segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Promotor diz que Hospital das Clínicas não tinha plano para incêndio
Para ele, ao invés de seguir um plano de desocupação previamente estabelecido, do qual deveria prever como e para onde os pacientes deveriam ser conduzidos, a desocupação foi feita de improviso.
"[O incêndio] Desnudou uma falha que, felizmente, por um ato de heroísmo das pessoas que estavam lá, não gerou uma tragédia maior", disse ele, que participa do Grupo de Atuação Especial da Saúde Pública e que, ontem, esteve reunido com a superintendência do HC.
Mapelli Júnior disse ainda que o episódio do HC também demonstrou que São Paulo não tem um planejamento para grandes emergências. O Estado não teria como atender, por exemplo, as vítimas do acidente da TAM em Congonhas, se elas tivessem sobrevivido.
Um exemplo disso, afirma o promotor, é que até ontem (27) o HC não havia definido para onde mandar seus pacientes. Isso só deve ocorrer hoje (28).
Mapelli Júnior e a promotora Anna Trotta Yaryd investigam o incidente e acompanham os pacientes. Também querem saber se houve negligência da direção do hospital.
Um exemplo é o adiamento da obra de reforma da subestação de energia do subsolo do Prédio dos Ambulatórios, onde começou o incêndio. Conforme a Folha revelou ontem, a obra estava prevista desde 2005, mas não foi realizada.
Outra dúvida é saber se o hospital tem alvará de funcionamento expedido pelo Corpo de Bombeiros. Há dois dias a Folha procura a corporação, mas não obtém resposta.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
A Prevenção como Parte do Negócio
Consultor e palestrante especialista em Segurança no Trabalho
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Cuide bem da sua alimentação
Há ainda categorias de alimentos que são dispensados de registro mas estão sujeitos à vigilância sanitária. São exemplos os biscoitos, cafés, chás, chocolates e gelados comestíveis (sorvetes e picolés).
É preciso ler atentamente os rótulos dos alimentos. Por meio da rotulagem o consumidor pode conhecer a lista de ingredientes, a origem do produto, a informação nutricional obrigatória e o número do lote, que permite a rastreabilidade do produto.
Quem vai encomendar a ceia em restaurantes, buffets, padarias ou confeitarias, deve ficar atento às condições sanitárias do serviço, em especial do ambiente onde os alimentos são manipulados. Ao comprar aves como o peru é preciso observar alguns aspectos, em especial se as condições de refrigeração são adequadas.
Cuidados adequados que abrangem desde a preparação até a venda do alimento, reduzem os riscos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) e garantem a segurança no consumo.
Bacalhau
Engana-se quem pensa que o consumo de bacalhau é alto apenas no Natal dos portugueses. A tradição vem conquistando o Brasil. De janeiro a novembro de 2006 o Brasil importou da Noruega cerca de 24 toneladas do pescado. Em 2007, até o mês de novembro, as importações já respondiam por quase 26 toneladas, segundo o Conselho Norueguês da Pesca no Brasil.
Na hora da compra certos cuidados são necessários. Odor desagradável, amolecimento da carne e manchas avermelhadas podem indicar que o bacalhau está impróprio para o consumo.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Muito cuidado com as festas da sua empresa
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Trabalhadores contra a dengue
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Carrefour Jundiaí interditado pela Vigilância Sanitária
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Estabilidade do Cipeiro
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Agrotóxico é trocado pelo uso de água
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
O Milionário
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Identificando perigos
As normas de segurança foram desenvolvidas a partir dos anos 90, como resposta ao crescente uso de novas e complexas tecnologias e em função de experiências com acidentes de proporções catastróficas, até mesmo os acidentes menos graves, porém com grande freqüência. A norma internacional EC 61508 (Functional Safety of Electric, Electronic and Programmable Electronic Safety, Related Systems) pode ser aplicada diretamente a qualquer processo industrial que utilize produtos e sistemas de segurança E/E/PE (elétricos/eletrônicos e eletrônicos programáveis), independentemente do tipo de aplicação. Já a IEC 62061 é mais específica para a área de manufatura. Essas normas são do tipo orientadas. Diferentemente das normas prescritivas, elas não estão focadas na especificação de sistemas, parâmetros ou condições técnicas de determinadas aplicações. Elas se norteiam pelo princípio básico de que quanto maior o nível de risco do acidente, tanto melhor deverá ser o desempenho e a integridade do sistema de segurança utilizado. Tais normas classificam os sistemas de segurança através do seu SIL (Nível de Integridade de Segurança), que pode variar de 1 a 4, sendo que quanto maior esse número, melhor será o desempenho. A classificação do SIL, além de quantificar a confiabilidade do sistema de segurança quanto às possíveis falhas de hardware e software, também classificam os sistemas de segurança em relação às falhas sistemáticas. Falhas sistemáticas são aquelas provocadas por erro humano, elas podem ser encontradas nas atividades de: especificações do projeto, instalação, implementação de hardware ou software, manual do usuário, procedimentos de operação, manutenção, calibração, etc.
