A fumaça é composta basicamente por gases, vapores e partículas sólidas, com temperatura em geral acima da temperatura do ambiente, formando uma mistura química complexa. Sua expansão está diretamente ligada ao fenômeno da convexão. Durante a combustão, os gases aquecidos sofrem uma expansão que os tornam menos densos que os gases frios. Como resultado, eles são projetados para cima em forma de cone até que atingem o teto e se espalham para as laterais, ocupando o espaço que antes estava preenchido pelos gases frios e os empurrando em direção ao chão. A fumaça, o calor e os gases tóxicos, vão continuar se espalhando horizontalmente, pelo teto, até que encontrem uma abertura para atingir um nível mais elevado.
Além de ser a maior responsável pelas mortes durante incêndios em todo o mundo, tomando para si a responsabilidade de aproximadamente 70% delas durante este tipo de sinistro, a temperatura da fumaça no foco do incêndio pode chegar a 600°C. Nos ambientes com fumaça aquecida que não dispõem da quantidade mínima necessária de oxigênio para dar suporte à combustão, a união entre a fumaça, o calor e os gases frutos de uma combustão incompleta, quando misturados ao ar fresco, cria uma situação perfeita para o rápido surgimento do fogo ou uma possível explosão.
Podemos considerar cinco atributos importantes para a análise da fumaça, são eles: Volume, fluxo, densidade, cor e toxidade. Neste texto, apenas os dois primeiros são relevantes.
O volume da fumaça é um dos atributos mais preocupantes durante uma evacuação. Em geral, ele é considerado para o cálculo prévio da quantidade de material interagindo na combustão. Embora este indicador careça de precisão, as tecnologias atuais de exaustão mecânica de fumaça utilizam este atributo como elemento chave de seu dimensionamento.
O fluxo da fumaça que sai de uma edificação é um indicador importante da pressão gerada pela expansão dos produtos da combustão. A análise deste fluxo pode fornecer dados importantes como a fase a qual o incêndio se encontra ou mesmo a localização do foco do incêndio. Fluxo extremo com expansão turbulenta denota altas temperaturas no foco do sinistro, assim como uma progressão rápida do incêndio. Analogamente, baixas velocidades indicam baixas temperaturas.
Fonte: Revista Emergência
Nenhum comentário:
Postar um comentário