O que o novo Papa Francisco tem a nos ensinar sobre liderança? Muito! A escolha de um pontífice da escola franciscana demonstra que a igreja católica sinalizou que precisa de mudanças. E mudanças urgentes!
Por: Rogerio Martins
O que o novo Papa Francisco tem a nos ensinar sobre liderança?
Muito! A escolha de um pontífice da escola franciscana demonstra que a igreja
católica sinalizou que precisa de mudanças. E mudanças urgentes!
O Papa Francisco é o ponto de mutação de uma igreja desgastada por
escândalos sexuais, improbidade administrativa, perda de fieis (principalmente
no Brasil), ostentação enquanto parte do mundo sofre com a miséria e outras
coisas mais.
Ultimamente tivemos o Papa pop (carismático), o Papa centralizador e agora
chegamos à era do Papa do povo (ao menos é o que parece). Simpático, acessível,
modesto, humilde, conciliador e algumas outras características que estamos
descobrindo a medida que vai tomando ações tão esperadas há anos pelos católicos
do mundo.
O fato é que o Papa Francisco tem habilidades necessárias a um
grande líder. Seu sorriso largo e franco é
importante para atrair a simpatia de seus seguidores. Em uma equipe o verdadeiro
líder é aquele que consegue manter o bom humor e a simpatia mesmo em situações
mais críticas. Isso não quer dizer que é preciso parecer bobo e rir de tudo e à
toa. Aquele que mantém um semblante carrancudo, mais parecendo estar de mal com
a vida, afasta as pessoas. Nem adianta dizer que está aberto ao diálogo porque
ninguém irá se sentir a vontade com uma pessoa sisuda e de “cara fechada”.
Certamente que não se muda isso do dia para a noite, mas é fundamental observar
a si próprio para provocar as mudanças desejadas.
Outra característica importante de liderança que o Papa Francisco demonstra é
a humildade. Alguns exemplos: ele mudou o trono dourado por uma cadeira
de madeira. Aliás, algo mais apropriado para o discípulo de um carpinteiro.
Aproxima-se dos fieis sem receio, beijando doentes e pobres sem medo ou nojo.
Não aceitou a estola vermelha bordada a ouro ou a capa vermelha, utiliza suas
vestes mais simples e brancas (símbolo internacional da paz). Uma grande prova
de humildade é usar os mesmos sapatos pretos velhos e dispensar o luxuoso carro
papal, utilizando um modelo mais simples. Também rejeitou o anel de ouro
maciço, utilizando um que é apenas banhado a ouro, de valor menor, simbolizando
um gesto de desapego às riquezas. Por fim, usa sob a batina as mesmas calças
pretas, para lembrar-se de que é apenas um sacerdote.
Quantas lições podemos retirar destes atos de humildade e simplicidade? Um
líder que se desapega do restaurante gerencial para vez em quando almoçar com
sua equipe pode ser um exemplo. Outro é o gestor que leva um funcionário,
devidamente preparado, a uma reunião para conduzir a apresentação de um projeto
importante da área. O gerente que elogia um funcionário em público ou para sua
chefia devido a um desempenho ou resultado superior. Na verdade toda forma de
reconhecimento justo é uma maneira de demonstrar humildade. Todos querem ser
reconhecidos por seus méritos, por suas realizações. Quando o líder faz isso
acaba criando um sentimento de justiça e reforça o comprometimento da
equipe.
O Papa Francisco tem tudo para se tornar um
líder religioso e mundial positivamente inesquecível. Sua popularidade é
reforçada pelas atitudes simples e na ênfase nas relações humanas. Ao se aproximar das pessoas e mostrar-se acessível
conquista seus discípulos. Com o gestor em uma organização a estratégia não pode
ser diferente. Aquele que se aproxima de seus funcionários, sem sufocar, cria
confiança. Aquele que ouve seus subordinados, sem retaliação, cria respeito.
Aquele que se coloca disponível para a equipe, com simpatia e humildade, cria
relacionamentos sólidos gerando comprometimento e resultados.
Vamos aguardar quais novas lições o Papa Francisco ainda poderá nos
presentear. Certamente teremos muito o que aprender com suas atitudes, filosofia
e estilo de vida. Agora realmente podemos afirmar:“Habemus
Papam!”.
Fonte: administradores.com.br
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