Iniciativas
As ações de todos os interessados na prevenção de acidentes, como dos trabalhadores, governo, empresas e sociedade, convergem para medidas de redução de risco. Essas ações são manifestadas através de decretos governamentais, documentações prescritivas, como normas e notas técnicas, ou utilizando um formato mais funcional. Essas iniciativas são realistas, pois não objetivam reduzir a zero o risco de acidentes em máquinas, mas sim, assegurar que todos os riscos existentes na sua utilização, sejam reduzidos a um valor mínimo.
Normas como a NBR NM 213 orientam sobre como projetar máquinas seguras. A norma NBR 14009 (Princípios para Apreciação de Riscos) deve ser aplicada para a identificação e avaliação dos riscos existentes, bem como a determinação das funções de segurança, necessárias para evitar a ocorrência de acidentes.
O Impacto
Em função dos conceitos de aplicação da segurança funcional em máquinas, podemos concluir que a segurança deixa de ser vista apenas como um ônus social para as empresas, passando a ter papel decisivo na sua saúde financeira. A Segurança Funcional deve ser aplicada tanto pelo fabricante de máquinas, como pelo empregador, protegendo o trabalhador das falhas do equipamento e, principalmente, dos acidentes previsíveis gerados pelo mau uso ou pela falha humana.
Autor: José Carlos de Miranda Roque
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Marceneiro que teve mão esmagada ganha indenização por dano moral
O reclamante encontra-se afastado desde 2001, recebendo auxílio-doença acidentário. Contratado como marceneiro, ele acidentou-se quando, juntamente com a peça que estava sendo produzida, a sua mão esquerda foi puxada pelo rolo compressor da prensa e esmagada.
Segundo informações da perícia, "as lesões encontram-se consolidadas e o reclamante está incapacitado, permanentemente, para exercer o trabalho que desenvolvia habitualmente".
No entendimento da Turma, diante das provas, a empresa agiu com culpa. Embora o reclamante tenha sido treinado para exercer a função, a máquina na qual sofreu o acidente não apresenta sistema de segurança (mecanismos de desligamento automático, tais como, células fotoelétricas) para impedir que o trabalhador tivesse sua mão e dedos esmagados, sendo, inclusive, o terceiro acidente semelhante, ocorrido na empresa.
A Turma também chegou à conclusão de que o reclamante não teve culpa no acidente, pois o comando de desligamento situado em cada lado da prensa encontra-se distante dos cilindros e se houver o esmagamento da mão, o trabalhador não consegue, devido à distância, alcançar o comando de desligamento.
Constatados os prejuízos à saúde do trabalhador, com o sofrimento físico e mental, já que terá de conviver pelo resto da vida com as seqüelas do acidente, o relator entendeu configurado o dano moral sofrido pelo empregado.
“Nos 07 anos de afastamento, por certo, o reclamante deixou de galgar promoções e aumentos de níveis/salariais, nunca mais podendo retornar ao status quo ou recuperar o tempo perdido, tendo em vista a sua incapacidade para o trabalho decorrente da conduta negligente de sua empregadora” - finaliza.
Por esses fundamentos, a Turma entendeu que a indenização por dano moral fixada em R$40.000,00 mostra-se compatível com o dano sofrido e atende aos fins pedagógicos da pena.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Cientistas apontam hidrogênio como fonte de energia do futuro
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Corpo de Bombeiros simula 3 acidentes e treina 40 homens
As equipes foram divididas em três bases e tinham a missão de atender três ocorrências. Para o local foram destinadas três viaturas do resgate, um caminhão e uma ambulância, que foram utilizadas no resgate das supostas vítimas.
