sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Aposentado por invalidez pode requerer quitação do seu imóvel
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Missão Bombeiro
Na cidade, o povo mantém sua rotina ordeneira e trabalhadora. Num bairro pobre da zona leste, uma senhora se prepara para fazer o que faz todos os dias, que é limpar a casa. não a sua, neste horário, mas a da sua patroa.
Neste dia porém, a pessoa que costuma ficar com seu filho de apenas 2 anos e 2 meses não pôde comparecer por problemas de saúde. Por isso, sem outra alternativa, esta senhora, que a partir de agora lhe daremos o codinome "Eva", levou consigo seu filho.
Nos bombeiros, tudo continuava calmo. As guarnições saem somente para abastecimento de combustível. Inclusive a que chamamos de "Comando Operacional" que tinha no seu interior um capitão e um cabo, esta também está nas ruas tanto para serviços administrativos quanto para apoio das guarnições.
Em dado momento, ouve-se pelo rádio a seguinte conversação:
- "ABS, COBOM. - "QRV". "Desloque-se ao bairro São Francisco entre na rua União à direita e em seguida dobre na sexta rua à esquerda. A ocorrência é no final desta. - "Qual a situação?" - "Uma criança caiu de cabeça para baixo dentro de um balde com água".
Dali alguns minutos, uma nova mensagem é ouvida pelo rádio de comunicação:
- "OK, ABS! A criança está em óbito. A mãe dela nos passou que estava mergulhada no líquido a mais de 20 minutos.
Lá chegando, deparou-se com uma mulher (Eva, lembra?) com uma criança no colo (seu filho), este estava desacordado. O capitão foi para o baú da viatura com a criança enquanto o cabo conduzia a viatura para o Hospital de Base.
No baú, o socorrista procurou verificar a respiração da criança, e constatou que a mesma não mais respirava. Fez ventilação artificial (boca a boca, pois não tinha o chamado "ambu"), observou que a caixa torácica movimentava (estava com a passagem do ar desobistruida), repetiu a manobra e observou a mesma coisa, aferiu então o pulso braquial e não conseguiu senti-lo (inconsciência, sem respiração e sem pulso). De imediato optou por uma manobra de "reanimação cardiopulmonar" na criança, vindo esta voltar a respirar no segundo ciclo.
Daí por diante, durante todo o percurso esta criança foi monitorada através dos sentidos: tato, audição e visão do socorrista. Por mais duas vezes a criança veio a parar de respirar. Voltou em ambas graças a pronta intervenção do socorrista, isso tudo presenciado por Eva.
No hospital ouve um princípio de desentendimento, pois o chefe da equipe médica, depois de analisar sumariamente a criança, que naquele momento gritava e chorava, mandou que os bombeiros a levasse para o hospital Cosme e Damião, daí o comandante daquela GU negou e disse que a criança já estava ali, o médico já a analisou e a responsabilidade era de e que para transportar-la para outro hospital era de responsabilidade da equipe médica de plantão.
Resultado: a criança ficou no hospital junto com os bombeiros e foi devidamente atendida.
Mais uma vez o Corpo de Bombeiros cumpriu sua missão: "Vidas alheias e riqueza, salvar".
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Crianças: Primeiros Socorros
- Em caso de fratura exposta, cubra o ferimento com gaze ou pano limpo. Nunca tente realinhar o membro ou "encaixar" o osso, pois isto agravará a situação;
- Antes de levar ao hospital, imobilize o segmento lesado com uma tábua, papelão ou madeira;
- Ofereça um analgésico se a criança estiver consciente e com dor e a mantenha em jejum, pela possibilidade de cirurgia;
- Eleve, se possível, as áreas inchadas e coloque uma bolsa de gelo por cima;
- Se ocorrer hemorragia, faça uma compressão do local com panos limpos.
Nunca deixe um ferimento grave aberto por mais de seis horas, caso contrário ele se contaminará, aumentando o risco de infecção. Antes de ir ao pronto-socorro, faça o seguinte:
- Lave o local com água corrente e comprima levemente com um pano limpo, até parar o sangramento;
- Não coloque medicamentos ou soluções caseiras no local, para evitar alergia ou infecção;
- Se houver necessidade de sutura, ela deverá ser realizada no hospital, com anestesia local. A retirada dos pontos será definida pelo médico, em função do tipo, profundidade, extensão e localização do ferimento.
- A primeira providência a ser tomada é isolar a vítima do agente causador do acidente e, em seguida lavar com água corrente limpa a área queimada;
- Seque o local de forma delicada, utilizando um pano limpo, pedaços de gaze estéril ou compressas. Evite usar algodão;
- Se a roupa estiver grudada na área queimada, tenha muito cuidado. Lave a região até que o tecido possa ser retirado delicadamente, sem aumentar a lesão. Se continuar aderido à pele, recorte-o ao redor do ferimento;
- Se a queimadura ocorreu por exposição a um agente químico ou cáustico, faça o contrário: remova a roupa para evitar que o produto permaneça em contato com a pele;
- Não coloque água muito fria, gelo, sabão ou qualquer produto químico sobre a região lesada. Isso pode agravar a área machucada;
- Proteja o local com um pano de tecido limpo e, se surgirem bolhas, não as rompa;
- Para diminuir o inchaço, mantenha a região mais elevada que o resto do corpo e, se a pessoa sentir muita dor, administre analgésicos comuns.
