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terça-feira, 29 de março de 2011

Vagão com gasolina descarrila e vaza.

ALL abre sindicância para apurar causas do acidente; Cetesb deve analisar solo para verificar possível contaminação.

Dois vagões carregados com gasolina descarrilaram às 12h40, de ontem, no pátio ferroviário de Triagem Paulista, no Jardim Guadalajara, em Bauru. Foi necessária a ação rápida do Corpo de Bombeiros e de técnicos de segurança da América Latina Logística (ALL) para conter o vazamento do combustível de um dos vagões, provocado por um rompimento em sua parte inferior, que transportava 60 mil litros de gasolina vindos do município de Paulínia. Não houve feridos

De acordo com informações preliminares, a estimativa era de que, no mínimo, vazaram cerca de 600 litros do combustível - podendo chegar próximo a 2 mil litros-, cujo transbordo (transferência do produto para outro vagão) continuou até a noite de ontem. Segundo José Luiz Ximenes, técnico de segurança da ALL, a quantidade exata do vazamento só será conhecida hoje.

Cerca de 40 pessoas trabalharam no local durante toda a tarde e parte da noite de ontem. Entre elas, duas guarnições do Corpo de Bombeiros, uma base móvel da Polícia Militar, agentes da ALL, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e Defesa Civil. A ação em conjunto garantiu a contenção do vazamento.

O acidente, embora não tenha deixado vítimas, deixou em alerta o Corpo de Bombeiros, agentes ambientais e Defesa Civil pelo risco de explosões devido à perda do combustível, altamente inflamável.

Riscos

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Bauru, Álvaro de Brito, a ação em regime de urgência foi primordial para que o incidente não tenha sido catastrófico. Foi necessário impedir o trânsito de veículos nas imediações.

Brito destaca que a operação de transbordo é delicada, por isso, o risco é grande. “É uma operação delicada tirar o combustível de um tanque e passar para outro. Por ser uma bomba de contenção mecânica (utilizada nesse processo), podem ocorrer faíscas, gerando risco de incêndio ou até mesmo explosões”, finaliza Brito.

A assessoria de imprensa da ALL informa que foi instaurada uma sindicância para apurar as causas do acidente e que os resultados devem ser divulgados em até 30 dias.

Técnicos da Cetesb devem fazer hoje uma raspagem do solo, no ponto do vazamento, para obter informações sobre possíveis danos ambientais.

Segundo Flávia Figueiredo, engenheira da Cetesb, o local será avaliado e amostras do solo devem ser retiradas ainda nesta terça-feira. “Vamos avaliar a situação. Devemos realizar coletas do solo exatamente no local onde aconteceu o vazamento, mas acreditamos que não devem ocorrer problemas, pois o vazamento do combustível foi contido rapidamente. Porém, só poderemos confirmar se não houve danos ambientais com o término das análises”, observa.

Falhas na manutenção

Acidentes envolvendo composições da América Latina Logística (ALL) têm sido comuns na região de Bauru. No início deste ano, o JC publicou matéria sobre um descarrilamento que resultou em uma explosão com quatro pessoas feridas, no Horto de Aimorés.

O acidente, nas proximidades do Distrito Industrial 2 de Bauru, aconteceu no dia 9 de janeiro. Com a explosão, cinco veículos foram atingidos. Das quatro pessoas feridas, uma ficou em estado grave e permanece na Unidade de Tratamento de Queimaduras do Hospital Estadual.

Na época, o prefeito Rodrigo Agostinho se mostrou preocupado com a situação dos dormentes do longo da malha férrea da ALL, pois foi constatado que muitos deles estavam podres.

Questionada obre o acidente de ontem, a assessoria de imprensa da América Latina Logística (ALL) disse em nota que a empresa está investindo cerca de R$ 650 milhões destinados ao aumento da produtividade e da segurança nas operações ferroviárias.

Entre os investimentos previstos estaria a troca de trilhos e dormentes, instalação de equipamentos de segurança na malha - como detectores de descarrilamento - e de tecnologia embarcada nas locomotivas, além de novos ativos (locomotivas e vagões) e da capacitação de suas equipes de campo.
Fonte: JCNET

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