Segundo o tenente Daniel Afonso Scaranello, comandante da ação, o treinamento que acontece anualmente, tem como objetivo preparar os integrantes da equipe para ocorrências de alto risco, analisando dessa forma o desempenho do grupo, apontando acertos e falhas. “Hoje simulamos três ocorrências sendo um acidente aéreo, um incêndio e o resgate de uma pessoa após um acidente de trânsito”, detalhou.
Em cada base um bombeiro ficou responsável em analisar o trabalho e apontar os erros cometidos, caso houvesse. Esse resultado só é divulgado para cada equipe, onde é realizado um balanço de toda a ação.
O trabalho teve início às 10h e a simulação acabou chamando a atenção dos moradores das imediações, que foram até o local para acompanhar o resgate. A área estava interditada e apenas as equipes, que trabalhavam na ação, tiveram acesso a ela por questões de segurança.
Breve Balanço
Um caminhão com escada magirus foi utilizado para o resgate de um suposto acidente áereo, onde havia uma vítima.
De acordo com Scaranello, o planejamento era que a ação durasse cerca de 1h, porém os trabalhos foram finalizados em menos de 50 minutos, o que mostra agilidade no trabalho do grupo.
No ano passado a simulação aconteceu no início do mês de novembro. Na ocasião o treinamento contou com a participação do Policiamento de Área, Polícia Rodoviária, Suatrans, Autoban, Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e Defesa Civil.
O objetivo era treinar homens do grupamento e demais participantes em ocorrências que envolvessem produtos perigosos. “Cada ação cobra da equipe uma nova estratégia. Aqui foram treinados além da agilidade, atendimento rápido às vítimas, atendimento em caso de acidente aéreo, acidente de transporte e ação durante um incêndio”, completou.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Doenças do trabalho triplicam
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Amianto: proibição, uso controlado ou imobilização?
O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural que pertence ao grupo dos silicatos cristalinos hidratados. Asbestos têm origem grega e significa "incombustível". A palavra amianto é de origem latina (amianthus) e quer dizer "incorruptível". As duas palavras são sinônimas, porém o termo amianto é mais empregado nos países de línguas neolatinas, entre eles o Brasil.
As serpentinas, como se observa no esquema, têm como principal variedade a crisotila (que, em grego, significa "fibra de ouro"). Também conhecida como amianto branco, essa variedade corresponde à cerca de 98,5% de todo amianto consumido no mundo. Suas fibras são curvas e sedosas. Os anfibólios são fibras duras, retas e pontiagudas. Agrupa-se em cinco variedades principais: amosita (amianto marrom), crocidolita (amianto azul), antofilita, tremolita e actinolita. Do ponto de vista econômico, os dois primeiros são os mais importantes. Muito utilizados até os anos 70, atualmente estão em desuso, por causa de seus efeitos sobre a saúde. Hoje, o amianto marrom e o amianto azul representam menos de 2% do consumo mundial, têm sua produção localizada na África do Sul e seu uso está praticamente em extinção.
Além de ser um material relativamente barato e de fácil extração, a estrutura fibrosa do amianto confere a ele propriedades físicas e químicas especiais, que o torna virtualmente indestrutível. Caracteriza-se por possuir propriedades que se destacam quando comparadas com outros materiais: alta resistência mecânica (comparada ao aço); elevada superfície específica, a qual indica o grau da abertura do material; incombustibilidade; baixa condutividade térmica; resistência a produtos químicos, particularmente estável em diferentes valores de pH; capacidade de filtrar microorganismos e outras substâncias nocivas; boa capacidade de filtragem; boa capacidade de isolação elétrica e acústica; elevada resistência dielétrica; durabilidade, resistindo ao desgaste e ABrasão; flexibilidade; afinidade com cimentos, resinas e isolantes plásticos; parede externa de caráter básico e compatível com a água e facilidade para ser tecido ou fiado.
Por conta destas propriedades as fibras de amianto crisotila são empregadas no Brasil e no mundo, em milhares de produtos industriais, sendo, cerca de 85% do seu uso na indústria de cimento-amianto ou fibrocimento (folhas e caixas d'água), 10% em materiais de fricção (autopeças) e 5% em outras atividades, sendo têxteis 3%, químicas/plásticas 2%.