Tente sempre manter os produtos perigosos fora do alcance das crianças. E, em caso de intoxicações proceda assim:
- Telefone para o centro de informação toxicológica de sua cidade;
- Transporte a vítima para o Pronto Socorro o mais rápido possível e leve o tóxico responsável;
- Não administre líquidos, principalmente se a pessoa estiver sonolenta ou inconsciente;
- Não tente provocar vômitos, especialmente se o produto ingerido for cáustico;
- Certifique-se de que a criança consegue respirar.
"Se a intoxicação ocorreu por inalação, retire a pessoa do ambiente tóxico, remova suas roupas, sem deixá-la passar frio e procure por queimaduras químicas. Se houver contato, remova as roupas da vítima, lave a região afetada com água corrente e sabão neutro e aplique compressas frias para diminuir a coceira" explica a Dra. Renata Waksman.
Alguém caiu e bateu a cabeça ou sofreu um grave acidente? Leve imediatamente ao hospital, tomando os seguintes cuidados:
- Se o local estiver sangrando, pressione uma bolsa de gelo ou pano limpo;
- Se a pessoa estiver consciente e respirando, deite-a de lado e coloque os ombros e a cabeça ligeiramente elevados;
- Fique atento para a possibilidade de fratura de crânio, para a presença de dor, sensibilidade e hemorragia no couro cabeludo, além de inchaço ao redor da ferida e perda de consciência.
"Leve a criança novamente ao pronto-socorro se, no período de observação (12 horas), ela apresentar episódios de náuseas ou vômitos, dor de cabeça ou tontura persistente, sonolência excessiva, palidez, convulsões, tremores ou presença de sangue no nariz, ouvido ou boca" alerta a pediatra.
"Meu nariz sangra nos piores lugares ou momentos, como no meio de festas, em provas na escola ou até em restaurantes e eu nunca sei o que fazer!" conta Cesar Ribeiro. Veja como agir neste casos:
- Coloque a pessoa na posição sentada, com o tronco inclinado para frente, para evitar a deglutição de sangue;
- Pressione as narinas, com os dedos em forma de pinça, na região acima da ponta do nariz;
se possível, aplique compressas frias. Após alguns minutos afrouxe a pressão vagarosamente e não permita que ela assoe o nariz; - Se o sangramento persistir por mais de 10 minutos ou recorrer, volte a comprimir a narina e procure o serviço médico.
Quando alguém tem uma convulsão geralmente as pessoas à sua volta se assustam e não sabem como ajudar. Veja o que fazer:
- Mantenha a pessoa deitada de lado para que a saliva não se acumule na cavidade oral ou, se ocorrer vômito, para que este não a sufoque. Deite-a de preferência no chão ou numa superfície macia e proteja-a de traumas, mas evite restringir seus movimentos;
- Coloque um travesseiro sob sua cabeça;
- Não realize nenhuma manobra de reanimação cardio-respiratória como respiração boca-a-boca ou massagem cardíaca;
- Registre a duração aproximada da crise;
- Quando os abalos musculares cessarem, certifique-se de que a vítima esteja respirando sem dificuldades;
- Não administre nenhuma medicação ou líquidos até que ela esteja bem desperta;
- Ajude a pessoa a se orientar e, conforme ela readquirir a consciência, diga algumas palavras de encorajamento.
Segundo a Dra. Renata Waksman, sempre que alguém ingere um corpo estranho, principalmente quando é uma criança, deve receber atendimento e orientação médica. É importante ressaltar que:
- Não se deve provocar vômitos em nenhuma circunstância;
- Objetos pequenos, plásticos, metálicos, não pontiagudos e não cortantes freqüentemente são eliminados junto com as fezes, sem causar nenhum sintoma;
- Alguns objetos são particularmente perigosos e merecem atenção especial, tais como agulha, vidro, pilhas e baterias. Estes podem se romper e liberar substância tóxica.
Quando se aspira um corpo estranho pela boca, se a pessoa conseguir, estimule-a a forçar a tosse, uma das melhores formas de expulsão.
- Não tente retirar o objeto às cegas, enfiando o dedo na boca, pois este procedimento muitas vezes acaba introduzindo ainda mais o corpo estranho na via aérea da pessoa;
- Se você conseguir visualizar o corpo estranho, retire-o utilizando os dedos polegar e o indicador, num movimento de pinça;
- Se a pessoa não consegue tossir, falar ou chorar e apresenta coloração arroxeada da pele, necessita de manobras imediatas de desobstrução de vias aéreas. Somente pessoas que tenham sido treinadas em cursos específicos, como de Suporte Básico de Vida, podem realizar essas manobras.
"Leve imediatamente a pessoa ao pronto socorro para garantir que tudo esteja bem, mesmo que já tenha eliminado o corpo estranho. Nenhum tipo de alimentação deve ser oferecido à vítima, até que seja liberada pelo médico" conclui a médica.
* A Dra. Renata Dejtiar Waksman é médica pediatra da Unidade de Primeiro Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Membro do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Fonte: http://www.clicfilhos.com.br
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Acidente de Trabalho - O maior aumento acontece no "acidente de trajeto".
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Empresas querem enxugar gordurinhas de funcionários
Apesar do cenário, um levantamento feito em 2005 pela consultoria Watson Wyatt aponta que a maioria das empresas brasileiras não conta com iniciativas voltadas para a melhoria da saúde de seus funcionários ou para a redução dos custos médico-hospitalares.
