dos profissionais a prática da higienização das mãos na rotina diária ainda é um hábito. "Todos devem estar conscientes da importância da higienização das mãos na assistência à saúde para a segurança e qualidade da atenção prestada", completa Maierovitch. Dessa forma, é imprescindível uma especial precaução de gestores públicos, administradores dos serviços de saúde e educadores para o incentivo e a sensibilização do profissional de saúde à questão.
A procuradora de Justiça e coordenadora de Defesa da Saúde e Cidadania do MPE, Gilcely Evangelista de Araújo Souza, orientou todas as promotorias que atuam na Defesa da Saúde Pública a reproduzir e divulgar o material distribuído pela ANVISA em todas as Unidades de Saúde do Estado, a fim de garantir a redução do risco de doenças e agravos.
O que é higienização das mãos?
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo "lavagem das mãos" foi substituído por "higienização das mãos" devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante.
Por que fazer?
As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes. A pele é um reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto, ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados.
As taxas de infecções e resistência microbiana aos antimicrobianos são maiores em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido a vários fatores: maior volume de trabalho, presença de pacientes graves, tempo de internação prolongado, maior quantidade de procedimentos invasivos e maior uso de antimicrobianos.
Fonte: O Rio Branco.net
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