O amianto foi, também, amplamente utilizado nas décadas de 40 e 50, na América do Norte, na Europa, na Austrália e no Japão, como isolante térmico e elemento de proteção contra o fogo. Essa aplicação era feita por jateamento (spray) de fibras e pó de amianto principalmente em construções metálicas, em caldeiras, geradores, vagões e cabinas de navios e trens, visando proteger passageiros e instalações dos efeitos de um eventual incêndio. Nessa aplicação, os trabalhadores eram expostos a quantidades excessiva de fibras em suspensão no ar. Por esse motivo, no início dos anos 70 o jateamento foi sendo progressivamente proibido em muitos países e praticamente já não existe no mundo inteiro.
O uso comercial desenfreado do produto no último século, levou a sua distribuição descontrolada pelo do mundo industrializado e a sua dispersão no ambiente. Com isso, alguns países da Europa proibiram sua utilização, bem como os produtos que o contenham, devido às doenças ocupacionais relacionadas à inalação de fibras de amianto. Asbestose, câncer de pulmão, mesotelioma e afecções benignas da pleura são as doenças, no aparelho respiratório, associadas à exposição às fibras de amianto.
Feixes de fibras que são capazes de se separar em diâmetros de 0-1 mm sem diminuição no comprimento, são particularmente perigosas, pertencendo a crisotila à categoria dos mais nocivos pois cada fibra desta variedade se separa num diâmetro médio de 0,25 mm. Além disso, há demonstrações de que um dos fatores responsáveis pela atividade biológica das fibras de asbesto crisotila está relacionado com a sua estrutura química, particularmente em relação à reatividade superficial do mineral.
O amianto no Brasil Até o final dos anos 30, o Brasil importava todo o amianto que consumia. No início da década de 40, começaram a ser pesquisadas no país pequenas jazidas, como a de Pontalina, no sul de Goiás. Porém essa produção ainda era insuficiente para as necessidades do mercado. Esse quadro começou a mudar em 1939, com a fundação da S.A. Mineração de Amianto - SAMA, que no ano seguinte implantou no município de Poções, na Bahia, a mina de São Félix. Essa unidade chegou a ter trezentos funcionários, mas foi desativada em 1967 por esgotamento de suas reservas. Nesse período, houve exploração de outras minas - entre as quais a de São João do Piauí e a da região de Batalha, em Alagoas.
Além disso, trouxe grande desenvolvimento econômico e social à região, desde o início das atividades de extração e mineração das fibras de amianto crisotila. Ao redor da mina de Cana Brava, tornou-se um próspero município, Minaçu, com cerca de 60 mil habitantes, beneficiados de várias formas por sua atividade.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, preocupado com o impacto sócio-econômico da região com o banimento do amianto crisotila, em artigo de esclarecimento, publicado no jornal Folha de São Paulo (19/03/2001), saiu em favor à exploração do amianto por se preocupar com as milhares de famílias que, de alguma forma, tiram seu sustento do minério. Segundo ele, a proibição da crisotila advém de interesses econômicos internacionais, pela disputa de mercado, em substituir o mineral por fibras alternativas. Ainda nesse artigo, Perillo diz que a espécie de amianto explorada no Brasil não traz conseqüências maléficas à saúde humana, como a espécie explorada na Europa (anfibólio), visto que instituições sérias de pesquisa comprovaram o fato, e que a história da nocividade se baseia em estudos realizados no exterior, fornecidos pelo lobby que luta pelo banimento.
Está claro que há um jogo de interesse envolvido. De um lado está o perigo causado pela inalação das fibras de amianto, que pode condenar os trabalhadores à morte, de outro está a preocupação do governo de Goiás com a situação de desemprego, em Minaçu, que o banimanto acarretaria, e ainda há a questão do interesse econômico em substituir as fibras por outras alternativas, na briga pelo mercado.
O amianto é um material quase único no seu conjunto de propriedades. Em geral, para substituí-lo são necessárias várias outras substâncias, o que, ainda assim, raramente tem significado vantagem na comparação com o amianto. Alguns dos produtos alternativos já desenvolvidos foram inviabilizados por apresentarem custo muito superior, além de exigir investimentos em equipamentos e tecnologia. Há também a dificuldade técnica do desempenho do substituto, especialmente em aplicações como freios de veículos pesados (caminhões e trens) e sistemas de vedação e isolamento na indústria aeroespacial. Até hoje, nesses usos, nenhum outro produto ofereceu a eficiência e a segurança do amianto. E há ainda a questão do risco à saúde: as novas fibras devem ser mais seguras. No entanto, as pesquisas médicas indicam que os efeitos do amianto sobre a saúde são comuns à maioria das fibras, ou seja, em dimensões e doses suficientes, as fibras alternativas com durabilidade e persistência no tecido pulmonar podem ter efeitos nocivos semelhantes, por vários anos. É preciso ponderar: enquanto o amianto tem sido estudado exaustivamente há mais de cinqüenta anos, conhecendo-se bem os limites de seus efeitos sobre os trabalhadores expostos em várias condições, as demais fibras são de uso mais recente (10 a 20 anos), e será necessário um período mais longo para que sua ação, a longo prazo, seja conhecida.