Aos poucos, porém, empresas começam a oferecer programas de educação alimentar para seus colaboradores.
O Hospital das Clínicas é uma delas. Em março de 2006, a instituição lançou aos colaboradores o desafio de emagrecer cinco toneladas em 18 meses.
Os milhares de profissionais tiveram acompanhamento e avaliação semanais. Resultado: três meses antes do prazo, a equipe atingiu a meta.
Outra empresa que procura informar seus trabalhadores sobre a importância de um estilo de vida mais saudável é a Amway. O programa, focado na reeducação alimentar, conta com palestras, orientação nutricional, avaliação física e noções para equilibrar o cardápio.
"Estamos aptos a colocar em prática um estilo de vida mais saudável, o que melhora o nosso dia-a-dia no trabalho", conta Cássia Dias, gerente de RH da Amway de São Paulo, uma ex-"viciada" em chocolates.
Hoje ela é um dos exemplos do sucesso do projeto: substituiu as balas, chocolates e batatinhas por um copo de suco de laranja antes do almoço e por uma fruta à tarde.
Para isso, a recomendação do chefe da disciplina de clínica médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Paulo Monteiro da Silva, é manter distância dos petiscos.
Foi o que fez a gerente Patrícia Ávila após tomar um susto com um aumento de peso repentino e o desânimo para o trabalho. "Aos poucos, fui me reeducando", explica ela.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Tribunal manteve prazo de 20 anos para pedido de dano moral por acidente de trabalho
A ação foi proposta em 2001, na Vara Cível de Vitória (ES), por um ex-empregado da Aracruz Celulose S/A. O trabalhador, de 58 anos, disse que foi admitido na empresa em julho de 1977, como operador de máquina de secagem. Em 1982, quando foi enviado para trabalhar na fronteira do Brasil com a Argentina, perdeu todos os dedos da mão direita numa prensa cilíndrica, após trabalhar durante 15 dias ininterruptos. Em janeiro de 1992 sofreu outro acidente, caindo de uma escada metálica e fraturando a bacia e vértebras. Apesar do infortúnio, continuou trabalhando na empresa até março de 1994, quando foi demitido sem justa causa.
Na petição inicial, o trabalhador disse que a empresa agiu com culpa no acidente que o mutilou, por exigir esforço físico e mental além de sua capacidade, sem fornecer instrução nem equipamento para a segurança pessoal. Argumentou que, sem os dedos da mão, é difícil arrumar novo emprego, e por isso encontrava-se em sérias dificuldades financeiras. Pediu pensão mensal, no valor do salário que recebia, do momento do acidente até que completasse 65 anos de idade, e indenização por danos morais e estéticos a serem arbitrados pelo juiz.
A Aracruz, em contestação, para livrar-se da responsabilidade, disse que o acidente ocorreu na Argentina, quando o empregado trabalhava para a empresa Alto Paraná. Alegou que a culpa era do próprio empregado, por não obedecer às normas de segurança. Por fim, quanto ao valor pleiteado, considerou-o ”absurdo”, com “nítido caráter de enriquecimento”, e afirmou que até mesmo “no trágico naufrágio do Bateau Mouche” a indenização concedida foi menor do que a pedida pelo trabalhador.
A Vara Cível, com base na Emenda Constitucional nº 45, declinou da competência, remetendo os autos à Justiça do Trabalho. Na Justiça Especializada, a sentença foi favorável ao empregado. Com base nas provas apresentadas, o juiz concluiu que o este, apesar de estar trabalhando na fronteira, obedecia ordens do seu empregador, a empresa Aracruz, devendo esta ser responsabilizada pelo acidente. O magistrado destacou também que a empresa não comprovou a falta de cuidado do empregado no manuseio da máquina, e salientou a atitude negativa da empresa ao dispensar o empregado, sem justificativa, mesmo sabendo que ele teria dificuldades para arrumar um novo emprego. Foi deferida pensão mensal desde abril de 1994 até novembro de 2014, mais indenização pelos danos morais no valor de R$ 31.200,00, (equivalente a 120 salários mínimos da época).
A Aracruz, no longo recurso que ocupou 44 laudas, alegou a prescrição total do direito do empregado de pleitear danos morais, pois a ação foi ajuizada em outubro de 1997, a rescisão ocorreu em março de 1994 e o acidente se deu 15 anos antes, em 1982. Disse que deveria ser aplicado ao caso a prescrição trabalhista do artigo 7°, XXIX, da Constituição Federal, que prevê o direito de ação “com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho" .
O TRT/ES negou provimento ao recurso da empresa, mantendo o valor arbitrado na sentença. “A ação foi ajuizada perante a Justiça Estadual Comum, competente para apreciá-la à época de seu ajuizamento, sendo inequívoco que foi exercitada dentro do prazo prescricional aplicável a ela, ou seja, aquele estabelecido no Código Civil de 1916, artigo 177”, destacou o acórdão. Segundo a lei civil, os prazos são de 20 anos para as ofensas ocorridas até 9 de janeiro de 2003 (CC de 1916, artigo 177) e de dez anos para as ofensas ocorridas a partir de 10 de janeiro de 2003 (CC de 2002, artigo 205). O acórdão destacou também o fato de que a empresa não argüiu a prescrição na sua peça de defesa. Insatisfeita, a Aracruz recorreu, sem sucesso, ao TST. O agravo de instrumento interposto não foi provido porque a parte não conseguiu demonstrar ofensa à legislação vigente nem divergência específica de julgados para permitir o confronto de teses.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Os trabalhadores do lixo
Com certeza você já deve ter refletido como é desagradável lidar com o lixo. E também já deve ter pensado como os garis ou lixeiros ‘conseguem’ trabalhar o dia inteiro sentindo os odores desagradáveis do lixo acumulado nos caminhões. Pois é. Realmente não deve ser fácil. Portanto, devemos reconhecer a importância do papel dessas pessoas na limpeza da cidade! E de como elas facilitam a sua própria vida! Imagine se cada um de nós tivesse que levar nosso lixo para um lugar seguro e longe das nossas vistas todos os dias...
