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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Missão Bombeiro

Manhã tranqüila. Os bombeiros como fazem todos os dias, se posicionam em formação em pé em frente ao pavilhão de comando para preleções do oficial de serviço e para prestar as homenagens regulamentares dos símbolos nacionais.

Na cidade, o povo mantém sua rotina ordeneira e trabalhadora. Num bairro pobre da zona leste, uma senhora se prepara para fazer o que faz todos os dias, que é limpar a casa. não a sua, neste horário, mas a da sua patroa.

Neste dia porém, a pessoa que costuma ficar com seu filho de apenas 2 anos e 2 meses não pôde comparecer por problemas de saúde. Por isso, sem outra alternativa, esta senhora, que a partir de agora lhe daremos o codinome "Eva", levou consigo seu filho.

Nos bombeiros, tudo continuava calmo. As guarnições saem somente para abastecimento de combustível. Inclusive a que chamamos de "Comando Operacional" que tinha no seu interior um capitão e um cabo, esta também está nas ruas tanto para serviços administrativos quanto para apoio das guarnições.

Em dado momento, ouve-se pelo rádio a seguinte conversação:
- "ABS, COBOM. - "QRV". "Desloque-se ao bairro São Francisco entre na rua União à direita e em seguida dobre na sexta rua à esquerda. A ocorrência é no final desta. - "Qual a situação?" - "Uma criança caiu de cabeça para baixo dentro de um balde com água".
De imediato a guarnição tomou aquela direção e partiu no trânsito com brevidade (velocidade alta, sirene e giroscópio ligados). A guarnição "Comando Operacional" que estava ouvindo o rádio, também se deslocou nas mesmas condições e para o mesmo local.

Dali alguns minutos, uma nova mensagem é ouvida pelo rádio de comunicação:
- "OK, ABS! A criança está em óbito. A mãe dela nos passou que estava mergulhada no líquido a mais de 20 minutos.
Naturalmente a guarnição diminuiu a velocidade para pela segurança do trânsito. Contudo, a guarnição "Comando Operacional" ouviu a mesma mensagem e interpretou diferente. Chega a conclusão que a ocorrência requeria ainda mais brevidade, pois se passaram essa mensagem, é porque a criança estava inconsciente e sem respirar. Seu comandante mandou acelerar ainda mais a viatura para chegar mais rápido no local.

Lá chegando, deparou-se com uma mulher (Eva, lembra?) com uma criança no colo (seu filho), este estava desacordado. O capitão foi para o baú da viatura com a criança enquanto o cabo conduzia a viatura para o Hospital de Base.

No baú, o socorrista procurou verificar a respiração da criança, e constatou que a mesma não mais respirava. Fez ventilação artificial (boca a boca, pois não tinha o chamado "ambu"), observou que a caixa torácica movimentava (estava com a passagem do ar desobistruida), repetiu a manobra e observou a mesma coisa, aferiu então o pulso braquial e não conseguiu senti-lo (inconsciência, sem respiração e sem pulso). De imediato optou por uma manobra de "reanimação cardiopulmonar" na criança, vindo esta voltar a respirar no segundo ciclo.

Daí por diante, durante todo o percurso esta criança foi monitorada através dos sentidos: tato, audição e visão do socorrista. Por mais duas vezes a criança veio a parar de respirar. Voltou em ambas graças a pronta intervenção do socorrista, isso tudo presenciado por Eva.

No hospital ouve um princípio de desentendimento, pois o chefe da equipe médica, depois de analisar sumariamente a criança, que naquele momento gritava e chorava, mandou que os bombeiros a levasse para o hospital Cosme e Damião, daí o comandante daquela GU negou e disse que a criança já estava ali, o médico já a analisou e a responsabilidade era de e que para transportar-la para outro hospital era de responsabilidade da equipe médica de plantão.

Resultado: a criança ficou no hospital junto com os bombeiros e foi devidamente atendida.
Passado alguns dias o capitão dos bombeiros que atendeu a ocorrência foi até a casa conversar com Eva, mãe da criança, onde a mesma lhe contou que após sua saída a criança teve outra parada cardíaca e foi reanimada pelos médicos de plantão, seu filho passou uma semana internado sem ver nem ouvir temporariamente, mas que agora, graças a Deus, estava tudo muito bem, o que pode ser constatado pelo oficial que a toda hora observava a criança a brincar pela casa.
Para refletir: Se tivéssemos entendido a mensagem como os demais e desistido do deslocamento?
Se tivéssemos atendido ao médico a criança teria mais uma parada dentro da viatura. Será que teríamos condições de reverter a outra parada cardíaca sem os devidos equipamentos e medicamentos adequados?

Mais uma vez o Corpo de Bombeiros cumpriu sua missão: "Vidas alheias e riqueza, salvar".
Por: Cleildo Rodrigues de Cristo - Cap BM

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa eh apenas uma das milhares de missoes que ele realizou...

Missoes como essas que o tornaram perfeitoOo!!!

"VIDAS ALHEIAS, RIQUEZAS A SALVAR!"

♥ TuDo QuE é BoM dUrA pOkO mAs O sUfIcIeNtE pArA c ToRnAr InEsqUeSiVeL ... ♥

♥By: Taiane de Cristo