Considerando esses aspectos, a Organização Mundial de Saúde publicou o Critério de Saúde ambiental 151, no qual recomenda: "Todas as fibras respiráveis biopersistentes devem ser testadas quanto à toxicidade e à carcinogênese. Exposições a essas fibras devem ser controladas da mesma maneira que para o amianto". Ou seja, todas as fibras respiráveis devem estar dentro do limite de tolerância, em que não há risco à saúde do trabalhador. Em virtude disto, houve uma preocupação muito grande para retirar a propriedade fibrosa da superfície do amianto. Três métodos de impermeabilização de amianto foram desenvolvidos: i) vitrificação in situ por efeito Joule; ii) fusão das fibras de amianto utilizando-se plasma (processo INERTAM); iii) destruição das fibras em matriz vítrea de fosfato.
O método de vitrificação in situ baseia-se no princípio de que os vidros fundidos conduzem eletricidade. Como o solo é bastante rico em silício (solo arenoso e/ou argiloso) o seu aquecimento em temperaturas elevadas (1400 - 1800°C) resulta na formação de uma massa fundida [passagem do estado sólido para o estado líquido, por exemplo como na transformação do gelo (água no estado sólido) para água no estado líquido]. Nesta condição este material líquido conduz corrente elétrica. O aquecimento do amianto, em alta temperatura, resulta na formação de um vidro. Esta técnica depende das propriedades do solo, da morfologia e da condutividade. Depende do tamanho de grão, do contato entre eles, da presença de íons de metais alcalinos e alcalinos terrosos, depende da quantidade de oxigênio nestes íons, da mobilidade dos íons, da viscosidade do material fundido e presença de água.
O processo INERTAM consiste no tratamento do amianto a ser vitrificado sobre o efeito de plasma quente até o ponto que permite a obtenção de uma massa vítrea inerte, não se comportando como fibras de amianto. Este método é muito caro e implica no transporte do amianto, em sacas, até o local para tratamento. O método que envolve a destruição de amianto em matrizes fosfatos baseia-se no tratamento das fibras de amianto pelo uso de uma substância coloidal, chamada coacervato. Esta substância, parecida com um gel, é formada a partir de um polímero inorgânico de fosfato, um sal de cálcio e água, os quais não apresentam quaisquer riscos à saúde e que se encontram em pequenas quantidades na própria água que bebemos e no creme dental que utilizamos. Este método foi desenvolvido pelo prof. Vast da Universidade de Lille, França. A vantagem deste método na destruição das fibras de amianto se deve ao fato de que o coacervato é capaz de molhar e de envolver as fibras, tornando-as facilmente manipuláveis. Ainda, o coacervato atua como agente fundente, ou seja, reduz a temperatura de fusão destas fibras minerais, permitindo assim a sua destruição em temperaturas inferiores a 1000°C.
Os pesquisadores Marco Antonio Utrera Martines e Véronique Andriès (Pós-Doutorandos), Daniela Grando (Mestrando) e os professores doutores Younes Messaddeq e Sidney José Lima Ribeiro, do grupo de Materiais Fotônicos do Instituto de Química da Unesp - Araraquara, pesquisam a imobilização de fibras de amianto crisotila, a partir de solução de polifosfato de sódio e de coacervatos de cálcio, de magnésio e de zinco. Outro trabalho desenvolvido pelo grupo é a destruição das fibras de amianto em pisos cerâmicos utilizando-se coacervatos de cálcio. Os resultados obtidos a partir desta proposição sugerem que se possam obter diversos materiais potencialmente interessantes, através de tratamentos térmicos adequados. Pode-se obter, por exemplo, materiais cerâmicos com elevada estabilidade mecânica e térmica a semelhança dos chamados cimento-amianto, assim como materiais compósitos coacervato-amianto com propriedades térmicas interessantes. Outro aspecto importante deste projeto de pesquisa é a destruição das fibras de amianto pela formação de vidros quando aquecido a temperatura acima de 800°C.