É comum a síndrome NIMBY (Not In My Backyard, ou seja, “não no meu quintal”), ou o hábito de “esconder a sujeira debaixo do tapete”, ou ainda o pensamento “longe da vista, longe do perigo”. Foi exatamente por isso que os problemas resultantes do acúmulo de lixo se tornaram tão preocupantes, pois o lixo foi se acumulando em locais onde antes parecia que não causaria tantos problemas.
- Segurança (não descarte na lixeira o que você considera perigoso ou tóxico – ver tipos de lixo );
- Vedação;
- Resistência contra objetos pontiagudos ou cortantes;
- Capacidade para armazenar o lixo durante o intervalo mais longo de coleta;
- Facilidade de manuseio pelo usuário e equipe de coleta.
Caso contrário, pode causar acidentes com os funcionários; tornar o serviço mais lento e, portanto, mais oneroso (pela necessidade de juntar o lixo derramado e aumentar o tempo de coleta, gastando mais combustível); ou pode ainda causar desgaste nos equipamentos (objetos podem entrar no motor ou pode haver substâncias corrosivas no lixo).
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Animais Peçonhentos - Primeiros Socorros
Muitos procedimentos, embora não recomendados, são ainda amplamente empregados como medidas visando retardar a absorção no veneno. Boa parte deles pode, na verdade, contribuir para a ocorrência de complicações no local da picada.
* Não cortar o local da picada.
Alguns venenos podem inclusive provocar hemorragias e o corte aumentará a perda de sangue.
Não se consegue retirar o veneno do organismo após a inoculação. A sucção pode piorar as condições do local atingido.
* Lavar o local da picada somente com água e sabão.
* Evitar que o acidentado beba querosene, álcool ou outras bebidas.
Acidentes por escorpião
Em caso de acidente, recomenda-se fazer compressas mornas e analgésicos para alívio da dor até chegar a um serviço de saúde para as medidas necessárias e avaliar a necessidade ou não de soro.
Acidentes por aranhas
São três os gêneros de aranhas de importância médica no Brasil:
Loxosceles ("aranha-marrom"): é importante causa de acidentes na região Sul. A aranha provoca acidentes quando comprimida; deste modo, é comum o acidente ocorrer enquanto o individuo está dormindo ou se vestindo, sendo o tronco, abdome, coxa e braço os locais de picada mais comuns.
Phoneutria ("armadeira", "aranha-da-banana", "aranha-macaca"): a maioria dos acidentes é registrada na região Sudeste, principalmente nos meses de abril e maio. É bastante comum o acidente ocorrer no momento em que o indivíduo vai calçar o sapato ou a bota.
Latrodectus ("viúva-negra"): encontradas predominantemente no litoral nordestino, causam acidentes leves e moderados com dor local acompanhada de contrações musculares, agitação e sudorese.
As aranhas caranguejeiras e as tarântulas, apesar de muito comuns, não causam envenenamento. As que fazem teia áreas geométricas, muitas encontradas dentro das casas, também não oferecem perigo.
Acidentes por taturanas ou lagartas
O acidente é relativamente benigno na grande maioria dos casos. O contato leva a dor em queimação local, com inchaço e vermelhidão discretos. Somente o gênero Lonomia pode causar envenenamento com hemorragias à distância e complicações como insuficiência renal.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Equipamentos Elétricos - Prevenção a melhor solução
- Nunca mexa na parte interna das tomadas. Nunca deixe as crianças brincarem com tomadas. Vede-as com protetores especiais e instale um Dispositivo DR.
- Ao trocar lâmpadas, toque somente na extremidade do suporte (de porcelana ou plástico) e no vidro da lâmpada elétrica. Desligue a chave geral antes de fazer a troca.
- Nunca toque em aparelhos elétricos quando estiver com as mãos ou o corpo úmidos.
- Não mude a chave de temperatura (inverno-verão) do chuveiro elétrico com o corpo molhado e o chuveiro ligado.
- Mantenha os aparelhos elétricos em bom estado. Envie para o conserto sempre que apresentarem problemas ou causarem pequenos choques.
- Mantenha em bom estado os fios elétricos que ficam à vista. Com o tempo, a capa protetora se desgasta. Nunca deixe um fio elétrico descoberto.
- Instale o fio terra em chuveiros e torneiras elétricas.
- Ao manusear objetos metálicos, tenha cuidado para que eles não esbarrem em nenhum cabo elétrico aéreo.
- Nunca pise em fios caídos no chão, principalmente depois de uma tempestade.
Fonte: Secretaria da Segurança Pública de SP / Corpo de Bombeiros
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Cuidados com postura eliminam dores
Segundo o médico, a má postura afeta a posição de alguns órgãos internos, diminui o fluxo sangüíneo e pode prejudicar até mesmo a visão", diz. De acordo com o ortopedista, todas as partes do corpo ficam em equilíbrio quando se tem boa postura.
