Na região, cerca de 60 estabelecimentos vão ser atingidos pelas mudanças.
A Apas (Associação Paulista dos Supermercados) e o Governo do Estado assinaram semana passada um protocolo de intenções que prevê o fim da oferta e uso de sacolas plásticas derivadas de petróleo nos supermercados associados até 25 de janeiro de 2012, ou seja, num prazo menor que um ano.
Na região de Marília são cerca de 60 supermercados, o que representa quase 80% do total. A medida vai ao encontro dos objetivos preconizados pela campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”, que estimula o uso de sacolas biodegradáveis, em detrimento das derivadas de petróleo.
A aposentada Aurélia Cascadan não esperou pelo acordo para se tornar adepta da medida ecologicamente correta. “Já uso há algum tempo. Além de ser mais prática evita ficar acumulando desnecessariamente as sacolas plásticas”.
Delma Araújo de Lima, também aposentada, carrega no porta-malas de seu carro algumas caixas de papelão para evitar as sacolas. “Acho que é uma pequena mudança de hábito que resulta em um grande benefício ao planeta”.
O diretor regional da Apas, Placídio Messias Filho, entende que o fim do uso das sacolinhas plásticas nos supermercados da cidade é uma tendência irreversível. Ele observa que já há muita gente aderindo de forma espontânea a essa nova mentalidade. “De alguns anos para cá houve uma queda realmente considerável no uso dessas sacolas. Certamente será uma medida muito bem aceita entre os consumidores”.
Para o gerente de marketing de supermercado Bruno Gavassi, a troca das sacolinhas de plástico é uma tendência mundial e o Tauste, que é filiado a Apas, apoia o projeto.
A ação foi implantada de forma pioneira no município de Jundiaí no final de 2010 e em apenas seis meses a cidade conseguiu reduzir em 95% a distribuição de sacolas. (Gustavo Castello Branco)
Projeto quer adequar todo comércio
Aguarda inclusão na pauta do legislativo para votação um projeto de lei com teor semelhante ao da medida da Apas, mas que torna o uso de sacolas biodegradáveis ou retornáveis obrigatório em todo estabelecimento empresarial com sede no município.
O projeto é assinado pelo vereador Eduardo Nascimento, que considera sua aprovação “um compromisso com a defesa do meio ambiente”.
Os estabelecimentos ficariam passíveis de multas, que chegariam a R$ 5,1 mil, podendo evoluir para a suspensão do alvará de funcionamento em caso de infrações reincidentes.
Em agosto de 2007 a Câmara chegou a aprovar uma lei parecida, que poucos meses depois, em março de 2008, acabou revogada por iniciativa de seu próprio autor, César da ML. A justificativa seria a necessidade de estudos mais aprofundados no que diz respeito aos reais benefícios da medida ao meio ambiente.
Fonte: Diário de Marília
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