Este projeto de pesquisa, no valor de R$ 40.000,00, é financiado pela Fapesp. Os pesquisadores Marco Utrera Martines e Daniela Grando também são bolsistas da Fapesp.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
FOGO OU INCÊNDIO
TETRAEDRO DO FOGO
- O Calor: é o elemento que serve para dar início a um incêndio, mantém e aumenta a propagação.
- O oxigênio: é necessário para a combustão e esta presente no ar que nos envolve.
- O combustível: é o elemento que serve de propagação do fogo, pode ser sólido, líquido ou gasoso.
- Reação em Cadeia: A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
- Resfriamento: o resfriamento é o método de extinção mais usado, consiste em retirar o calor do material incendiado.
- Interrupção da Reação Química em Cadeia: é caracterizada pela ação do pó químico seco que interrompe a reação da combustão.
TRANSMISSÃO DO CALOR
1ª) Condução: pelo contato direto de molécula a molécula. Por exemplo: uma barra de ferro levada ao fogo.
2ª) Convecção: é a transmissão do calor por ondas caloríficas.
3ª) Irradiação: é a transmissão do calor por raios caloríficos.
CLASSIFICAÇÃO DOS CAUSAS DE INCÊNDIO
1ª) Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do homem. Exemplo: Vulcões, terremotos, raios, etc.
2ª) Causas Acidentais: São inúmeras. Exemplo: eletricidade, chama exposta, etc.
3ª) Causas Criminosas: são os incêndios propositais ou criminosos, são inúmeros e variáveis. Exemplo: pode ser por inveja, vingança, para receber seguros, loucura, etc.
CAUSAS MAIS COMUNS DE INCÊNDIOS
- Vazamento de gás;
- Improvisações nas instalações elétricas;
- Crianças brincando com fogo;
- Fósforos e pontas de cigarros atirados a esmo;
- Falta de conservação dos motores elétricos;
- Estopas ou trapos envolvidos em óleo ou graxa abandonados em local inadequado.
CLASSES DE INCÊNDIO
Classe B: fogo em líquidos inflamáveis, o abafamento é o melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em gasolina, óleo e querosene, etc.
Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados, agente extintor ideal é o pó químico e o gás carbônico. Exemplo: Fogo em motores transformadores, geradores, etc.
Classe D: fogo em metais combustíveis, agente extintor ideal é o pó químico especial. Exemplo: Fogo em zinco, alumínio, magnésio, etc.
EXTINTORES
Extintor de Água Pressurizada:
Combate princípios de incêndios de classe ª extingue o fogo por resfriamento, não dever ser usado em aparelhos elétricos energizados.
Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de segurança e apontar o mangotinho para a base do fogo apertando o gatilho.
Extintor de Gás Carbônico:
Pode ser usado em incêndios de classe A, B e C, é mais indicado para equipamentos elétricos energizados.
Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, retirar o pino de segurança, apontar o difusor para a base da chama e apertar o gatilho, movimentar o difusor de um lado para o outro.
Extintor de Pó Químico Seco:
1º) Pó Químico Pressurizado: pode haver perda de carga devido a petrificação do pó.
2º) Pó Químico Especial: usado para incêndios em classe D.
Os extintores de pó químico seco podem ser usados em todas as classes de incêndios, não devem ser usados em centrais telefônicas ou computadores porque deixam resíduos. Não tem boa atuação nos incêndios da classe A e é preciso completar a extinção jogando água.
Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de segurança, apontar o difusor para a base do mesmo e apertar o gatilho, fazer movimentos de um lado para o outro.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Conjunto de análises promete operação eficaz contra os acidentes de trabalho
Adotando-se uma visão prevencionista, deve-se considerar como causa de acidentes qualquer fator que, se não for removido a tempo, conduzirá ao acidente. A importância deste conceito reside no fato incontestável de que os acidentes não são inevitáveis e não surgem por acaso, mas sim são causados e passíveis de prevenção através de conhecimento e eliminação, a tempo, de suas causas. Os atos inseguros são os fatores pessoais dependentes das ações dos homens que são fontes causadoras de acidentes. As condições inseguras estão ligadas às condições do ambiente de trabalho que são fontes causadoras de acidentes.