"Em pé, é necessário que pescoço, ombros, coluna lombar, pélvis e quadril estejam todos alinhados. Sentado, enquanto o quadril suporta o peso do corpo, os pés devem estar totalmente apoiados no chão e a coluna deve receber todo suporte do encosto da cadeira".
Lage defende que desde a infância é importante aprender a ter bons hábitos posturais. "Grande parte das dores na fase adulta poderia ser evitada se as pessoas assumissem uma boa postura desde crianças. É muito importante corrigir casos em que a criança se apóia em uma só perna quando em pé, ou mesmo quando brinca sentada no chão sobre as pernas dobradas, ou ainda quando dorme de bruços. Tem adolescente que debruça metade do corpo sobre a carteira enquanto copia lições da lousa. Eles precisam de ajuda."
"A má postura na fase de crescimento, que vai do nascimento aos 20 anos, chega a 'torcer os ossos' levando a um encaixe assimétrico nas pontas dos ossos e sobrecarregando as cartilagens. Algumas vezes, este desencaixe é tão grave que chega a ser de difícil solução, levando a uma artrose (desgaste) precoce da articulação".
"Colocar um pequeno travesseiro entre as pernas ligeiramente flexionadas também é aconselhável para que o repouso seja restaurador", diz Lafayette Lage.
Sapatos
Lage chama atenção para a importância dos exercícios regulares para a manutenção da boa postura. "Há alguns exercícios simples que ajudam a fortalecer a musculatura, dando suporte à postura ideal".
Confira: "Para treinar o corpo a manter o alinhamento adequado, deve-se sentar no chão, com as costas contra uma parede. Certifique-se de que a cabeça, os ombros e o quadril toquem a parede e permaneça na posição por alguns minutos. O ideal é repetir o exercício diariamente até que se aprenda a alinhar a coluna. O paciente pode aproveitar a posição para fazer meditação ou relaxamento, também".
"Deitado de costas, repita os movimentos de bicicleta, com as pernas no ar. Pedale em grandes círculos, sem pressa e sem mover as costas".
"Finalmente, acostume-se a caminhar como se fosse um militar em desfile, ou seja, barriga encolhida, ombros e cabeça alinhados com a bacia para quem olha de lado. Essas dicas visam fortalecer toda musculatura que sustenta a coluna, que são os músculos abdominais, glúteos e paravertebrais".
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Como identificar o tipo de extintor no escuro
Primeiro que se você souber reconhecer extintores até de "olhos fechados" é obvio que vai ser muito mais fácil reconhece-los de olhos abertos, outro ponto não é só no escuro que não se enxerga, poderíamos devagar em várias possíveis situações, porém vou citar somente uma, o extintor esta dentro de um cômodo repleto de fumaça e o foco de incêndio tem acesso por fora do cômodo, você vai precisar entrar para pegar o extintor.
Vamos a prática do exercício, que aliás é muito simples, consistente apenas em separar alguns extintores e com os olhos fechados tatea-los, como faria um deficiente visual, com um pouco de prática vai "sentir" qual é qual.
Só isso não é suficiente, vamos as dicas especiais que você vai juntar ao seu tato.
Como os mais experientes devem estar pensando o mais fácil de se descobrir no tato é o extintor de Gás Carbônico (CO2), e é mesmo, por dois motivos, ele não tem o manômetro e tem na ponta do mangote o grande dissipador do gás, esse é fácil.
Agora complica pois outros três extintores Água (H2O), Pó Químico Seco (PQS) e Espuma são bem parecidos, o de H2O e o de PQS são praticamente idênticos, até são mas...
O som deles é diferente, bata de leve no cilindro com qualquer objeto, no de pó o som é seco, como se fosse algo maciço, já no de água o som é oco como se estivesse vazio, faça o teste é muito interessante.
O extintor de espuma é parecido com os dois acima, porém tem um "bico" (ou deveria ter) na ponta do mangote que é único, é um dispositivo que ajuda na dispersão da espuma, vendo ou tocando uma vez você já não esquece.
Considerações importantes.
Esta pratica é proposta apenas para ajudar a fixar na sua mente as características de cada extintor, não é uma orientação oficial e conseqüências de sua prática são de sua inteira responsabilidade.
Praticando sempre a assimilação é automática e você terá sucesso com muito pouco esforço. Praticando também vai poder saber pelo tamanho o peso do extintor, tudo vai de prática.
Atenção pois podem surgir novos extintores no mercado, esteja sempre atento para não se confundir.
Caso você esteja numa situação real e não consiga distinguir qual extintor é, aponte e dispare um pequeno jato na direção contrária ao fogo assim você terá certeza de qual é o agente e poderá então usa-lo ou não no princípio de incêndio.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Prefeitura catarinense terá que indenizar gari que pegou AIDS
O fato aconteceu em 1995. Mesmo com o dedo machucado e mostrando sinais de infecção, L.C.M. continuou coletando lixo. Um ano depois, o gari mostrava os primeiros sintomas de AIDS.
Condenado ao pagamento de uma indenização cujo valor atualizado chega a R$ 140 mil, o Município recorreu, alegando que a contaminação não teria se dado durante o trabalho. O recurso foi julgado improcedente pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
Em estado terminal, L.C.M. comemorou o resultado, alertando as autoridades e seus próprios colegas de profissão sobre os riscos da manipulação de lixo hospitalar.
O gari trabalhava sem nenhum equipamento de proteção individual, nem sequer luvas.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Tribunal condena empresa que não comunicou acidente sofrido por empregada
O acidente - De acordo com seu relato, a reclamante, em 2 de dezembro de 2004, durante a jornada de trabalho, caiu num buraco numa rua e torceu o pé direito. As alegações foram confirmadas por uma testemunha, segundo a qual, no momento da queda, a reclamante portava crachá e colete de agente comunitário. Ainda conforme o depoimento da testemunha, na tarde do mesmo dia a trabalhadora telefonou para ela e afirmou que havia quebrado o pé.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Sindrome do Edifício Doente
Sensação de mucosas ou pele ressecadas,
Vermelhidão congestiva da pele,
Fadiga mental,
Dores de Cabeça,
Tosse e rouquidão freqüentes,
Respiração ruidosa do tipo asmática,
Coceira na garganta ou pelo corpo,
Nervosismo,
Náusea,
Tontura.
Limpar filtros do ar condicionado a cada 15 dias;
Abrir portas e janelas sempre que o ar condicionado estiver desligado;
Fazer a limpeza da tubulação do ar condicinado periodicamente;
Não fumar em ambiente fechado;
Não acumular plantas e papéis velhos na sala;
Não aplicar germicidas tóxicos nos filtros do ar condicionado;
Ambientes com tapetes, carpetes e cortinas não combinam com ar condicionado.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
MPT cria força-tarefa para investigar condições de trabalho no setor aéreo
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
EMBRIAGUEZ NO TRABALHO - DOENÇA OU MOTIVO PARA JUSTA CAUSA?
Quando o legislador estabeleceu este como sendo um motivo para justa causa, fundamentou-se na proteção do trabalhador que, trabalhando em estado de embriaguez, poderia sofrer um prejuízo maior que a própria justa causa, ou seja, um acidente grave ou até mesmo sua própria morte.
Não obstante, este empregado poderia ainda provocar acidentes ou a morte de outros colegas de trabalho, os quais, estariam a mercê de uma atitude do empregador para se evitar uma fatalidade.
A embriaguez pode ser dividida em habitual (crônica) ou embriaguez "no trabalho" (ocasional). Esta se dá necessariamente no ambiente de trabalho e aquela, constitui um vício ou até mesmo uma enfermidade em razão da reiteração do ato faltoso por parte do empregado, podendo ocorrer tanto dentro quanto fora do ambiente de trabalho.
A embriaguez habitual tem sido vista atualmente mais como enfermidade do que como vício social, o que, perante os tribunais, merecem um tratamento antes de extinguir o contrato por justa causa.
Quanto à embriaguez "no trabalho" ou ocasional, o empregador, exercendo seu poder fiscalizador e de punição, poderá adotar penas maiores contra o empregado, em se verificando a falta de interesse por parte deste na manutenção do contrato de trabalho.
Se a embriaguez habitual é tida pela jurisprudência como doença e não mais como motivo para justa causa, a CLT deveria ser reformada em seu artigo 482, alínea f, já que este tipo de demissão irá depender da comprovação desta habitualidade.
No meio desta encruzilhada (lei x jurisprudência) está o empregador, que poderá demitir o empregado de imediato e assumir o risco de ter revertida a justa causa e ainda arcar com uma indenização por dano moral ou, não demitir o empregado e contar com a sorte para que este não sofra e nem provoque nenhum acidente de trabalho.
Além da possibilidade de causar um acidente, há também o risco do empregado embriagado causar sérios prejuízos materiais ao empregador, seja por perda de matéria-prima ou por danos na utilização de máquinas, ferramentas ou equipamentos de trabalho.
Então o empregador poderia, havendo estes prejuízos materiais, demitir o empregado por justa causa pelos prejuízos causados e não por estar embriagado?
Mesmo considerando esta hipótese, será que a justa causa ainda poderia ser revertida no tribunal pela falta de assistência ao empregado?
Acredito que o empregador poderia prestar um tratamento para recuperação ou afastá-lo pela Previdência Social para que este tenha a oportunidade de se reabilitar e voltar ao trabalho normalmente.
O entendimento dos tribunais, em qualquer das situações de dependências químicas no ambiente de trabalho, é de que cabe ao empregador esgotar os recursos disponíveis para promover e preservar a saúde do empregado.
É comum encontrarmos decisões em que a dispensa por justa causa com fundamento na embriaguez é descaracterizada, condenando a empresa reclamada no pagamento de verbas decorrentes de uma dispensa imotivada.
Mas e se mesmo após um período de tratamento o empregado não se recuperar, ou se depois do retorno da Previdência Social voltar a se apresentar embriagado para o trabalho, poderia o empregador demitir por justa causa?
Qual é o tempo que a jurisprudência entende como adequado para a recuperação? Quantas vezes o empregador deverá afastá-lo para que tenha total recuperação? Como o empregador poderá comprovar que não há interesse do empregado em se recuperar ou manter o vínculo de emprego?
Estas são questões que parecem só resolver nos Tribunais e que dependerão de provas concretas de ambas as partes. A responsabilidade será ainda maior do empregador em provar que se utilizou de todas as medidas para a recuperação do empregado e a manutenção do contrato de trabalho.
Sérgio Ferreira Pantaleão
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Panorama da Segurança de Alimentos no Brasil e no Mundo
Quando falamos em segurança alimentar, não nos referimos apenas ao aspecto quantitativo, abordando a disponibilidade de alimentos para a população, mas também no aspecto qualitativo focando, principalmente, a preservação da saúde do consumidor. Este fato está caracterizado nos três principais elos da cadeia alimentar que envolvem os segmentos de campo, de indústria e de bares, hotéis, restaurantes, cozinha industriais e similares, que podemos chamar de segmento de mesa.
No segmento de campo, dissemina-se cada vez mais a necessidade de desenvolver as Boas Práticas Agropecuárias, que abordam não só a questão da preservação da saúde do consumidor — na busca de se evitar as contaminações químicas, físicas e microbiológicas dos alimentos —, mas também aspectos que envolvem os prejuízos ao meio ambiente e de responsabilidade social como mão-de-obra escrava e infantil. Vários programas que visam disseminar a adoção das Boas Práticas Agropecuárias são desenvolvidos no Brasil e no mundo, entre eles o Programa Integrado de Frutas (PIF), no Brasil, e o EUREPGAP, desenvolvido internacionalmente.
O EUREPGAP é uma instituição criada por varejistas europeus, que mais tarde contou com a parceria de produtores agrícolas da Europa, cuja filosofia é assegurar uma agricultura que se desenvolva de um modo responsável respeitando a segurança dos alimentos e visando a preservação da saúde do consumidor, a preservação do meio-ambiente e o bem-estar dos trabalhadores e dos animais.
A instituição foi criada em 1997 com os protocolos para os produtores de frutas e flores e em 2004 foram lançados os protocolos para os produtores de grãos, de carnes bovinas e de ovinos, de aves, de laticínios (protocolos IFA — Integrated Farm Assurance), de café e de aqüicultura.
- Requisitos para boas práticas de fabricação ou programas de pré-requisitos do Sistema
APPCC/HACCP;
- Requisitos para o APPCC/HACCP de acordo com os princípios do APPCC/HACCP do
Codex Alimentarius;
- Requisitos para um sistema de gestão.
Os requisitos para boas práticas de fabricação não são listados diretamente na norma, mas são referenciados através dos programas de pré-requisitos do Sistema APPCC/HACCP.
A ISO 22000:2005 é a primeira em uma família de normas que incluem os seguintes documentos:
2002, que determina os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria a
Autoridade Européia para a Segurança dos Alimentos e estabelece procedimentos em
matéria de segurança dos gêneros alimentícios;
2004, relativo à higiene dos gêneros alimentícios em geral;
2004 que estabelece regras especificas de higiene aplicáveis aos gêneros alimentícios de
origem animal;
2004 que estabelece regras especificas de organização dos controles oficiais de produtos
de origem animal destinados ao consumo humano.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Quedas: O que fazer depois de cair?
1. Certifique-se de que a pessoa está consciente e respirando adequadamente;
2. Obsereve se há algo "fora do lugar", mas não faça movimentos bruscos;
3. Se houver ferimentos, lave com água e sabão;
4. Se o sangramento for grande, enfaixe com um pano limpo. Não faça torniquetes;
5. Se houver suspeita de ferimentos na cabeça, no pescoço ou no tórax, evite mexer a vítima e providencie socorro médico imediatamente;
6. Se a pessoa estiver conseguindo se mexer, deixe seu corpo reto, com o pescoço alinhado.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Usinas terão até 2017 para colher cana sem queimadas em São Paulo
Segundo o governador de São Paulo, José Serra, o objetivo é chegar a 2014 com 100% da área mecanizável sem queimadas e com apenas 440 mil hectares de queimadas referente às áreas não mecanizáveis --aquelas cujo desnível impede o acesso de máquinas. "Em 2017, todas as áreas deverão ser colhidas sem queimadas. Pela legislação atual, isso só ocorreria em 2031", disse o governador, durante evento em São Paulo.
Em 2006, segundo Serra, dos 3,9 milhões de hectares de cana-de-açúcar plantados no Estado, 2,5 milhões foram queimados, ou 10% do território total de São Paulo. Essas queimadas, de acordo com o governador, geraram 750 mil toneladas de fuligem. "Estamos confrontando isso com a saúde de dezenas de milhões de pessoas. São Paulo é o único Estado onde 10% do território é queimado", disse.
As empresas que se adequarem ao TAC receberão um certificado de conformidade ambiental. "As empresas que não se adequarem terão problemas com as autoridades e com o Estado", ameaçou Serra.
Em relação a uma possível redução dos empregos gerados, uma vez que isso acabaria com os cortadores de cana-de-açúcar, Serra disse que o setor terá que se adequar. "É um setor que está se expandindo e gerando empregos, inclusive em outros Estados. Temos que aumentar o treinamento e a qualificação da mão-de-obra. A expansão do emprego terá que ocorrer através de outras alternativas como a alcoolquímica e na produção de equipamentos. Essa é uma mudança estrutural", afirmou.
Produção
Serra afirmou que o Estado de São Paulo deve aumentar a produtividade da cana-de-açúcar, sem ampliar a área plantada. "Não queremos mais aumentar nossa área plantada. Temos que aumentar a produção ampliando a produtividade. Os Estados vizinhos a São Paulo podem absorver essa demanda por novas áreas", disse o governador.
Serra afirmou que é possível aumentar a produtividade da cana-de-açúcar em 50% com o desenvolvimento de novas espécies e novas tecnologias de produção e colheita, elevando de 6.000 para 9.000 litros de álcool por hectare.
Ele lembrou que o Estado de São Paulo detém dois terços da produção de álcool e etanol do Brasil e 75% das exportações do produto. "O plantio da cana utiliza cerca de 16% do território do Estado, o que representa 4,2 milhões de hectares. Apenas 900 mil hectares foram colhidos sem queimadas." Os números são da safra deste ano.
O governador também criticou as taxas de importação impostas ao álcool brasileiro em outros países. Segundo ele, se o mundo utilizasse 10% de etanol na gasolina, seria necessário aumentar a produção conjunta dos Estados Unidos e do Brasil em cerca de 22 vezes.
"Isso dá uma dimensão do potencial que o setor tem. No entanto, o Japão, por exemplo, não irá ampliar o uso do álcool na gasolina se não tiver garantia de fornecimento", afirmou Serra defendendo a transformação do álcool em commodity. "Para isso, precisamos que 30 ou 40 países participem da produção do álcool", afirmou.
Serra criticou a atual taxa de câmbio, dizendo que isso atrapalha todo o setor. "O custo do setor devido apenas com salários aumentou entre 40% e 45% devido ao câmbio nos últimos anos. Se os trabalhadores estivessem recebendo mais, tudo bem, mas não é isso que ocorre. Isso corrói a competitividade até de um setor altamente competitivo como o sucroalcooleiro."
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Estudo vincula pressão no trabalho à depressão
Um estudo envolvendo mil participantes com 32 anos de idade revelou que 45% dos casos novos de depressão ou ansiedade apresentados no grupo estavam associados à alta pressão no trabalho.
Os pesquisadores definiram um trabalho estressante como aquele onde o profissional não tem controle sobre sua rotina, trabalha longas horas, com prazos não negociáveis e grande volume de trabalho.
O estudo, publicado na revista "Psychological Medicine", sugere que o empregador precisa fazer mais para proteger a saúde mental dos trabalhadores.
A equipe do King's College, em Londres, trabalhando com pesquisadores da Dunedin Medical School da University of Otago, na Nova Zelândia, entrevistou homens e mulheres com 32 anos de idade que estão participando de um estudo de longo prazo, o Dunedin Study.
Entre os entrevistados, 14% das mulheres e 10% dos homens que trabalham, sofreram uma primeira crise de depressão ou ansiedade aos 32 anos.
Os pesquisadores concluíram que desses novos casos, 45% estavam associados ao estresse no trabalho.
A coordenadora do estudo, Maria Melchior, epidemiologista do MRC Social, Genetic and Developmental Psychiatry Centre do King's College London, disse que a idade dos entrevistados é um ponto forte do estudo.
"Esta é uma idade em que os indivíduos estão se firmando em suas carreiras e há menor probabilidade de que optem por trabalhos menos estressantes, como fazem trabalhadores mais velhos."
O pesquisador da University of Otago Richie Poulton, co-autor do estudo, disse que jovens correm mais risco de sofrer de depressão e ansiedade.
Richie sugere que é importante aliviar o estresse neste grupo, e aponta caminhos:
"Estudos interventivos mostram que há pelo menos duas abordagens produtivas para se reduzir o estresse no trabalho", ele diz.
"É possível ensinar as pessoas a lidar com situações estressantes por meio de aconselhamento psicológico ou você pode mudar o trabalho de forma a diminuir as pressões."
Os entrevistados tinham profissões diversas, entre elas a de ator, cirurgião, professor, piloto de helicóptero, lixeiro, jornalista e policial.
Mas segundo o pesquisador Terrie Moffitt, do King's College, também envolvido no estudo, empregos onde as falhas são mais visíveis, como por exemplo o de um chefe de cozinha de um restaurante, estão entre os que mais exigem do indíviduo.
"No extremo oposto, pessoas que trabalham em casa cuidando de duas ou três crianças têm uma vida mais previsível", disse Moffitt.
Comentando o estudo, o especialista em psicologia e saúde Cary Cooper, da University of Lancaster, na Inglaterra, disse que empregos estão se tornando cada vez mais estressantes.
"Temos de fazer as pessoas trabalharem com mais flexibilidade, tirando vantagem da tecnologia ao invés de deixá-las no escritório por longas horas".
"Também temos de fazer o gerente se comportar de um jeito diferente, gerenciar pelo elogio e recompensa ao invés da punição e entender que as pessoas precisam sentir que têm controle sobre seu trabalho".
domingo, 5 de agosto de 2007
CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS!!
O entrevistado é ROBERTO SHINYASHIKI, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorizaçã
e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
ISTOÉ -- Quem são os heróis de verdade?
ROBERTO SHINYASHIKI -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe.
O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
SHINYASHIKI -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir
seguro.
ISTOÉ -- Qual o resultado disso?
SHINYASHIKI -- Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTOÉ - Por quê?
SHINYASHIKI -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTOÉ -- Há um script estabelecido?
SHINYASHIKI -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?". Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?.
ISTOÉ -- Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
SHINYASHIKI -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTOÉ -- Está sobrando auto-estima?
SHINYASHIKI -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parecem que fazem, parecem que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
ISTOÉ -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
SHINYASHIKI -- Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTOÉ -- O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
SHINYASHIKI -- Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado isso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTOÉ -- Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
SHINYASHIKI-
Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro? " Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
SHINYASHIKI-
ISTOÉ -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
SHINYASHIKI -- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.